CA RIACHENSE: Telmo, João Alves, Pedro Galrinho, Saúl, João Rodrigues, Sandro, Bruno Lemos, Jota (Carioca), Júlio, Mauro, Seninho (Bernardo Marques (Natalino)). Amarelos para Júlio (12’), Pedro Galrinho (21’), Jota (30’), Sandro (52’), Saúl (60’), Bruno Lemos (90+5), Bernardo Marques (90+5). Golos: Bruno Lemos (5’), João Alves (87’). Treinador: Paulo Costa.

BENF. CASTELO BRANC Hidalgo, André Cunha, Vasco Matos, Chileno (Tiago Pereira), Job, Fábio Marinheiro, Fábio Santos, Marocas, Telmo (Ranger), Dani Matos, João Rui. Golos: Dani Matos (32’). Amarelos: Vasco Matos (29’), Fábio Santos(90+5). Treinador: Ricardo António.

Arbitragem: Nuno Roque (Coimbra) auxiliado por Luís Henriques e Fábio Monteiro.

O Atlético Riachense garantiu no domingo a passagem à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal ao derrubar o Benfica de Castelo Branco por 2-1, com o golo da vitória a ser apontado nos instantes finais da partida, à semelhança do que aconteceu com o jogo da terceira eliminatória, frente ao Praiense – se bem que nesse encontro o resultado final foi de 4-3.

Foi com um golo madrugador, aos 4 minutos, que o CAR se adiantou no marcador. Bruno Lemos converteu a grande penalidade assinalada pelo árbitro de Coimbra, a castigar uma falta do lateral esquerdo, Chileno, sobre Jota, lance que aconteceu perto do vértice da grande-área.

Na meia hora seguinte, até ao golo do empate, só deu Castelo Branco, com o Riachense a limitar-se a defender. Depois de uma série de cantos e livres que só não deram em golo por que não calhou, os albicastrenses chegaram ao tento do empate, que já era mais do que justo, num livre directo. Dani Matos, capitão de equipa, assinou um bonito golo, colocando a bola no ângulo superior direito da baliza defendida por Telmo. Nos restantes 15 minutos da primeira parte o Benf. de Castelo Branco continuou a estar melhor, mas os donos da casa deixaram de estar remetidos ao seu meio campo.

Na segunda parte o jogo foi mais equilibrado e as oportunidades de golo diminuíram. Registo para um lance em que um dos avançados albicastrenses caiu após um mergulho de Telmo aos seus pés, ficando este a reclamar grande penalidade.

A partir dos 75 minutos, sensivelmente, o Riachense entrou no seu melhor período de jogo, conseguindo soltar-se e deixar a defesa adversária em sobressalto, e aos 87 minutos João Alves fez o golo que desfez o empate. No lance, em que interveio Jota que fez uma desmarcação cheia de intenção, João Alves quando se encaminhava para a área, ainda levou um toque que o desequilibrou. Resistiu à tentação de cavar uma falta à entrada da grande área, recuperou a postura e rematou rasteiro para dentro da baliza. Ainda se jogaram mais oito minutos, cinco dos quais de compensação, mas os visitantes já não tiveram a frieza necessária para criar situações de golo.

O árbitro não esteve muito feliz na amostragem dos cartões amarelos. Fê-lo a mais de metade da equipa da casa – três dos quais viram-no na primeira meia hora de jogo, Pedro Galrinho, Jota e Júlio e tardou a exibi-lo aos visitantes.

Taça já rendeu 5 mil euros ao Riachense

A passagem aos 16 avos-de-final já rendeu ao Riachense 5 mil euros, uma verba simpática para um clube que, como muitos, vive de receitas próprias e do apoio, cada vez menor, de empresas. Uma eventual passagem aos oitavos-de-final garantiria, em termos financeiros, uma receita automática de 7.500 euros.

Fazendo um pouco de história, o CAR está na 4.ª eliminatória da prova pela segunda vez no seu historial. Na temporada de 1989/90, em Janeiro, o CAR foi ao antigo estádio da Luz defrontar o Benfica de Toni e perdeu por 14-1, com Tochinha a fazer o golo de honra dos alvi-negros. O SLB infligiu, nesse jogo, a maior goleada em jogos oficiais. Nesse ano, em que foi campeão nacional, o Benfica também tinha cilindrado o Marco por 11-0, em jogo da Taça.

Dez anos mais tarde, em 2000, ao CD Torres Novas também calhou a ”fava” de jogar no estádio da Luz. Perdeu por apenas 1-0.