A inevitabilidade
Opinião » 2010-07-15 » Rosa Amora
Esta constatação retira algum brilho ao ”discurso”, na medida em que não nos dá a possibilidade de amanhã deixar de ser segunda-feira, uma vez que hoje é domingo e todos concordaram que tudo isto é mesmo inevitável, mas não deixa de ser curioso que indivíduos tipo ”melga”, que têm o singular ”hábito” de contestar tudo e todos consigam viver descansados da vida com os carros a rolar à direita, os dias da semana uns a seguir aos outros e a começarem sempre à meia noite, sem sequer pestanejarem, não se coibindo de colocar em causa coisas tão simples como o seleccionador nacional, o filho do Cristiano Ronaldo, as altercações na linha de Cascais ou a incompetência do governo.
Ora a inevitabilidade é um conceito que tem de ser completamente contrariado, sendo absolutamente previsível que isso aconteça mais dia menos dia, porque ”o mundo é composto de mudança” e ”nada se perde, tudo se transforma”, ou seja, aquela história de que o deficit cresce todos os dias é realmente tão falsa quanto a ideia de que temos este governo porque não há outro melhor... ou será que não há mesmo e isso prova a existência do tal conceito de inevitabilidade? acho que tenho de estudar tudo isto mais a fundo, porque estou a ficar com a impressão de que não vou conseguir chegar a esclarecer esta proposição.
Tive um professor que recordo dos tempos do ISEF, dos livros, da teorização da animação desportiva, de seu nome Noronha Feio, a quem presto a minha homenagem, que sempre achei uma pessoa um pouco à margem destas guerras desportivas e outras, que numa oral de ”animação” me disse ”olhe que ainda não está provado que isso de transpirar faça bem à saúde...”, no meio de um sorriso e antes de se despedir de mim com um cumprimemto e ”um 15 está bem?”, o que me fez pensar um pouco mais sobre tudo isto que nos rodeia...
Uns tempos depois li no jornal uma estória sobre Winston Churchill, governante inglês que se fazia acompanhar de charutos cubanos sempre que não estava a dormir e que a uma pergunta de um jornalista sobre a sua longevidade (91 anos), apesar de fumar charutos durante mais de 70 anos, respondeu:” a razão da minha longevidade? o desporto! nunca pratiquei...”.
Pois é, essa coisa da tal inevitabilidade, que teria de distribuir um cancro dos pulmões a Churchill é tão falível que hoje vou dormir descansado... este governo vai cair! É inevitável!
A inevitabilidade
Opinião » 2010-07-15 » Rosa AmoraEsta constatação retira algum brilho ao ”discurso”, na medida em que não nos dá a possibilidade de amanhã deixar de ser segunda-feira, uma vez que hoje é domingo e todos concordaram que tudo isto é mesmo inevitável, mas não deixa de ser curioso que indivíduos tipo ”melga”, que têm o singular ”hábito” de contestar tudo e todos consigam viver descansados da vida com os carros a rolar à direita, os dias da semana uns a seguir aos outros e a começarem sempre à meia noite, sem sequer pestanejarem, não se coibindo de colocar em causa coisas tão simples como o seleccionador nacional, o filho do Cristiano Ronaldo, as altercações na linha de Cascais ou a incompetência do governo.
Ora a inevitabilidade é um conceito que tem de ser completamente contrariado, sendo absolutamente previsível que isso aconteça mais dia menos dia, porque ”o mundo é composto de mudança” e ”nada se perde, tudo se transforma”, ou seja, aquela história de que o deficit cresce todos os dias é realmente tão falsa quanto a ideia de que temos este governo porque não há outro melhor... ou será que não há mesmo e isso prova a existência do tal conceito de inevitabilidade? acho que tenho de estudar tudo isto mais a fundo, porque estou a ficar com a impressão de que não vou conseguir chegar a esclarecer esta proposição.
Tive um professor que recordo dos tempos do ISEF, dos livros, da teorização da animação desportiva, de seu nome Noronha Feio, a quem presto a minha homenagem, que sempre achei uma pessoa um pouco à margem destas guerras desportivas e outras, que numa oral de ”animação” me disse ”olhe que ainda não está provado que isso de transpirar faça bem à saúde...”, no meio de um sorriso e antes de se despedir de mim com um cumprimemto e ”um 15 está bem?”, o que me fez pensar um pouco mais sobre tudo isto que nos rodeia...
Uns tempos depois li no jornal uma estória sobre Winston Churchill, governante inglês que se fazia acompanhar de charutos cubanos sempre que não estava a dormir e que a uma pergunta de um jornalista sobre a sua longevidade (91 anos), apesar de fumar charutos durante mais de 70 anos, respondeu:” a razão da minha longevidade? o desporto! nunca pratiquei...”.
Pois é, essa coisa da tal inevitabilidade, que teria de distribuir um cancro dos pulmões a Churchill é tão falível que hoje vou dormir descansado... este governo vai cair! É inevitável!
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
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A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
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