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Clube de Natação de Torres Novas: “Normalmente a nossa missão termina quando os nadadores ingressam no ensino superior”

Desporto  »  2016-11-29 

O Clube de Natação de Torres Novas conquistou há muito, o estatuto de “instituição” na cidade. Existe, de forma ininterrupta, desde 1975, ou seja há 41 anos, e tem sido responsável pelo ensino da natação a muitas gerações de crianças e jovens no concelho de Torres Novas. Pascoal Mendes, de Tomar, é um dos rostos mais visíveis do clube. É treinador da equipa de competição e tem por trás um grupo de pais que constitui a direcção, representado nesta entrevista por Rui Simões, vice-presidente.

O CNTN é um clube prestigiado na cidade e na região, já com algumas décadas de existência. Que factores essencialmente têm contribuído para a dinâmica do clube ao longo dos anos?
Rui Simões – Principalmente têm sido os pais dos atletas que, ao longo das várias gerações de atletas, têm dinamizado o clube. Têm sido uma ajuda muito grande, quer seja ao nível da direcção ou na dinamização de iniciativas para angariação de fundos para manter o clube.
Temos custos com treinadores e com as inscrições de nadadores e só este ano vamos inscrever cerca de 100 atletas.

Concorda Pascoal?
Pascoal Mendes – Sem dúvida. Tem sido assim e é bom que se mantenha pois só envolvendo as pessoas é que conseguimos ter alguma sustentabilidade. Nesse aspecto, acho que o CNTN é exemplar, tanto a nível distrital como nacional. Mesmo na altura em que não tivemos piscina (no período em que houve remodelação das piscinas municipais Fernando Cunha) conseguimos ter sempre actividade e com bons resultados desportivos. Essa foi uma fase complicada e sinceramente não sei se haveria outro clube no distrito que tivesse tido a capacidade de aguentar aquele impacto. Foi um período difícil para o clube, mas ainda bem que houve remodelação das piscinas.

Tem sido necessário reinventar processos, modelos de trabalho e de organização, ou o clube tem sido fiel às suas origens e as necessidades de hoje são as mesmas de há 40 anos?
Pascoal Mendes – Acima de tudo tem sido necessário adaptar-nos às circunstâncias e os modelos de treino são alvo de melhoramento à medida que os nossos conhecimentos aumentam. Mas o grande trabalho passa por adaptar-nos, época após época, às circunstâncias, à distribuição dos nossos níveis pelos escalões, ao espaço e tempo que temos disponível. Tudo isso depende de factores que nós não controlamos e a parte não é controlável, temos de fazer as adaptações necessárias.

Despois de um período de interregno, o CNTN voltou a assumir a gestão das actividades da escola municipal de natação. Causou algum abalo na estrutura do clube o tempo em que estiveram dispensados dessas funções?
Rui Simões – Algum, sobretudo no recrutamento de novos atletas para a formação. Nós, ao fazermos a gestão da piscina, também conseguimos perceber melhor os atletas que podemos aproveitar na transição para a competição. O abalo maior foi nesse aspecto.
Pascoal Mendes – Notou-se, realmente, que o processo de recrutamento não foi tão eficiente como nos anos em que tínhamos a escola de natação. Ainda foram uns quatro ou cinco anos em que a escola municipal de natação esteve a ser gerida pela Empresa Municipal e depois em por uma empresa privada. E os reflexos ao nível das equipas de competição hoje são assinaláveis. Nesta altura temos uma pirâmide invertida, em que termos muitos juvenis e juniores e não temos tantos infantis, embora o número seja aceitável (12) tendo em conta a realidade distrital. Por norma não é assim que são distribuídos os escalões e resta-nos tentar recuperar a dinâmica, nesse aspecto.

Com o fim da EM concorreram e voltaram a assumir essas funções. Nos mesmos moldes?
Rui Simões – Mais ou menos… Houve um concurso público, concorremos e ganhámos. A parte da competição é completamente à parte. Aí somos autónomos.

E têm muitos “clientes” não é verdade?
Felizmente a escola de natação tem muitos inscritos, mais de mil. Não sei se haverá outro espaço público com tantos utilizadores, semanalmente, na cidade de Torres Novas.

Quais são as principais diferenças que existem entre os jovens nadadores de hoje quando comparadas com os jovens da vossa geração? A nível da mentalidade e do empenho no trabalho?
Pascoal Mendes - Creio que não existem muitas diferenças. Quando falo com colegas meus que estão no ensino, há muito aquela coisa de dizer que os miúdos, actualmente, são piores que antigamente… mas nós aqui convivemos com uma realidade muito diferente. É que para estarem aqui têm realmente de gostar disto, porque têm dias em que fazem dois treinos, vêm cá treinar aos feriados. Estes são miúdos dedicados e empenhados e não noto isso.

