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As contrapartidas

Opinião  »  2012-11-23  »  João António

Hoje em dia, quando lhes cortam os salários, os subsídios, os apoios sociais, a saúde e a educação as pessoas interrogam-se: por que é que foram feitas tantas autoestradas que são pouco menos que caminhos abandonados? Por que é que algumas obras custam em milhões de euros o dobro do valor pelo qual foram adjudicadas? Por que é que todos aqueles que se passam dos diversos partidos para empresas controladas depois de um ano ou dois de lá estarem, vêm com indemnizações de muitas centenas de milhares de euros, às vezes até milhões? É muito simples de explicar.

Se pensarmos um pouco, vamos perceber que uma ou duas centenas de militantes filiados com cartão de sócio, em cada um dos 308 municípios por esse Portugal fora, que na maior parte dos casos nem as cotas paga há anos, tal como eu, não chegam sequer para sustentar a conta da água e da eletricidade das sedes concelhias dos diversos partidos, quanto mais a maquina partidária ou uma campanha eleitoral de milhões de euros. Mas os partidos, para sobreviverem, precisam muito mais de milhões de euros que militantes ou votos.

Essa é a explicação das autoestradas em duplicado, das obras com mais uns quantos milhões de euros em trabalhos a mais, ou a passagem rápida a reformas milionárias de uns quantos privilegiados que tão depressa entraram nas PT’s, nas Caixas, nas Edp´s, como depressa de lá saíram com a carteira bem recheada. É daí, é desse expediente, que para os partidos do arco da governação, sejam eles uns ou outros, todos mais ou menos parecidos, vêm os milhões que mantem os partidos no poder, mesmo que reconhecidamente não tenham capacidade de governação.

Às grandes obras é fácil ir buscar uns milhões, basta aprovar uma quantidade de alterações ou trabalhos a mais, e haver alguém dentro das empresas com quem se possa negociar e, se não houver, basta lá ser colocado a tempo e horas. Se a obra tiver sido adjudicada por outra força partidária, é simples: rescinde-se o contrato e adjudica-se de novo, mesmo que isso venha a custar o dobro e, se não chegar, uns trabalhinhos a mais e umas quantas alterações resolvem o assunto.

Quanto aos privilegiados compulsivamente arredados dos cargos de administração depois de dois ou três anos de intensa labuta, com alguns milhões de euros de indeminização na conta bancária, não pensem que o vão poder gastar todo em lagostas, viagens e roupas de marca: não senhor, uma boa quantidade vai para o partido, e é se quiserem na próxima eleição outro cargo trabalhoso mas muito bem renumerado.

Quanto ao pagamento de todas estas contrapartidas, isso está perfeitamente assegurado, sem contestação de qualquer força partidária com representação parlamentar no princípio de hoje por mim amanhã por ti. O povo paga, quer tenha ou não, mas vai ter de pagar.

 

 

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