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Emigração passada e futuro…

Opinião  »  2012-09-28  »  João António

Todos lembramos a azáfama de Agostos passados, quando os emigrantes regressavam às suas aldeias para colocarem mais uns tijolos na casa, feita em duodécimos, mostrarem o carro de ”immatriculation française”, oferecerem uma fogaça para a festa que disputariam por dois ou três contos (dez ou quinze euros) em cerrado leilão com os outros conterrâneos, forma de anunciarem riqueza relativa de quem sempre teve pouco mais que nada, até ao dia em que resolveram partir.

A custo de muito trabalho e sacrifícios, iam fazendo vidas de miséria nesses países, depositando nos Bes, nos Tottas ou na Caixa o dinheiro da comida que não comiam, do conforto que não tinham, a vida que não viviam para um dia mais tarde regressarem como vencedores.

Por falta de tempo de vida ou de inteligência, os novos políticos aconselham os jovens a procurar oportunidades noutras paragens, mesmo noutros continentes, os técnicos especializados fazem seminários para enaltecer as vantagens da emigração e equipas ao nível de máfias de terceira classe apregoam, com ajuda de uma central sindical, promessas de emprego no Canadá a troco de quatro ou cinco mil euros por trabalhador.

Se os governantes pensam que a miséria dos tempos salazaristas que provocou igual emigração lhes vai encher os cofres de euros, dólares canadianos, americanos ou francos suíços, bem podem limpar as mãos à parede: apenas conseguirão pôr o povo em igual ou pior miséria.

Os que conseguirem a sorte, se a emigrar se pode chamar sorte, a sua principal perspectiva de futuro já não vai ser andar a fazer uma ”maison” na aldeia durante anos e anos, nem comer batatas dia sim dia sim para colocar o dinheiro poupado aqui, num banco qualquer, ou disputar leilões de fogaça com três chouriços pendurados em festa de aldeia.

A perspectiva dos jovens que conseguirem sair daqui, vai ser fazerem a sua vida no país de acolhimento o mais possível dentro dos padrões de vida desses países, sair à noite, beber um copo com os amigos, viver uma vida com dignidade e, para alguns, voltar aqui será de férias quando outro destino mais agradável não for o escolhido.

Para muitos no seu perfeito juízo, até a hipótese de regressarem um dia será a última que lhes passará pela cabeça.

 

 

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