Dívidas, dúvidas, dádivas
Opinião » 2010-12-02 » Rosa Amora
Como é possível tanto clamor sobre dívidas se, na verdade, a nossa vida pessoal e colectiva conviveu, convive e sobreviverá ”ad eternum” com isso tudo e o resto que, não estando orçamentado, se cimentará pelos séculos mais próximos?
Qual a necessidade de promover o ”stress”, a angústia e o medo na maioria dos portugueses que anseiam pela bancarrota? Sim, anseiam por que isto páre por uns tempos, porque uma pessoa com saldo negativo só espera que os credores morram ou se afundem na tal bancarrota... Então, se eu devo cem mil euros e só tenho 100 na conta bancária, estou preocupado? Preocupados devem estar os credores, mas adiante...
Claro que, depois das dívidas sobrevêm as dúvidas, porque parece que alguém se lembrou que as obras governamentais, tais como auto-estradas, pontes, comboios, estádios, festas e fados, construídos para que todo o povo usufruísse, estão a dar cabo do orçamento, o que só se resolve com o corte dos salários dos funcionários públicos... E eu pergunt então essas obras que provocaram prejuízos e despesas assustadoras a médio e longo prazo e que servem toda a população só vão ser pagas com os dinheiros de uns? O funcionário a quem cortam o vencimento porque há obras para pagar, foi chamado a pronunciar-se se queria essas obras, as quais é agora obrigado a pagar? E a iniciativa privada, que usufruiu todos os dias dessas estruturas, não paga nada? E os accionistas da PT que vão receber juros livres de impostos são diferentes do cidadão que tem um dinheirito a prazo e vê o Estado sacar-lhe 25% de imposto sobre o miserável juro obtido com o depósito?
E a dúvida mantém-se... Para quando a prisão de todos os gatunos que nos últimos 36 anos levaram o país à falência? A propósito, Alberto João Jardim chamou hoje gatunos a todos aqueles que lhe proíbem acumular o vencimento de presidente do governo regional com alguma reformazita com que se abotoa. Só hoje é que lhes chama ladrões quando lhe chegaram ao bolso? Quando roubaram o abono de família aos desgraçados não o ouvi dizer nada...
Mas o melhor é seguirmos para as dádivas, já que de dívidas e dúvidas estamos esclarecidos... Será que o governo não sabia que a situação estava mal quando oferecemos estádios de futebol à Palestina, centenas de milhões de euros à Grécia ou enterrámos milhares de milhões de euros num banco comercial que deveria ter falido como acontece em qualquer país livre e democrático?
Não precisamos mudar de país, mas acho que precisamos de mudar de povo...
Dívidas, dúvidas, dádivas
Opinião » 2010-12-02 » Rosa AmoraComo é possível tanto clamor sobre dívidas se, na verdade, a nossa vida pessoal e colectiva conviveu, convive e sobreviverá ”ad eternum” com isso tudo e o resto que, não estando orçamentado, se cimentará pelos séculos mais próximos?
Qual a necessidade de promover o ”stress”, a angústia e o medo na maioria dos portugueses que anseiam pela bancarrota? Sim, anseiam por que isto páre por uns tempos, porque uma pessoa com saldo negativo só espera que os credores morram ou se afundem na tal bancarrota... Então, se eu devo cem mil euros e só tenho 100 na conta bancária, estou preocupado? Preocupados devem estar os credores, mas adiante...
Claro que, depois das dívidas sobrevêm as dúvidas, porque parece que alguém se lembrou que as obras governamentais, tais como auto-estradas, pontes, comboios, estádios, festas e fados, construídos para que todo o povo usufruísse, estão a dar cabo do orçamento, o que só se resolve com o corte dos salários dos funcionários públicos... E eu pergunt então essas obras que provocaram prejuízos e despesas assustadoras a médio e longo prazo e que servem toda a população só vão ser pagas com os dinheiros de uns? O funcionário a quem cortam o vencimento porque há obras para pagar, foi chamado a pronunciar-se se queria essas obras, as quais é agora obrigado a pagar? E a iniciativa privada, que usufruiu todos os dias dessas estruturas, não paga nada? E os accionistas da PT que vão receber juros livres de impostos são diferentes do cidadão que tem um dinheirito a prazo e vê o Estado sacar-lhe 25% de imposto sobre o miserável juro obtido com o depósito?
E a dúvida mantém-se... Para quando a prisão de todos os gatunos que nos últimos 36 anos levaram o país à falência? A propósito, Alberto João Jardim chamou hoje gatunos a todos aqueles que lhe proíbem acumular o vencimento de presidente do governo regional com alguma reformazita com que se abotoa. Só hoje é que lhes chama ladrões quando lhe chegaram ao bolso? Quando roubaram o abono de família aos desgraçados não o ouvi dizer nada...
Mas o melhor é seguirmos para as dádivas, já que de dívidas e dúvidas estamos esclarecidos... Será que o governo não sabia que a situação estava mal quando oferecemos estádios de futebol à Palestina, centenas de milhões de euros à Grécia ou enterrámos milhares de milhões de euros num banco comercial que deveria ter falido como acontece em qualquer país livre e democrático?
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
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» 2024-03-08
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» 2024-03-18
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