Genéricos
Opinião » 2009-05-22 » AnabelaSantos
Os genéricos não são todos iguais. Do mesmo produto há os de marca, mas há também as cópias. A luta de laboratórios é tão grande. Que se oferece às farmácias. Determinado número de embalagens. De acordo com o número de unidades que vendem. Assim se aumente o lucro. O sistema de saúde evolui de tal maneira. Que o governo não tem dinheiro para pagar as farmácias. Algumas têm dificuldades de tesouraria. Aí, o Sr. Cordeiro, cria um fundo de pagamento a juro baixo. Às farmácias em dificuldades. Cria assim uma espécie de banco. Ao mesmo tempo vem com o discurso misericordioso de que os doentes, poupam imenso. Se levarem os genéricos aconselhados pelos farmacêuticos. Que entretanto se transformam em “alfaces”. Individualizando assim a cor da bata. E procuram fidelizar os clientes com o cartão das farmácias. Como neste tempo todo, a Associação Nacional das farmácias, começa a ter laboratórios que produzem genéricos. Está fechado o circuito. Eles aconselham o genérico. O genérico é fabricado pelos laboratórios da sua cadeia. E o lucro aumenta debaixo do aspecto misericordioso de fornecer mais barato aos doentes.
Só que eu concordo e defendo, receitar pelo princípio activo, como se faz nos hospitais. Exemplo, a “amoxilina”, que se vende com o nome de cipamox, clamoxyl ou outros. Mas o efeito não é igual para todos. O Diazepam, que se vende com o nome original a “Rocha” de valium, não tem o mesmo efeito nos doentes que conheço que outro similar, muito eficaz, que se encontra no mercado. Mas cujo efeito não é igual. O Parecetamol, chamado de bem.u.ron, actua com uma rapidez diferente dos genéricos que por aí andam.
Foi em espanto que ouvi na televisão há tempo um anúncio de que “para pequenas e grandes urgências procure o seu farmacêutico”.
E fiquei a idealizar o que era um traumatismo craneano ou um A.V.C em evolução, à espera à porta de uma farmácia. Uma senhora que dá pelo nome de Elisabete Faria, dizia há tempos que só os farmacêuticos tinham formação para receitas. E eu pergunto, a Sr. ª Bastonária dos farmacêuticos, qual é o seu critério clínico para adequar o medicamento à doença.
O mundo da saúde envolve demasiado dinheiro. Para não haver guerra à volta dele. Até chegaremos ao ponto. De criarem custos insustentáveis. E numa reunião recente, haver quem proponha que a partir de certa fase. Não se gaste mais dinheiro do estado com os doentes. Imagine-se o que isto leva às instituições privadas a ganhar com esse futuro.
Sejamos claros. Que há médicos e farmacêuticos honestos. E há-os desonestos. Que o aumento da esperança de vida faz dos idosos um espantoso mercado emergente. Que a falta de política social do governo, leva à antecâmara de casas mortuárias, que são os “Lares de Idosos”, sem certificação.
A imensa luta pela vida, pode correr o risco de se transformar. Num enorme campo de guerra pelo dinheiro.
Genéricos
Opinião » 2009-05-22 » AnabelaSantosOs genéricos não são todos iguais. Do mesmo produto há os de marca, mas há também as cópias. A luta de laboratórios é tão grande. Que se oferece às farmácias. Determinado número de embalagens. De acordo com o número de unidades que vendem. Assim se aumente o lucro. O sistema de saúde evolui de tal maneira. Que o governo não tem dinheiro para pagar as farmácias. Algumas têm dificuldades de tesouraria. Aí, o Sr. Cordeiro, cria um fundo de pagamento a juro baixo. Às farmácias em dificuldades. Cria assim uma espécie de banco. Ao mesmo tempo vem com o discurso misericordioso de que os doentes, poupam imenso. Se levarem os genéricos aconselhados pelos farmacêuticos. Que entretanto se transformam em “alfaces”. Individualizando assim a cor da bata. E procuram fidelizar os clientes com o cartão das farmácias. Como neste tempo todo, a Associação Nacional das farmácias, começa a ter laboratórios que produzem genéricos. Está fechado o circuito. Eles aconselham o genérico. O genérico é fabricado pelos laboratórios da sua cadeia. E o lucro aumenta debaixo do aspecto misericordioso de fornecer mais barato aos doentes.
Só que eu concordo e defendo, receitar pelo princípio activo, como se faz nos hospitais. Exemplo, a “amoxilina”, que se vende com o nome de cipamox, clamoxyl ou outros. Mas o efeito não é igual para todos. O Diazepam, que se vende com o nome original a “Rocha” de valium, não tem o mesmo efeito nos doentes que conheço que outro similar, muito eficaz, que se encontra no mercado. Mas cujo efeito não é igual. O Parecetamol, chamado de bem.u.ron, actua com uma rapidez diferente dos genéricos que por aí andam.
Foi em espanto que ouvi na televisão há tempo um anúncio de que “para pequenas e grandes urgências procure o seu farmacêutico”.
E fiquei a idealizar o que era um traumatismo craneano ou um A.V.C em evolução, à espera à porta de uma farmácia. Uma senhora que dá pelo nome de Elisabete Faria, dizia há tempos que só os farmacêuticos tinham formação para receitas. E eu pergunto, a Sr. ª Bastonária dos farmacêuticos, qual é o seu critério clínico para adequar o medicamento à doença.
O mundo da saúde envolve demasiado dinheiro. Para não haver guerra à volta dele. Até chegaremos ao ponto. De criarem custos insustentáveis. E numa reunião recente, haver quem proponha que a partir de certa fase. Não se gaste mais dinheiro do estado com os doentes. Imagine-se o que isto leva às instituições privadas a ganhar com esse futuro.
Sejamos claros. Que há médicos e farmacêuticos honestos. E há-os desonestos. Que o aumento da esperança de vida faz dos idosos um espantoso mercado emergente. Que a falta de política social do governo, leva à antecâmara de casas mortuárias, que são os “Lares de Idosos”, sem certificação.
A imensa luta pela vida, pode correr o risco de se transformar. Num enorme campo de guerra pelo dinheiro.
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