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Antero Guerra está a trabalhar para a sua primeira exposição internacional de retratos

Cultura  »  2015-01-01 

Já perdeu a conta ao número de retratos que fez: “Talvez uns 1100 ou 1200”, atira Antero Guerra Inácio, sem conseguir precisar ao certo. Teve em exposição no final deste ano (2014) cerca de 80 trabalhos no foyer do teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, na maior exposição que já alguma vez fez. E está a preparar a sua primeira exposição internacional. O destino é a Hungria.

Quando começou a fazer os retratos, em 2011, tinha estipulado um determinado número por mês. Mantém esse projecto?

Na verdade, vou fazendo à medida que surgem exposições e, neste momento, estou a fazer algumas encomendas. No mês passado, por exemplo, fiz trabalhos com alguma pressão porque tinha uma exposição marcada e, em cada lugar, exponho retratos de locais. Só isso é que desperta a curiosidade e a potencial venda. Actualmente, estou a preparar a realização de outras exposições, uma delas um pouco mais longe, na Hungria.

Será a sua primeira exposição internacional?

Sim, a Hungria vai ser a primeira concretização fora do país, mas há outros contactos e já comecei a desenhar. Qatar, Amesterdão, entre outros.

Mas são amigos seus que o convidam?

Sim, lançam-me desafios…

E por cá tem percorrido a região e o país com os seus trabalhos?

Não me interessa muito as exposições. Em primeiro lugar, o Facebook é uma galeria de excelência e depois é muito bonito expor mas há custos associados que são enormes… E ninguém apoia os artistas. Os artistas que se desenrasquem!

Garantir o transporte para o local de exposição, mais a deslocação para a montar, regressar à galeria para a inauguração, voltar para partilhar a visita com alguém, e depois viajar novamente para a desmontar e trazer as coisas… são custos brutais. E isto vale para o Porto ou Algarve. Tive muitas propostas, mas não as aceito. Longe é impensável.

Na Internet o alcance é porventura maior e os custos são menores, é isso?

A Internet, e o Facebook concretamente, é uma galeria imensa. Colocamos um trabalho e passados poucos minutos há feedback de toda a parte do mundo. É impressionante. É claro que isso potencia a divulgação da obra que se vai fazendo.

Teve em vigor a sua maior exposição, em Leiria...

Sim. É uma exposição que esteve no foyer do Teatro José Lúcio da Silva, até final de Dezembro. É possível que se prolongue para Janeiro. É um espaço enorme, muito bonito. Tenho 83 trabalhos no total. É a maior exposição que fiz até hoje.

São apenas trabalhos em grafite?

São retratos em grafite e em que utilizei também a técnica mista, que é mistura de grafite com tinta acrílico. São retratos que ensaiei exactamente para a exposição de Leiria. As pessoas gostam. Já fiz algumas coisas em carvão, mas ainda não me sinto à vontade.

Voltou a pintar depois de um hiato muito grande. Porquê?

Há quem diga que quando se sofre um trauma, um susto, ou passamos doença, há um potencial que desabrocha em nós. Passei por um enfarte e nessa altura decidi que iria mudar de ritmo e de vida, para dedicar-me ao que sempre quis, desde a minha infância. A pintura era uma coisa adormecida há 30 anos. Foi essa decisão que tomei, de abandonar a actividade gráfica e de vídeo e virei-me exclusivamente para a pintura. Quando comecei senti-me entorpecido, sem a genica de antigamente, e tive que disciplinar a mão. Tive que exercitar e comecei com o retrato, porque pensei que era a melhor forma de treinar esse tal rigor e a disciplina.

Já teve reacções negativas?

Só um ou dois, mas pareceu-me que tenha sido manha para não o comprarem.

Onde se inspira para a maioria dos retratos que já fez?

Na maioria das vezes pego em fotografias. As pessoas hoje partilham as fotografias na Internet e quando aparece uma cara interessante, retrato.

Tem alguma preocupação em não evidenciar eventuais defeitos ou pormenores menos estéticos, ou vai tudo para o papel?

Isso costuma ser problemático. Há pessoas que querem ser retratadas e ficam na expectativa de que o pintor faça o que a máquina fotográfica não faz: aligeirar rugas, etc… Isso é possível, se a pessoa não quer, não se põe. Mas, em contrapartida, há pessoas que dizem: ”Atenção, as rugas existem e quero-as no retrato”.

Há rostos difíceis de retratar?

Sim, há retratos que são extremamente difíceis de reproduzir. Quando aparece uma fotografia com um flash frontal torna-se complicado alterar a luz. Posso ter a noção do volume do nariz e da boca, mas quando temos uma fotografia frontal quase desaparece.

Os retratos que reproduz são sempre a partir de fotografia?

Gosto particularmente de desenhar a partir de fotografia. Facilita-me porque está retratado um momento único que caracteriza bem a pessoa. Se estiver a desenhar ao vivo não consigo congelar a pessoa, por mais que esteja estática uma hora ou duas.

Qual o retrato que mais gostou de trabalhar?

Há vários! O de Fidel Castro, por exemplo. E o de Dali também gostei muito.

 

 

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