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O admirável mundo novo

Opinião  »  2013-03-28  »  Fernando Faria Pereira

Sento-me. Ligo o computador. Espreito a televisão. Navego pelos canais, antes do filme: história, musica, notícias.… National Geografic: passa um urso polar a nadar pelo gelo… Toca o telemóvel… O computador pronto a entrar na net: rádio Portugal on line… Vou à Escócia para ouvir música celta… Têm problemas: necessitam de cheta ou o rádio vai à vida. Demoro a acertar o volume: regulo na página, no sistema operativo e, finalmente, no scroll dos auscultadores. Está bom! Minutos num planeta, que viagem à velocidade da luz! Hesito porque o filme do 007 ainda não começou… Ligo à minha filha? Entro nos mails do serviço a ver informação de última hora? Vejo porque o gelo do ártico está a derreter possibilitando uma rápida rota marítima… Que som estranho que nada tem a ver com o arsenal tecnológico? Levanto-me. Está uma frincha da janela aberta e o vento uiva ou geme como um desalmado. Fecho-a e fico outra vez isolado do exterior, exceto por um raio de sol no céu carregado onde reluz uma nesga de azul, como a viu o primeiro homem. Perco-me nos pensamentos. Será que o papa, padroeiro dos ecologistas, já tem página no facebook? Eu é que ainda não, felizmente ainda não precisei. Reentro na tecnologia: a Escócia falhou, vou à chante france à espera de ouvir a Edit Piaff: non, je ne regrette rien… Tão pouco. A tecnologia está a falhar em toda linha. Entra o James Bond contra Goldfinger. Que bom um filme assim, só entretenimento! O último grito tecnológico, em 1964, era um dispositivo inovador, instalado no Austin Martin, hoje chamado GPS acessível até no telemóvel. Não entro logo nos meandros da fita. A despropósito, lembro-me dum livro famoso. Pesquiso. Foi escrito em 1932. Uma sociedade condicionava geneticamente os cidadãos para exercerem apenas a sua função, não ambicionando mais. Deu pro torto! O protagonista deixou de querer soma e viajou para a parte selvagem do planeta. Antes de voltar à realidade - vai entardecendo e tenho de subir os estores para poupar na conta da EDP chinesa- tento seguir o fio da meada. O que é que tecnologia tem a ver com isto tudo? Onde pára Anatureza? Não chego a nenhuma conclusão mas, quando tiver tempo- o tempo é que fazemos dele- vou reler o livro. Embora a realidade, como sempre, tenha ultrapassado a ficção, não me fará mal, embora não seja certo se ficarei a compreender melhor a segunda década do terceiro milénio do admirável mundo novo.

 

 

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