Equívocos sobre saúde (II)
Opinião » 2011-12-29 » Acácio Gouveia
Há 30 anos, quando o SNS foi criado, os custos eram muito inferiores aos actuais. Por um lado, a tecnologia era menos sofisticada e, portanto, menos dispendiosa; a população estava menos envelhecida, logo, menos necessitada de cuidados de saúde. Os encargos foram aumentando mais depressa do que a riqueza gerada pelo país. Quer dizer: cada vez é mais difícil pagar os custos de saúde.
Em relação aos mal-entendidos temos, em primeiro lugar, a fantasia de que os cuidados não têm custos, ou que estes são irrisórios, ou que há sempre recursos, não importa onde, em quantidade mais que suficiente para os pagar. Como isto não é verdade e como os custos dos cuidados de saúde são crescentes só há duas soluções: ou aumentam as fontes de receita (impostos) ou diminui a oferta de cuidados.
Uma outra consequência secundária à quimera da gratuitidade foi o crescente desperdício no SNS. Perante um bem gratuito (ou tido como tal) não há preocupação em poupá-lo e, como tal, do uso passa-se rapidamente ao abuso. O desperdício no SNS poderá atingir os 40% segundo os mais pessimistas! Embora tal percentagem seja muito discutível, a verdade é que milhões de euros são literalmente deitados fora, sem proveito, anualmente.
Incompreensivelmente, a chamada factura virtual, isto é, um documento entregue após cada ato de cuidados de saúde, com o custo do mesmo, é malvista e nunca houve vontade política para a implementar. Esta medida seria importante para que os portugueses tomassem consciência do peso que os gastos com saúde têm no orçamento de estado e capacitá-los-ia a
enfrentar a gravíssima ameaça à sustentabilidade do SNS.
Equívocos sobre saúde (II)
Opinião » 2011-12-29 » Acácio GouveiaHá 30 anos, quando o SNS foi criado, os custos eram muito inferiores aos actuais. Por um lado, a tecnologia era menos sofisticada e, portanto, menos dispendiosa; a população estava menos envelhecida, logo, menos necessitada de cuidados de saúde. Os encargos foram aumentando mais depressa do que a riqueza gerada pelo país. Quer dizer: cada vez é mais difícil pagar os custos de saúde.
Em relação aos mal-entendidos temos, em primeiro lugar, a fantasia de que os cuidados não têm custos, ou que estes são irrisórios, ou que há sempre recursos, não importa onde, em quantidade mais que suficiente para os pagar. Como isto não é verdade e como os custos dos cuidados de saúde são crescentes só há duas soluções: ou aumentam as fontes de receita (impostos) ou diminui a oferta de cuidados.
Uma outra consequência secundária à quimera da gratuitidade foi o crescente desperdício no SNS. Perante um bem gratuito (ou tido como tal) não há preocupação em poupá-lo e, como tal, do uso passa-se rapidamente ao abuso. O desperdício no SNS poderá atingir os 40% segundo os mais pessimistas! Embora tal percentagem seja muito discutível, a verdade é que milhões de euros são literalmente deitados fora, sem proveito, anualmente.
Incompreensivelmente, a chamada factura virtual, isto é, um documento entregue após cada ato de cuidados de saúde, com o custo do mesmo, é malvista e nunca houve vontade política para a implementar. Esta medida seria importante para que os portugueses tomassem consciência do peso que os gastos com saúde têm no orçamento de estado e capacitá-los-ia a
enfrentar a gravíssima ameaça à sustentabilidade do SNS.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
|
Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
» Hélder Dias
Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |