Gritos na noite fria
Opinião » 2012-03-29 » Jorge Cordeiro Simões
Tentando guiar-me pela origem de tão inquietante ruído, protegido do muito frio que se fazia sentir, andei por ruas e travessas absolutamente desertas, atravessando em várias direcções o amontoado de ruínas em que se vai transformando a zona antiga da cidade, enquanto aquele angustiante chamamento ia ficando cada vez mais nítido. Foi deste modo que acabei junto da ponte da Levada, em frente da tarambola, de onde provinham os angustiantes gritos de chamamento.
Fiquei algum tempo atento, tendo em vista perceber a causa do sofrimento do belo ex-libris que, desde 1989, ali se encontra a embelezar aquela entrada na zona antiga da cidade. Agora, a tarambola já não falava. Desta vez, gritava-me com dores e eu depressa descobri a causa das mesmas. Enquanto rodava e gritava, ia-me apresentando diversas partes do seu corpo em ferida e até mesmo algumas mutilações, de que depressa compreendi a muita gravidade.
Retirei-me do local depois de lhe ter prometido que ia tentar dar uma ajuda para a reparação de suas mazelas. Voltei lá alguns dias atrás e constatei que ela se encontrava já imobilizada, esperando eu que seja para finalmente lhe fazerem um exame detalhado, com o respectivo diagnóstico de suas maleitas, para se poder proceder à listagem dos materiais necessários e à preparação do trabalho de restauro que é urgente levar a cabo.
Porque, para além dos grandes e desnecessários sofrimentos impostos à tarambola, quanto mais tempo se deixar passar, e avançar a degradação do seu estado, mais difíceis e dispendiosas serão as reparações. Pelo que ali pude observar, não me parece que seja muito grande a factura dos materiais a adquirir para as mesmas. Quanto a mão-de-obra, admito que entre tanta gente pouco ocupada que por aí anda, existam pessoas com saber e arte bastante que se venham a voluntariar para fazer o trabalho. Isto, no caso de ser necessário recorrer a trabalho voluntário. Por mim, fico à disposição.
Gritos na noite fria
Opinião » 2012-03-29 » Jorge Cordeiro SimõesTentando guiar-me pela origem de tão inquietante ruído, protegido do muito frio que se fazia sentir, andei por ruas e travessas absolutamente desertas, atravessando em várias direcções o amontoado de ruínas em que se vai transformando a zona antiga da cidade, enquanto aquele angustiante chamamento ia ficando cada vez mais nítido. Foi deste modo que acabei junto da ponte da Levada, em frente da tarambola, de onde provinham os angustiantes gritos de chamamento.
Fiquei algum tempo atento, tendo em vista perceber a causa do sofrimento do belo ex-libris que, desde 1989, ali se encontra a embelezar aquela entrada na zona antiga da cidade. Agora, a tarambola já não falava. Desta vez, gritava-me com dores e eu depressa descobri a causa das mesmas. Enquanto rodava e gritava, ia-me apresentando diversas partes do seu corpo em ferida e até mesmo algumas mutilações, de que depressa compreendi a muita gravidade.
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Porque, para além dos grandes e desnecessários sofrimentos impostos à tarambola, quanto mais tempo se deixar passar, e avançar a degradação do seu estado, mais difíceis e dispendiosas serão as reparações. Pelo que ali pude observar, não me parece que seja muito grande a factura dos materiais a adquirir para as mesmas. Quanto a mão-de-obra, admito que entre tanta gente pouco ocupada que por aí anda, existam pessoas com saber e arte bastante que se venham a voluntariar para fazer o trabalho. Isto, no caso de ser necessário recorrer a trabalho voluntário. Por mim, fico à disposição.
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Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
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A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
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