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A idade média

Opinião  »  2008-09-18  »  AnabelaSantos

Já durmo sossegado. Tantas vezes me interroguei para onde ia o dinheiro dos impostos da classe média. Daqueles que não têm dinheiro para colocar o dinheiro lá fora. Nem para pagarem a advogados para prolongarem o tempo dos julgamentos. Até que a lei se modificou. Que foi com grande sensação de paz. Que me deixei adormecer naquele dia. Tinha saído de facto para o público a notícia de que o Paulo Pedroso. Ia receber 100 mil euros, por o estado, através do juiz Rui Teixeira ter injustamente mandado prender. O senhor deputado. E pronto. Lá se abre a caixa dos impostos. O cofre do tesouro. E vamos de pagar a sentença.

Não há dúvida que o momento político foi bem escolhido. Para a notícia sair nos jornais. Encher vinte minutos de noticiário nacional da Sic. Que me ia custando não conseguir engolir o pequeno-almoço.

Mas certa ou não certa. A notícia agitou tudo que era noticiários. Quis dar ao país a ideia purificadora de que a justiça portuguesa era implacável. E merecia a nossa confiança. Sobretudo apareceu a tempo do senhor Pedroso regressar à Assembleia da República. E já se fala da sua candidatura eleitoral pelo circulo de Aveiro, nas próximas eleições. Tudo isto, antes de se conhecer a sentença, do caso pelo qual o senhor deputado, está ainda a ser julgado. E apesar do Sr. Mário Soares aparecer no Diário de Notícias pedindo que ”esta questão deve ser averiguada e esclarecida até ao fim, nos planos jurídico, político e moral. É obrigação do Estado de Direito fazê-lo”.

Fiquei informado portanto de que todo o dinheiro dos impostos, das coimas, da venda de património, vai ser subtraído de uma pequena parcela para que se faça justiça.

Justiça aliás que se baseia no acórdão da 3.ª secção de tribunal da relação de Lisboa de 8.10.2003. Mas todos parecem esquecidos que o mesmo tribunal publicou no dia seguinte (isto é, em 9.10.2003), outro acórdão produzido pela 9.ª secção, elogiando as medidas tomadas no mesmo processo pelo mesmo juiz onde - passo a citar – ”louvável por corajosa exemplar, a iniciativa do juiz, indicadora também de elevada sensatez”.

E assim deste modo parece que se vai preparado o final do julgamento da pedofilia em Portugal.

2 – O Sr.º Ministro Rui Pereira – que tem parecenças interessantes do ”Mr. Bean”, cómico da televisão inglesa – não pára de nos espantar. Depois de tanto alegado disparate sobre segurança e as questões com o Presidente da República, resolve pensar imitar a segurança da polícia de Bogotá que o Correio da Manhã publica.

Em justiça e segurança – estamos seguros por muito tempo. Mesmo com o inefável Guterres – que foi considerado o pior primeiro-ministro português – a começar a aparecer. Sonhando com eleições futuras.

Com medidas destas, claro que o desemprego desaparece e o ensino baixa a taxa de retenção.

Como diz Saramago, vivemos à beira do apocalipse. Mas não importa. Estamos em segurança.

 

 

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