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Sempre igual a sempre

Opinião  »  2011-01-06  »  Rosa Amora

Estava eu a pensar com os meus botões sobre tudo isto que nos envolve, revolve e resolve, pois que no final de contas tudo se resolve, seja de que maneira for, mas se for mesmo como eu penso há-de resolver-se na horizontal, porque até mesmo aqueles homens de H grande e sempre verticais, com coluna vertebral vertical, até esses vão um dia resolver-se na horizontal.

Às vezes fico a pensar se a maioria já pensou que tudo vai acabar numa quarta-feira, como cantava e bem o Chico Buarque, mas acho que não, parece que todos pensam que isto não vai acabar mais, que tudo vai ser como o meu amigo Necas dizia, ”sempre igual a sempre”.

E na verdade eu também acredito que tudo vai ser ”sempre igual a sempre”, uns bem na vida, outros de bem com a vida, outros nem uma coisa nem outra, porque esta treta das democracias e da conjuntura social ou até mesmo das medidas estruturais que sempre oiço no telejornal das ”8” e não alcanço, serão aquilo que cada um de nós quiser, em função daquilo que soubermos e pudermos desempenhar, complementado com algum que os pais e avós cá deixarem e o Estado não cobre em impostos de mais-valias, de sucessão, de suspensão ou até mesmo de substituição...

A propósito de estarmos numa ”crise” sem precedentes a nível pessoal, nacional e internacional, dei por mim a ver os jovens em cuecas na porta de uma superfície comercial, num desses telejornais que nos dão notícias fantásticas, como aquela do chinês que morreu afogado num país com 1.300 milhões de chineses, alguns desses jovens despidos de preconceitos e cheios de frio durante algumas horas de espera apenas para vestirem duas peças de roupa e saírem à rua com mais dois trapinhos iguais às dezenas que já têm no guarda vestidos lá de casa. Acredito que a ”crise” é enorme e que já leve a malta a andar em cuecas, mas também não exageremos, aquilo é afinal só uma promoção de uma marca de roupa que aproveitou uns minutos de propaganda de televisão sem pagar nada, pelo que só espero que o ”Tavares Rico” não comece a distribuir as sobras dos jantares, porque há casas que não precisam de publicidade e a clientela não ía achar piada nenhuma à ideia.

A seguir ao 25 de Abril, no jornal ”A Bola”, alguns jornalistas escreviam que com os novos tempos de liberdade e democracia, os filhos dos sapateiros não tinham que ser sapateiros, os filhos dos mecânicos não tinham de ser mecânicos, as pessoas teriam toda a liberdade de ser aquilo que quisessem... mas na verdade a filha do Carlos Pinhão jornalista lá do jornal, foi também jornalista do mesmo, o filho do Homero Serpa idem, o sobrinho do Vitor Santos aspas e mudando de rumo, a filha de um ”justiceiro” ministro Costa foi nomeada assessora do gabinete do pai, o filho do presidente Sampaio foi nomeado para um experiente cargo público, o filho de Soares bem como os filhos de experientes deputados sentaram-se nos lugares dos pais, a mãe do Louçã com 70 anos ainda foi a tempo de ocupar um lugarzinho de secretária na Assembleia da República (pensavam que o Bloco era diferente?) e só o Eusébio não teve engenho e arte para inventar quem o substituísse... o que de alguma maneira vem corroborar o meu amigo Necas e o tal ”sempre igual a sempre”.

Mas um facto novo vem contrariar esse secular pensamento e só podia vir de um governo liderado por uma pessoa que inventou licenciaturas ao domingo, ”novas oportunidades” e ”magalhães”. A diminuição de vencimentos de quem trabalha para o Estado, como um castigo merecido pelo facto de se terem construído auto-estradas sem carros (a A15, por exemplo) para todos poderem andar e não haver dinheiro para pagar.

No próximo ano cá estarão a diminuir os vencimentos dos funcionários do Estado, para pagar o novo aeroporto e em 2012 novo corte para pagar a nova ponte.

Um dia irão cortar nos vencimentos dos privados para pagar a ”sopa dos pobres” aos funcionários... porque não se iludam que isto calha a todos, ou seja ”sempre igual a sempre”.

 

 

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