AC ALCANENENSE: Wilson Soares, Marco Grilo, Wilson Paulo, Luanderson, Peu, Filipe Faia, Paulo Jorge (81’ Elton), Kelvin, Wemerson, Dhiego (89’ Alfredo), Cláudio (65’ Bruno Braz). Gol Paulo Jorge (39’). Amarelos: Wemerson (27’), Kelvin (54’). Treinador: José Torcato.

CD MAFRA : Godinho, Leo, B. Sales (81’ Laurindo), Sandro, Ruca, V. Varão (66’ Terry), Hugo Pina, Nuno Gomes, Luís Carlos (33’ F. Godinho), Alisson, Hugo Monteiro. Amarelos: B. Sales (6’), Luis Carlos (17’), Sandro (41’), Godinho (56’). Treinador: Jorge Simão.

Estádio Municipal Joaquim Maria Baptista (21/9). Arbitragem: Luís Máximo (Castelo Branco), auxiliado por Ângelo Correia e Pedro Ribeiro.

A vitória magra de 1-0 conseguida ante o Mafra, foi o quanto bastou para que o AC Alcanenense assumisse a liderança da série F do campeonato nacional de seniores, lugar que vai seguramente ser conservado por mais uma semana uma vez que no domingo não há jornada, em virtude da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Num jogo de grau de dificuldade acrescido e em que o adversário (Mafra) era a única equipa que tinha vencido nas três primeiras jornadas, o Alcanenense estreou uma dupla de centrais composta por Wilson Paulo e Luanderson - Paz Miguel foi relegado para o banco por não estar nas melhores condições físicas. As alterações feitas num dos sectores-chave de qualquer equipa acabaram por não ter prejudicado a equipa ribatejana, mas a verdade é que os dois laterais foram os grandes esteios defensivos, assim como Faia, que esteve enorme a defender. Marco Grilo, defesa direito, chegou mesmo a evitar o golo tirando duas bolas em cima da linha de baliza, na segunda parte e, numa outra situação, tirou o pão da boca de um dos avançados do Mafra quando este se preparava para fazer a igualdade.

Os primeiros minutos do encontro revelaram uma entrada mais forte por parte do ACA que, num livre bem estudado, deixou a defesa do Mafra baralhada. Só o remate final não foi perfeito. O Mafra foi reagindo e equilibrou e Nuno Gomes teve nos pés uma oportunidade flagrante para marcar, após um trabalho de mestre de Alisson na direita. Numa altura em que o conjunto da região de Lisboa já pressionava mais do que era pressionado, Ruca, com um remate do meio da rua, obrigou o guardião da equipa da casa a uma defesa brilhante e, em seguida, houve um lance na área do Atlético entre o guarda-redes e Luís Carlos, com este último a cair e a reclamar grande penalidade. O árbitro do Castelo Branco mostrou-lhe o cartão amarelo por considerar que este se fez à falta.

A cinco minutos do intervalo Paulo Jorge fez o único golo do jogo, num lance que começou com um passe longo de Marco Grilo para a zona da bandeirola de canto, no lado oposto do campo, onde apareceu Wemerson que cruzou para Paulo Jorge rematar para o 1-0.

No segundo tempo foi ver o Mafra a tentar chegar ao golo, recorrendo ao ”chuveirinho”, e o Alcanenense defendia como podia. Foi nessa altura que os laterais e Filipe Faia foram decisivos na ajuda aos centrais, já que a equipa adversária tinha colocado ”toda a carne no assador”. Mas, curiosamente, pertenceram ao Alcanenense as melhores oportunidades, nos minutos finais, quando o Mafra foi apanhado em contra-pé. Elton teve duas claras chances de golo e Alfredo ainda hoje se deve estar a perguntar como não conseguiu fazer o 2-0. Aos 94 minutos, o Mafra chegou a fazer um golo mas este seria invalidado devido a posição irregular.

Ouriense: entrada desastrada deitou tudo a perder

Um golo sofrido logo no primeiro minuto de jogo e um outro aos 4, deixou o Ouriense KO no inédito derbi concelhio com o Fátima, no estádio municipal fatimense.

Silva e Idelino, dois guineenses, foram os autores dos tentos e Romário, que se estreou com a camisola do Fátima, facturou à saída para o intervalo, fazendo o 3-0. Nessa altura já o Ouriense jogava em desvantagem devido à expulsão de Leandro Gaspar, aos 36 minutos, mas isso não invalidou que a turma ouriense tivesse entrado forte na segunda parte, tendo inclusive chegado ao golo no primeiro minuto, por Zim. A jogar em inferioridade numérica, o Ouriense não conseguiu fazer mais do que reduzir o marcador.

Riachense somou nova derrota

A formação de Riachos deslocou-se à Sertã para jogar a 4.ª jornada do CNS e trouxe uma derrota, pela margem mínima. Num jogo marcado pelo dilúvio que se abateu sobre a Sertã, que obrigou à suspensão momentânea do encontro, por duas ocasiões, registo para os minutos finais em que o CAR ainda fez a bola entrar na baliza contrária, com um remate de João Alves, mas o tento, que daria um ponto, foi anulado devido a um alegado fora-de-jogo. Assim sendo, na tabela classificativa o Riachense é a única equipa que continua sem pontuar.