Aurélio Lopes apresentou em Torres Novas livro sobre a Santa da Ladeira
Cultura » 2014-06-27
O culto da Ladeira do Pinheiro (Torres Novas), nascido de um fenómeno místico e de vidência, é, para o antropólogo Aurélio Lopes, único entre os cultos de raiz popular por se ter conseguido afirmar ”independentemente da igreja católica”, perdurando há meio século.
O caso da Ladeira ”é um fenómeno que surge nos anos 1960 a partir de uma personagem mais ou menos carismática e que, com o tempo, assume as características de um culto católico diferente, popular, que foi adquirindo estrutura em volta da mística” criada por Maria da Conceição, disse o antropólogo à agência Lusa.
”Conjugaram-se vários factores para este culto sobreviver”, disse Aurélio Lopes, situando no 25 de Abril de 1974 e na abertura que este trouxe a outras religiões a oportunidade de reconhecimento (neste caso pela Igreja Ortodoxa Alternativa) que a ”Santa da Ladeira” perseguia há anos, sem sucesso, junto dos católicos romanos.
Apesar de acolher o culto ortodoxo, Maria da Conceição tentou sempre manter os ritos católicos, simbolizados no facto de ter colocado um altar católico no santuário que inaugurou em 2000 (três anos antes da sua morte), hoje retirado, acalentando a ”utopia” de criar um espaço ecuménico, aberto a várias religiões, afirmou.
No caso da ”Santa da Ladeira”, Aurélio Lopes refere que Maria da Conceição ”começa por ser vidente, passando depois para as profecias e daí para os êxtases, num processo que congrega nela todas as valências transcendentes que nos ‘santos’ do passado não estavam reunidas”. São não só as ‘visões’ que vão ”evoluindo, como também o próprio discurso que, embora sempre simplório, vai-se elaborando e tornando mais extenso. Aprende a ler sozinha, o que é também considerado um prodígio”.
Depois, ”o carácter dela impressionava. Estas pessoas têm de ter carisma, capacidade de liderança natural”, frisou.
Para a sua investigação, Aurélio Lopes socorreu-se dos jornais locais e nacionais, como o Século Ilustrado, que, ”em artigos muito violentos, exigia ao Governo para acabar com aquela ‘pouca vergonha’”, de livros anónimos escritos antes do 25 de Abril por padres espanhóis e do testemunho de pessoas da região.
Aurélio Lopes apresentou em Torres Novas livro sobre a Santa da Ladeira
Cultura » 2014-06-27O culto da Ladeira do Pinheiro (Torres Novas), nascido de um fenómeno místico e de vidência, é, para o antropólogo Aurélio Lopes, único entre os cultos de raiz popular por se ter conseguido afirmar ”independentemente da igreja católica”, perdurando há meio século.
O caso da Ladeira ”é um fenómeno que surge nos anos 1960 a partir de uma personagem mais ou menos carismática e que, com o tempo, assume as características de um culto católico diferente, popular, que foi adquirindo estrutura em volta da mística” criada por Maria da Conceição, disse o antropólogo à agência Lusa.
”Conjugaram-se vários factores para este culto sobreviver”, disse Aurélio Lopes, situando no 25 de Abril de 1974 e na abertura que este trouxe a outras religiões a oportunidade de reconhecimento (neste caso pela Igreja Ortodoxa Alternativa) que a ”Santa da Ladeira” perseguia há anos, sem sucesso, junto dos católicos romanos.
Apesar de acolher o culto ortodoxo, Maria da Conceição tentou sempre manter os ritos católicos, simbolizados no facto de ter colocado um altar católico no santuário que inaugurou em 2000 (três anos antes da sua morte), hoje retirado, acalentando a ”utopia” de criar um espaço ecuménico, aberto a várias religiões, afirmou.
No caso da ”Santa da Ladeira”, Aurélio Lopes refere que Maria da Conceição ”começa por ser vidente, passando depois para as profecias e daí para os êxtases, num processo que congrega nela todas as valências transcendentes que nos ‘santos’ do passado não estavam reunidas”. São não só as ‘visões’ que vão ”evoluindo, como também o próprio discurso que, embora sempre simplório, vai-se elaborando e tornando mais extenso. Aprende a ler sozinha, o que é também considerado um prodígio”.
Depois, ”o carácter dela impressionava. Estas pessoas têm de ter carisma, capacidade de liderança natural”, frisou.
Para a sua investigação, Aurélio Lopes socorreu-se dos jornais locais e nacionais, como o Século Ilustrado, que, ”em artigos muito violentos, exigia ao Governo para acabar com aquela ‘pouca vergonha’”, de livros anónimos escritos antes do 25 de Abril por padres espanhóis e do testemunho de pessoas da região.
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LIVROS: Sexta, no São João do Entroncamento, Manuel Fernandes Vicente apresenta "A Tentação do Mar" » 2023-11-27
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Novo livro de António Mário Santos: “Os Judeus em Torres Novas” é apresentado sábado na biblioteca » 2023-11-01
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