Saco cheio
Opinião » 2010-06-25 » Denis Hickel
O jogo iniciou-se de forma cautelosa por parte das duas equipas, com a selecção portuguesa a dar mostras de cedo querer resolver o jogo, partindo de forma tímida para o ataque mas sem criar ocasiões soberanas de golo, merecendo destaque a iniciativa do defesa central Ricardo Carvalho que cabeceou uma bola que, caprichosamente, foi devolvida pelo poste da baliza norte coreana. Responderam os homens da selecção da Coreia do Norte que criaram alguns lances de ataque, obrigando a equipa portuguesa a baixar as suas linhas para proteger a sua área, não sem que passasse por alguns sustos e beneficiando da fraca qualidade técnica dos jogadores norte coreanos. A exibição da equipa das quinas vinha sendo descolorida, Cristiano Ronaldo não aparecia no jogo, mas aos vinte e nove minutos tudo mudou. Uma boa combinação entre Tiago e Raul Meireles já no meio campo defensivo da Coreia do Norte permitiu que a bola fosse endossada com mestria para o interior da área asiática onde surgiu Raul Meireles, isolado, para chutar para a baliza, fazendo um golo de belo efeito.
O intervalo chegou com o resultado de 1-0 favorável à selecção de Portugal. Esperava-se no segundo período forte reacção da selecção da Coreia do Norte, mas tal não sucedeu. A equipa abriu mais os seus espaços, desarticulou-se a olhos vistos e a selecção portuguesa aproveitou as liberdades concedidas para aumentar para 2-0 a sua vantagem por intermédio de Simão Sabrosa.
A partir daqui foi o descalabro completo da selecção da Coreia do Norte. Os golos da selecção de Portugal sucederam-se a um ritmo que há muito não se via, fazendo o que quis da selecção asiática cuja fragilidade foi por demais evidente quando quer jogar ao ataque, sem capacidade de reacção para suster a velocidade dos jogadores portugueses e com a sua defesa a cometer erros de palmatória que lhe custou uma goleada de 7-0, a mais elevada neste Campeonato do Mundo até este momento e que dificilmente será superada nos jogos que faltam.
Com este resultado poderá desde já dizer-se que a selecção de Portugal será apurada para a fase seguinte. É crível que a selecção da Costa do Marfim vença o jogo frente à Coreia do Norte, mas certamente não conseguirá ultrapassar a diferença de golos que a selecção de Portugal já detém. O próximo jogo será com a selecção do Brasil e esta quer, certamente, ficar na frente do grupo. Para isso, terá de vencer ou empatar com Portugal mas, com a exibição produzida na segunda parte, a selecção portuguesa ainda pode sonhar com o primeiro lugar, vencendo a selecção brasileira. O que não será um feito de grande monta, mesmo considerando o superior talento da selecção verde a amarela.
Nos outros jogos, assinala-se as derrotas das favoritas Alemanha, França e Espanha, do empate da Itália (o segundo) e do escândalo que gira em volta da selecção francesa que obrigou à intervenção do governo francês. Resultados normais nos restantes jogos.
Saco cheio
Opinião » 2010-06-25 » Denis HickelO jogo iniciou-se de forma cautelosa por parte das duas equipas, com a selecção portuguesa a dar mostras de cedo querer resolver o jogo, partindo de forma tímida para o ataque mas sem criar ocasiões soberanas de golo, merecendo destaque a iniciativa do defesa central Ricardo Carvalho que cabeceou uma bola que, caprichosamente, foi devolvida pelo poste da baliza norte coreana. Responderam os homens da selecção da Coreia do Norte que criaram alguns lances de ataque, obrigando a equipa portuguesa a baixar as suas linhas para proteger a sua área, não sem que passasse por alguns sustos e beneficiando da fraca qualidade técnica dos jogadores norte coreanos. A exibição da equipa das quinas vinha sendo descolorida, Cristiano Ronaldo não aparecia no jogo, mas aos vinte e nove minutos tudo mudou. Uma boa combinação entre Tiago e Raul Meireles já no meio campo defensivo da Coreia do Norte permitiu que a bola fosse endossada com mestria para o interior da área asiática onde surgiu Raul Meireles, isolado, para chutar para a baliza, fazendo um golo de belo efeito.
O intervalo chegou com o resultado de 1-0 favorável à selecção de Portugal. Esperava-se no segundo período forte reacção da selecção da Coreia do Norte, mas tal não sucedeu. A equipa abriu mais os seus espaços, desarticulou-se a olhos vistos e a selecção portuguesa aproveitou as liberdades concedidas para aumentar para 2-0 a sua vantagem por intermédio de Simão Sabrosa.
A partir daqui foi o descalabro completo da selecção da Coreia do Norte. Os golos da selecção de Portugal sucederam-se a um ritmo que há muito não se via, fazendo o que quis da selecção asiática cuja fragilidade foi por demais evidente quando quer jogar ao ataque, sem capacidade de reacção para suster a velocidade dos jogadores portugueses e com a sua defesa a cometer erros de palmatória que lhe custou uma goleada de 7-0, a mais elevada neste Campeonato do Mundo até este momento e que dificilmente será superada nos jogos que faltam.
Com este resultado poderá desde já dizer-se que a selecção de Portugal será apurada para a fase seguinte. É crível que a selecção da Costa do Marfim vença o jogo frente à Coreia do Norte, mas certamente não conseguirá ultrapassar a diferença de golos que a selecção de Portugal já detém. O próximo jogo será com a selecção do Brasil e esta quer, certamente, ficar na frente do grupo. Para isso, terá de vencer ou empatar com Portugal mas, com a exibição produzida na segunda parte, a selecção portuguesa ainda pode sonhar com o primeiro lugar, vencendo a selecção brasileira. O que não será um feito de grande monta, mesmo considerando o superior talento da selecção verde a amarela.
Nos outros jogos, assinala-se as derrotas das favoritas Alemanha, França e Espanha, do empate da Itália (o segundo) e do escândalo que gira em volta da selecção francesa que obrigou à intervenção do governo francês. Resultados normais nos restantes jogos.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
|
Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
» Hélder Dias
Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |