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Um olhar sobre a eleição do Presidente da República

Opinião  »  2011-02-24  »  Ana Trincão

A CNE (Comissão Nacional de Eleições), mandou publicar no DR, de 15/02/2011, os resultados da escolha dos portugueses, do cidadão que vai desempenhar o cargo de Presidente da República, nos próximos 5 anos.

Pelo que está expresso neste DR, não houve consenso na CNE, sendo que, apenas, dois conselheiros aprovaram os números constantes do Mapa Oficial nº 2/2011; dois votaram contra e os restantes dois, presentes na reunião, abstiveram-se, o que obrigou o Presidente a usar o voto de qualidade para desempatar e para não prejudicar a tomada de posse. Aqui se vê que houve problemas na contagem de votos e, também, no acesso às Mesas de Voto por muitos cidadãos que não sabiam onde votar.

Este acto eleitoral não correu bem para a democracia representativa! Ainda assim, ninguém põe em causa a legitimidade que o cidadão, Aníbal Cavaco Silva tem na recondução do cargo. E com pompa e solenidade assume cumprir a Constituição e, afirma que é o Presidente de Todos os Portugueses, declaração que não é verdadeira, porquanto, apenas, nele votaram, 23,15% dos eleitores.

A ”crise” que se instalou no país, devia-nos obrigar a meditar sobre esta democracia que, enganosamente, afirma que a soberania de Portugal pertence ao povo, mas a leitura atenta deste Mapa Oficial, conduz-nos ao invers o povo ”deitou a toalha ao chão” e disso se aproveitam os políticos!

Consta do Mapa que não votaram 53,56% dos eleitores. E se adicionarmos às abstenções, os votos nulos e brancos e os atribuídos aos três candidatos fora do sistema (F. Nobre, J. Manuel Coelho e Defensor Moura), obtém-se uma soma de 65,21%, em relação aos inscritos a que corresponde 140,42% acima do número de votantes.

Que legitimidade democrática existe?!
 

E como foi, aqui, no Entroncamento?

Dos inscritos, apenas, votaram 50,6% que não garantiram a Cavaco a vitória à primeira volta. Mas é evidente que o Entroncamento continua a votar à direita, o que é estranho numa terra de ferroviários, o que eu não entendo!

O Entroncamento está dividido em duas freguesias (dois Santos: S. João Baptista, a Sul e Nª Srª de Fátima, a Norte), votando a Norte, no Pavilhão Municipal e a Sul, no edifício da Câmara Municipal que desmontou os Serviços para acolher as Mesas de Voto, obrigando os eleitores a subirem 35 degraus, (equivalente a um 2º andar) ou seja, na parte Sul, não havia outro espaço que facilitasse o acesso à população, muitos deles, idosos. Também aqui houve filas intermináveis junto da Mesa das freguesias para saberem o seu número de eleitor.

Desde que retornei à minha terra, em 2008, já votei 4 vezes e sempre na mesma mesa e sempre encontrei os mesmos 5 membros da mesa. Há muitos anos que afirmo que a democracia só é genuína, a partir das freguesias, dum garantido recenseamento, cadernos permanentemente actualizados para que, neles constem, apenas, quem tem direito a voto e uma escolha plural dos cidadãos para as Mesas, muito embora, pareça que a remuneração que cada membro recebe poderá ser uma justificação para serem sempre os mesmos, com lugar cativo. A democracia só está assegurada se os membros da mesa forem representantes das várias candidaturas ou sensibilidades políticas, o que, aqui, no Entroncamento, parece não ser essa a prática !

Toda a gente proclama loas à democracia, mas quando alguém exige procedimentos democráticos, funcionam os ”ferretes” dos Dominantes Instalados de sempre.

Apesar destes constrangimentos, desde o tempo do fascismo que sempre votei e sempre continuarei a votar, porque o voto é a arma do povo!

 

 

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