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Escola...escola, quem és tu?

Opinião  »  2018-04-20  »  Maria da Luz Lopes

"Os desafios atuais da Escola são decisivos para que nenhum aluno fique para trás"

Quase a terminar mais um ano letivo, muitos e grandes desafios se colocam à Escola Pública no próximo ano. Flexibilização Curricular ou a Educação Inclusiva são apenas alguns. Abraçá-los, exige um compromisso e um envolvimento de todos há muito reclamado.

É comummente reconhecido que muitos alunos não conseguem obter sucesso. Reprovam ou abandonam precocemente a escola e não terminam a escolaridade obrigatória com sucesso. Muitos reclamam que a escola serve melhor uns que outros, que não está preparada para que todos aprendam, sem que muitos fiquem para trás. Partilho da ideia que um sistema educativo organizado precisa de responder a todos, em que todos são responsáveis por todos. Para isso, a Escola precisa de estar preparada para servir todos os seus alunos. Há muito que a Escola se afastou do objetivo de garantir a igualdade de oportunidades e de educar todos os alunos.

A sala de aula dos nossos dias continua igual como no tempo dos nossos antepassados. O mundo mudou, mas a transmissão de conhecimentos continua centrada na figura do professor, em beneficio de alunos que aprendem da forma como a escola ensina, em prejuízo de outros que exigem outras estratégias para aprender. A esta constatação junta-se a complexidade e a dimensão dos programas, que leva a que muitos alunos não consigam acompanhar o ritmo da lecionação imposta para que se cumpram os programas e o regime de avaliação.

Reconhecidas as dificuldades de muitos alunos conseguirem, nas aulas regulares, acompanharem os programas, a Escola respondeu com apoios e mais apoios, para compensar ou recuperar aprendizagens e, desta forma, os alunos poderem corresponder às elevadas exigências do sistema. Esta foi a forma encontrada para diminuir o gap entre os alunos com mais dificuldades em acompanhar os objetivos exigidos pelos programas. A verdade é que, ainda assim, muitos não conseguem. São os apoios que não resolvem? São os programas? São as mudanças sucessivas no sistema educativo sem as avaliações correspondentes e, muitas ao sabor de mudança de políticas? A responsabilidade pode ser analisada sobre diferentes ângulos.

No meu ponto de vista, uma das medidas mais eficazes para que nenhum aluno fique para trás começa dentro da sala de aula. Captar o seu interesse, a sua motivação, diversificar as estratégias, atender a diferentes níveis de participação podem convergir para a aprendizagem de todos.

A Escola não pode ser a mesma de há 150 anos atrás. Hoje, com o desenvolvimento das neurociências, sabe-se que cada aluno é um ser único, que tem a sua própria forma de aprender e captar a informação.

Qualquer aluno em qualquer momento da sua vida académica já precisou, precisa ou poderá ter necessidade de um apoio. Faz parte do seu percurso. Não somos perfeitos! Muitos recorrem aos apoios externos, outros têm o apoio oferecido pela escola e inscrito no horário. Não é um drama, mas a Escola tem que estar organizada para todos os alunos, sem exceção.

Estimados leitores, os desafios atuais da Escola são decisivos para que nenhum aluno fique para trás. É um desiderato complexo. Todos estamos conscientes das dificuldades para levar a bom porto este princípio. As escolas confrontam-se, na maioria dos casos, com dificuldades que muitas vezes, pese embora a sua competência e compromisso, não têm meios para as resolver.

Aqui, o poder local tem uma palavra a dizer, no que às suas atribuições diz respeito. A Educação é seguramente, e bem, um compromisso assumido pela edilidade torrejana, um exemplo disso são as obras previstas. Fazer de Torres Novas uma boa referência em Educação, no Médio Tejo deixa-nos experimentar um sentimento de orgulho.

Escola...Escola quem és tu? É apenas uma questão para nos levar pensar sobre o que queremos para as gerações vindouras. Uma Escola que não deixe ninguém para trás precisa do envolvimento de todos para que se possa cumprir.

A Escola tem uma missão: fazer aprender. Então, para que ninguém fique para trás é importante insistir nas condições de trabalho, na presença de recursos materiais e humanos adequados, na autonomia da gestão, na valorização da profissão docente e, acima de tudo, investir, com visão de futuro, na Educação.

Albert Einstein já dizia “todos somos génios”. É preciso preparar as crianças e os jovens para o futuro.

 

 

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