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Ribatejo de volta

Opinião  »  2015-05-31  »  João Carlos Lopes

"O Tejo está sempre perto, ao alcance da nossa respiração"

Durante anos fomos uma espécie de voz quase única a clamar no deserto: a destruição do Ribatejo, com a criação dessas palhaçadas que são o “Médio Tejo” e a “Lezíria”, foi um crime contra o património histórico e cultural da nossa região e o espartilhar de um território, o vale do Tejo e suas margens, que é dotado de uma identidade sólida, inegável e inultrapassável por quantas engenharias político-administrativas que queiram pôr em prática. A colocação do “Alentejo” até ali à quinta do Minhoto, à entrada da Golegã, e tudo o que está por trás desse outro malabarismo, mais recente, deveria mandar uma certa gente fazer companhia ao preso 44, aí sim, em pleno Alentejo.

Agora, finalmente, políticos de diversos quadrantes parece que acordaram: que foi um erro colossal a divisão do distrito em dois, que o Tejo é o nosso denominador comum geográfico-cultural, que temos uma identidade forte e essa identidade é o Ribatejo em traços largos, o distrito de Santarém em sentido mais restrito. Que é preciso voltar a unir.

Que o “Ribatejo”, lá nos tempos adâmicos do princípio do séc. XX foi, também, vinque-se o também, o resultado de uma identidade “construída”, nada retira: as identidades, as representações mentais, têm sempre algo de construído lá nas lonjuras da sua génese. Interesse é que, hoje, as terras que grosso-modo vão de Abrantes a Vila Franca, possuem uma ligação identitária e uma proximidade geográfica entre si como raramente acontece de modo tão evidente.

Estamos em casa em Abrantes ou Alcanena, Tomar ou Golegã, Santarém ou Almeirim. O Tejo está sempre perto, ao alcance da nossa respiração, a estrada que nos leva e nos traz, esse vale imenso onde a luz alonga o horizonte. É esse o nosso horizonte, seja no âmbito de um processo de regionalização ou na forma simples de uma reconfiguração das comunidades inter-municipais.

 

 

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