CA RIACHENSE: Telmo, P. Galrinho, Saul, J. Alves, J. Rodrigues, Jota, B. Lemos, Mauro (Natalino), B. Jorge (Bernardo), Sandro Gomes, Jardel (Júlio). Golos: Ricardo Queirós (19’ a.g.), B. Lemos (83’ g.p.), Mauro (100’). Treinador: Paulo Costa.

SC PRAIENSE: B. Teixeira, R. Mendes, Rui Silva, R. Queirós, D. Moniz, R. Rodrigues, A. Martins, F. Andrade, M. Reis(Vasco), T. Resende (L. Serpa), R. Costa (V. Hugo). Golos: Filipe Andrade e Rúben Rodrigues. Treinador: Francisco Faria.

Disciplina: informação indisponível.

Campo de Jogos Coronel Mário Cunha (28/9). Arbitragem: Bruno Vieira (Beja), auxiliado por Valter Canhita e Luís Diogo.

Dos seis jogos oficiais já disputados esta temporada, as duas únicas vitórias alcançadas pelo Riachense aconteceram nas duas eliminatórias da Taça de Portugal ao passo que, no CNS, o clube de Riachos ainda não conseguiu pontuar, volvidas que estão as quatro primeiras jornadas.

Neste encontro frente aos açorianos, referente à 2.ª eliminatória da taça, que decorreu no passado domingo (16h), a formação do concelho de Torres Novas fez um início de jogo bom, dominando e controlando a partida, mas sem criar situações de golo. Os homens mais dianteiros do CAR tinham ordens expressas para não deixarem o adversário construir jogo a partir do sector mais recuado. Assim, Mauro, Bernardo Jorge e o próprio Bruno Lemos caíram sempre no portador da bola, procurando impedir a construção de jogadas de ataque.

O primeiro sinal de perigo resultou precisamente de um roubo de bola perto da área do conjunto da Praia da Vitória, aos 25 minutos. Bernardo Jorge esgueirou-se rapidamente e entrou na área onde, perante a saída do guarda-redes tentou o chapéu, mas o esférico saiu ao lado, tirando ainda tinta ao poste.

O primeiro golo da tarde aconteceria quatro minutos depois, num livre mais ou menos frontal, a meio do meio-campo. João Rodrigues colocou a bola nas alturas e um defesa do Praiense, ao tentar afastar a bola, ”penteou-a”, fazendo-a entrar na sua baliza.

No segundo tempo, os açorianos entraram no jogo determinados e a igualdade surgiu com naturalidade aos 56 minutos. A um cruzamento efectuado do lado direito, Andrade respondeu com categoria.

Os visitantes galvanizaram-se e continuaram por cima no jogo até cerca dos 25 minutos. Nessa altura, o Atlético passou um mau bocado, pois nada saía bem.

Aos 30 minutos Mauro sacou de um remate à entrada da área, que obrigou Bruno Teixeira a defesa apertada e quando o Atlético estava a começar a ressurgir na partida, Jota, que já tinha visto um cartão amarelo, viu o segundo porque o árbitro alentejano considerou que se fez ao penalti. Mesmo a jogar em inferioridade numérica, os riachenses mantiveram a curva ascendente e chegariam ao 2-1, por volta dos 80 minutos, através de uma grande penalidade apontada por Bruno Lemos. Mauro tinha sofrido a falta que deu lugar ao castigo máximo.

O jogo parecia estar decidido, já que o Praiense revelava dificuldades a nível físico (a comitiva tinha viajado no dia anterior para o continente e um atraso significativo no vôo fez com que tivessem chegaram ao hotel, a Torres Novas, às três da madrugada), mas praticamente na resposta restabeleceram novamente a igualdade num pontapé de canto, por Rúben Rodrigues. O jogo teve de ir para prolongamento e a contenda foi resolvida com um golo de Mauro que, no interior da grande área, cabeceou para golo (3-2), após cruzamento de Bruno Lemos. O tento surgiu nos primeiros minutos da primeira metade do prolongamento.

O trio de arbitragem que viajou de Beja fez uma apitadela razoável mas, no capítulo disciplinar, não houve um critério definido. O jogo não foi desleal, mas teve muito contacto e o juiz bejense demorou muito a tirar o cartão amarelo do bolso. Quando o fez, como já se disse, fê-lo sem objectividade.

Carioca pondera arrumar as chuteiras

À beira de fazer 37 anos, o médio riachense está a ponderar deixar o futebol. Na última época Carioca já foi assolado por algumas lesões e nesta temporada tem sido frequentemente apoquentado por mazelas, a última das quais, sofrida no jogo da Sertã há duas semanas que o obrigou a uma paragem que se deve estender por algumas semanas. Perante estes dados Luís Ferreira (Carioca) pondera não levar a época até ao fim, embora não seja esse o desejo do treinador e directores que estão a tentar sensibiliza-lo a mudar de opinião.

Entretanto o CNS vai para a 5.ª jornada este domingo. Dos quatro clubes ribatejanos em prova apenas o Riachense joga e casa para receber o Torreense, clube que tem apenas três pontos, ainda assim, um score mais favorável que o do CAR, que ainda não somou qualquer ponto. O Alcananenense joga em Ponte de Sôr, numa deslocação que se avizinha difícil e o Fátima joga nas Caldas da Rainha onde mora o campeão dos empates (quatro). O Ouriense volta a sair da sua zona de conforto para jogar ali perto, em Leiria. Tarefa também nada fácil para o conjunto treinado por Carlos Ribeiro.