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Assembleia Municipal

Opinião  »  2012-10-26  »  João António

Nos últimos tempos tenho assistido a cada uma das assembleias municipais que se realizam nos paços do concelho de Torres Novas. Geralmente, assisto eu e mais quatro ou cinco pessoas, além dos dois ou três jornalistas. As restantes presenças são compostas por aqueles que foram eleitos pelo povo do concelh os vogais municipais e os presidentes das juntas de freguesia.

É assim aqui, tem sido assim na quase totalidade dos municípios deste país à beira mar plantado. O cidadão comum, durante muitos anos, foi compelido para deixar de participar. O que era importante era o voto, o voto era a arma do povo, o voto escolhia os defensores do povo nos corredores da política, o voto é a única participação exigida. De resto, podíamos ficar em casa e quanto menos nos chateassem melhor, basta apenas que nas próximas eleições não deixemos de votar. Com esta democracia, quase metade deixou de votar; com esta democracia, os restantes deixarão um dia destes.

Se os eleitos que marcam presença são quase sempre os mesmos, as duas dezenas de cadeiras destinadas à assistência são escassas em dias em que um grupo de moradores apresenta uma petição para mudar para outro concelho, ou reclama pelo encerramento de uma extensão de saúde. Nesses casos, assistem mais do que os lugares disponibilizados, para constatarem que a defesa dos seus interesses, que lhes foi prometida em troca do voto, se ficou por aí, morreu no voto. Talvez seja por isso que a caixa onde se coloca o voto se chama urna: a urna serve para levar o morto.

Uma força política concorda, outra apoia a terceira, lê quatro folhas A4, a quarta diz que também mas vota contra, a população fica sem saber se sim ou não, mas o importante é votar nas próximas eleições para ser defendida contra os ataques às suas aspirações. E quem é que faz o ataque, o povo que vota? Não. São precisamente aqueles a quem o povo mandatou para defenderem a democracia. Desta forma, talvez o melhor seja mesmo ficar em casa quando for dia de urnas, a não ser que votar em branco passe a significar cadeiras vazias.

 

 

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