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Mortes...

Opinião  »  2011-02-24  »  Rosa Amora

Claro que todos um dia teremos de morrer, seja como for e parafraseando um conhecido slogan publicitário, a morte física é ”tão natural como a sua sede”... ou a falta dela. É um tema difícil de tratar, se é que a morte se trata, mas não há muitos estudos sobre a morte, pelo menos eu tentei nesses internéticos motores de busca e encontrei pouca coisa, pelo que é um assunto possível para uma tese de mestrado, a qual tem inúmeros temas de discussão e análise, tais com Um morto encontrado num apartamento oito anos depois da morte é desleixo, crime, esquecimento ou alzheimer institucional? Um indivíduo que dá conta do desaparecimento de uma pessoa durante treze visitas ao tribunal é interessado, coscuvilheiro, teimoso ou tem muito tempo livre? Um polícia que recebe uma queixa de desaparecimento e assobia para o lado é ineficaz, parvo ou anda a treinar?

O director da segurança social a quem são devolvidas as pensões dos idosos entretanto ”desaparecidos”, faz alguma coisa para saber o que lhes aconteceu, assobia para o lado, faz um comunicado a abrir ”inquéritos”, diz que a polícia, os tribunais e os vizinhos não têm nada a ver com o assunto e processa o morto por incumprimento fiscal?

O director de finanças diz ao amigo leiloeiro que tem um negócio interessante para ele, elabora um processo por dívidas no valor de 1.500,00 €, já com juros de mora e IVA incluídos, não comunica nada a ninguém e vende o apartamento em hasta pública através do leiloeiro amigo por 30.000 euros e ninguém sabe onde param os 28.500,00 sobrantes, para além de um e outro nunca terem visitado o bem a penhorar?

Uma coisa que me faz abrir a boca de espanto é a justificação policial de que não podem arrombar portas porque correm o risco de ter de pagar uma porta nova à pessoa lesada... mas é mesmo preciso arrombar portas? Não haverá em qualquer cidade um cadastrado que saiba abrir fechaduras sem as estragar e que seja do conhecimento dos polícias? ou até mesmo um carpinteiro da escola antiga, já para não falar da conhecida ”casa espanhol” em Torres Novas, onde não havia segredos nem para chaves nem fechaduras.

Como se comprova, esta possível tese de mestrado ou mesmo doutoramento, que no caso em apreço bem poderia ser ”doutoramento deshonoris causa” só teria um inconveniente... ninguém está livre de aparecer mais uma augusta senhora morta na sala da cozinha há 35 anos, o que retiraria muito do valor do tema anteriormente descrito.

Mas na verdade, porque haveriam estas notícias mórbidas de ganhar tanto relevo na comunicação social, quando todos os dias somos confrontados com mortandades não apenas físicas, mas tantas vezes sociais e políticas que reproduzem mortos-vivos, caídos na cozinha da indiferença muitos anos antes de podermos enterrá-los sem pompa nem circunstância.

Lembrei-me agora deste governo que nos vai matando a cada dia que passa, que alguns dizem vivo, outros eternamente moribundo e outros ainda morto e malcheiroso desde há quase seis anos, com a particularidade de rejeitar sistematicamente a denúncia de vizinhos queixosos, as investigações das polícias especializadas em fraudes freeportianas ou ilegais arrombamentos de salários.

 

 

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