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Educação e democracia

Opinião  »  2008-12-18  »  Nuno Curado

Pouco ou nada sei sobre política de educação. Por esse motivo, não irei abordar opções políticas concretas desta área da governação.

Tenho, porém, a consciência que é necessário fazer uma reforma profunda e urgente no sistema de ensino português, que se encontra, em muitos aspectos, desfasado das actuais exigências e circunstâncias sociais, económicas e culturais.

Compreendo, ainda, a vontade e a determinação do Governo em realizar essas reformas num sector tão importante para o País.

Algumas das suas propostas políticas parecem-me fazer sentido e percebo a sua justificação.

Mas, verifico também que a esmagadora maioria dos professores está contra a política desenvolvida pelo Ministério da Educação, no seu conjunto.

E só não afirmo que todos os professores estão contra esta política, por razões de prudência e contenção. Porque não conheço um único professor que concorde com o conjunto da prática política desenvolvida pelo Ministério da Educação. Nem sequer professores simpatizantes, ou até militantes, do Partido Socialista.

É certo que, os motivos da divergência e contestação em relação à política de educação deste Governo são muitos e variados, e representam claramente uma coligação negativa de diversos interesses e correntes de opinião. Mas, do ponto de vista político, o que se evidencia é a oposição quase unânime da classe docente contra esta política de educação, que ultrapassa a mobilização sindical.

Constato, ainda, que algumas forças políticas da oposição, à esquerda e à direita, tentam aproveitar este sentimento de insatisfação e descontentamento que se vive nas escolas, para desenvolverem uma política de ataque ao Governo, com uma base social de apoio que lhes tem faltado noutros domínios.

Atendendo à dimensão que a contestação dos professores atingiu, contra a política desenvolvida pelo Ministério da Educação, tenho sérias dúvidas se a generalidade dos portugueses também apoia essas mesmas políticas sem reservas.

Em contrapartida, sei também que, por mais acertadas e necessárias que sejam as políticas do Ministério da Educação, não é possível concretizá-las com sucesso e eficácia, sem a compreensão e adesão da maioria dos professores.

Os professores constituem uma classe social fundamental para o desenvolvimento do País e para a sustentação da base eleitoral do Partido Socialista.

Por tudo isto, é indispensável que o Governo tome medidas urgentes no sentido de pacificar a classe docente e envolvê-la activamente nas reformas políticas necessárias, de modo a manter do seu lado a maioria dos professores.

Só assim terá êxito qualquer reforma no nosso sistema de ensino e, em última análise, o desenvolvimento de Portugal.

5/12/2008

 

 

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