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Ligação Natal!

Opinião  »  2013-12-20  »  Paulo Simões

A minha crónica de hoje é em tudo diferente do que já escrevi aqui.

Hoje não vos conto nenhuma história minha, nem da minha filha ou dos meus vizinhos. Hoje, a minha Terra pura e simplesmente não entra na história. Faremos por isso uma ligação diferente, porventura uma maior ligação aos Homens do que propriamente a habitual ”Ligação à Terra”.

A originalidade não é grande, mas gostaria de vos falar do Natal.

Sei que não é um tema novo, antes pelo contrário, mas ainda assim é um tema que me atrai o suficiente para nele mergulhar um pouco.

E começo por vos dizer que, a cada ano que passa, o Natal me parece diferente. Genuinamente diferente. Novo! Perdem-se umas coisas. Ganham-se outras. Mas o que acontece na verdade, é que existe uma renovação permanente. Para mim, em todo o caso, o saldo não deixa de ser sempre positivo. Até porque o mais importante diga-se, não muda!

A mim, salta-me à vista que embora muitas vezes não o admitam, as pessoas ficam mesmo diferentes nesta altura do ano. Já repararam? Mais doces, mais pacientes, menos amargas, com uma predisposição extra ao entendimento, com uma maior capacidade de empatia. Existe uma clara aproximação de vontades. Notam-se as pessoas verdadeiramente mais solidárias. No fundo, mais ligadas! E esse é, para mim, o verdadeiro mistério e a grande alegria que é o Natal.

Optimistas e pessimistas hão-de digladiar-se eternamente com velhas questões irresolúveis. Os malefícios do consumismo, como sinal maior de um estado avançado de degradação. E a permanente luta com a bela espiritualidade despojada, caminho necessário e obrigatório aos trilhos da virtude a alcançar. Sinceramente, esse é um debate que não me interessa. Cada um vive o Natal como quer, conforme entende mais adequado e, em última análise, consoante o seu próprio registo moral. O Natal é, também, uma escolha. Não uma obrigação!

Enquanto escrevo estas linhas, dou-me conta de que o facto de celebrarmos um nascimento encerra em si mesmo o segredo da auto-renovação permanente de que o Natal se reveste. Sempre que uma criança nasce, é efectivamente a Vida, ela mesma, que se celebra. É o milagre da Vida que acontece e que se impõe com renovada esperança. De uma certa forma, é todo um novo futuro que se abre em perspectiva, a cada primeira vez que uma criança abre os olhos, chora, respira…

Como muitos saberão, eu sou católico. Cristão! Para mim, Jesus não apenas nasceu e se fez Homem, como ele próprio é Deus também. Não foi apenas um menino que nasceu, viveu e morreu. Porque eu acredito no milagre da ressurreição! Mas sabem que mais? O Natal consegue ser ainda maior do que tudo isso. Porque não é necessário ser cristão para viver com intensidade e alegria o Natal. De maneira nenhuma!

O Natal celebra a Vida. A Família. O Amor. Os laços invisíveis entre os Homens. A capacidade de ser solidário, a Compaixão, a Paz. O Natal exalta a alegria da Dádiva. Com o Natal, inicia-se a verdadeira revolução do amor que tem lugar no coração dos Homens. E é por isso que 2000 anos depois de uma História que ela mesma se diz D.C. (Depois de Cristo), o Natal ainda tem e continuará a ter o impacto que tem nas nossas vidas. E isso acontece independentemente de cores, tradições, fronteiras ou credos. O Natal sobrepõe-se a políticas e até mesmo a religiões. O Natal impõe-se, apenas e só, por ele mesmo e por tudo o que representa.

Pergunt que melhor forma de comunhão haverá, que esta de nos unirmos em torno de uma criança que nasce? Haverá beleza maior? A mim, não me parece!

Um excelente Natal a todos e que o novo ano que se avizinha possa corresponder às vossas melhores expectativas. Um Abraço. 

mrp@sapo.pt

 

 

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