Uma das preocupações comuns à maioria dos pais é que os seus filhos saibam nadar. Isso, por si só, explica a quantidade de gente que integra a escola municipal de natação?
Pascoal Mendes - Sim, em grande parte. Penso que ninguém traz para cá os filhos com o intuito de competirem, como acontece noutras modalidades desportivas. E isso até pode ser uma desvantagem que temos, mas a grande vantagem é que a esmagadora maioria também aprender a nadar. Creio que o CNTN tem uma facilidade acrescida em relação a outros clubes do distrito que é facto de termos tido ao longo destes 41 anos bons resultados e de haver um reconhecimento social acerca do papel do clube. Quando assim é, torna-se mais fácil as pessoas aderirem às actividades competitivas que temos, fruto de todo esse passado.

E para vocês, quais são as vossas principais preocupações quando um pai vos confia um filho?
Pascoal Mendes - É uma responsabilidade muito grande… Agora que sou pai também vejo as coisas de forma um bocado diferente. Acima de tudo agradeço aos pais o facto de confiarem os seus filhos nos nossos treinadores e na nossa direcção.

A nível competitivo têm conseguido bons resultados a nível distrital, nos escalões jovens? Quais são as ambições para este ano desportivo?
Pascoal Mendes - O clube tem um plano de carreira para todos os atletas da competição em que é definido, em termos gerais, o que nós queremos. E o que queremos é que os miúdos, até aos 18 anos, passem pelas diversas fases da carreira competitiva dentro do clube. A primeira etapa é que nadem bem e só depois vêm as outras vertentes. Tentamos explicar isso aos pais quando cá colocam os seus filhos.
Os objectivos concretos de cada um deles vão-se definindo de acordo com o grau de empenho deles, das suas capacidades, do grau de maturação, que não é igual para todos, e vamos conseguindo, a nível distrital, ter bons resultados e até a nível nacional. Ainda no ano passado tivemos uma medalha nos nacionais e temos uma vice-campeã nacional. Isso até pode ser a parte mais visível mas há muitos outros resultados de relevo, com os quais não nos acomodamos mas ficamos satisfeitos.
Na natação há mais de 300 clubes filiados e esta é provavelmente a modalidade individual mais competitiva e todas as conquistas são fruto de muito trabalho.

E dos 18 anos para a frente?
Pascoal Mendes - Felizmente ou infelizmente, quando os nadadores chegam a seniores normalmente saem porque vão estudar para fora. Alguns conseguem manter a actividade competitiva, o que é óptimo, alguns conseguem manter a actividade competitiva ligados ao CNTN, o que é ainda melhor, até porque servem de exemplo para os mais novos. Normalmente a nossa missão principal termina no momento em que os nossos nadadores ingressam no ensino superior.

Dentro do grupo há nadadores que se destacam pelas suas capacidades mas se calhar chegaram a um nível superior porque trabalham mais horas do que os outros. Há miúdos viciados natação e que buscam a perfeição?
Pascoal Mendes - Sinceramente acho que sim… mas não só eles como também eu ou elementos da própria direcção. Quando vou de férias, em Agosto, tento não pensar em nada mas na verdade, quando dou por mim já estou a preparar a época seguinte. E é engraçado que durante as férias nunca perdemos o contacto uns com os outros. Há sempre alguém a perguntar alguma coisa como aconteceu este ano, com os Jogos Olímpicos. E com as redes sociais isso é muito fácil: “Viram aquele resultado? Gostava de experimentar isto num treino”… Nunca desligam completamente.

Além da piscina municipal há, aqui à volta, condições naturais para a prática da natação e que vocês aproveitam. Estou a falar por exemplo da albufeira do Castelo de Bode.
Pascoal Mendes - Sim, felizmente há boas condições por aí e o Castelo de Bode tem óptimas condições e, inclusivamente, temos participado em provas de águas abertas embora isso não seja encarado como uma vertente específica do clube até porque, neste momento, não há ninguém dedicado às águas abertas.
É uma forma que encontramos para iniciar a época, num contexto diferente, e a nível psicológico ajuda a estar num sítio diferente em determinado período do ano. Quando existem essas oportunidades é bom aproveitar. Mas os treinos, é uma tradição, iniciam-se na piscina no dia 1 de Setembro.

Quando foi criada a secção de triatlo não houve nenhum conflito no sentido de que a natação passou a ter uma espécie de concorrente directo, dentro do próprio clube?
Pascoal Mendes – O único problema que existe é ao nível da partilha do espaço. Quanto à captação de atletas, é normal que quando haja um decréscimo quando existe uma multiplicação de actividades, mas temos sabido conviver com isso. E estamos a falar de atletas de características diferentes.
Rui Simões – A captação de atletas é um processo cíclico e há fases em que aparecem mais miúdos do que outras. Mas acredito que hoje as crianças têm muito pouco tempo porque têm muitas actividades além da escola e essa é a principal razão porque temos menos crianças a competir. O triatlo acaba por ser mais uma actividade, como o atletismo ou o futebol…

A maioria dos nadadores do CNTN é da cidade de Torres Novas?
Pascoal Mendes – Sim, a maioria. Este ano foi um pouco atípico ao nível de acontecimentos no distrito. Hoje temos connosco um nadador da Golegã porque a natação no Núcleo Sportinguista da Golegã acabou, e vieram dois nadadores do concelho de Abrantes que saíram na sequência da mudança de treinador e estavam muito identificados com o que saiu, optando por vir nadar para Torres Novas.

 

 

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