Campanha eleitoral
Opinião » 2014-05-09 » Jorge Carreira Maia
Esconde que o ajustamento pouco teve a ver com o défice do Estado. Pelo contrário, a dívida hoje é muito superior à que existia em 2011. O ajustamento serviu para destruir um conjunto de direitos e de garantias da generalidade das pessoas. Teve ainda como finalidade começar a grande desarticulação dos serviços sociais (Saúde e Educação).
Esconde que este programa não era uma inevitabilidade. Haveria, como defenderam pelo menos dois prémios Nobel da Economia, outras formas mais eficazes e menos dolorosas de fazer o ajustamento e de enfrentar o problema do défice do Estado. Na verdade, o ajustamento português foi uma conspiração entre as elites políticas europeias para empobrecer as classes populares e destruir as classes médias. Foi uma enorme experiência social de destruição dos mecanismos comunitários.
Esconde que a saída limpa foi feita à custa de um aumento enorme de impostos, de uma diminuição drástica de salários e de pensões nos serviços do Estado e da destruição compulsiva de empresas e de empregos. Em conexão com isto, assistimos a um aumento exponencial da emigração, a qual atingiu níveis idênticos aos dos anos sessenta do século XX.
Esconde que este processo foi uma forma de transferência de rendimento das classes médias e populares para o clube dos ricos. Sem que o país tivesse visto desenvolver-se a sua capacidade produtiva, um pequeno grupo viu os seus rendimentos aumentar desmedidamente, enquanto a generalidade dos portugueses empobrecia.
Esconde que nada daquilo que é inútil no aparelho do Estado foi mexido. A única despesa cortada foi a de salários e de pensões, mas toda a estrutura burocrática – produto do famoso jobs for the boys – manteve-se incólume. A chamada reforma do Estado não reformou coisa nenhuma, não mexeu nos interesses que o colonizam e sugam os recursos da comunidade.
A partir de agora, a campanha eleitoral vai endurecer. É provável que, até às eleições, nada de muito essencial seja mexido, mas uma nova vitória em 2015 da actual maioria abrirá caminho para a destruição irreversível da componente social do Estado português. É isso que está em jogo.
www.kyrieeleison-jcm.blogspot.com
Campanha eleitoral
Opinião » 2014-05-09 » Jorge Carreira MaiaEsconde que o ajustamento pouco teve a ver com o défice do Estado. Pelo contrário, a dívida hoje é muito superior à que existia em 2011. O ajustamento serviu para destruir um conjunto de direitos e de garantias da generalidade das pessoas. Teve ainda como finalidade começar a grande desarticulação dos serviços sociais (Saúde e Educação).
Esconde que este programa não era uma inevitabilidade. Haveria, como defenderam pelo menos dois prémios Nobel da Economia, outras formas mais eficazes e menos dolorosas de fazer o ajustamento e de enfrentar o problema do défice do Estado. Na verdade, o ajustamento português foi uma conspiração entre as elites políticas europeias para empobrecer as classes populares e destruir as classes médias. Foi uma enorme experiência social de destruição dos mecanismos comunitários.
Esconde que a saída limpa foi feita à custa de um aumento enorme de impostos, de uma diminuição drástica de salários e de pensões nos serviços do Estado e da destruição compulsiva de empresas e de empregos. Em conexão com isto, assistimos a um aumento exponencial da emigração, a qual atingiu níveis idênticos aos dos anos sessenta do século XX.
Esconde que este processo foi uma forma de transferência de rendimento das classes médias e populares para o clube dos ricos. Sem que o país tivesse visto desenvolver-se a sua capacidade produtiva, um pequeno grupo viu os seus rendimentos aumentar desmedidamente, enquanto a generalidade dos portugueses empobrecia.
Esconde que nada daquilo que é inútil no aparelho do Estado foi mexido. A única despesa cortada foi a de salários e de pensões, mas toda a estrutura burocrática – produto do famoso jobs for the boys – manteve-se incólume. A chamada reforma do Estado não reformou coisa nenhuma, não mexeu nos interesses que o colonizam e sugam os recursos da comunidade.
A partir de agora, a campanha eleitoral vai endurecer. É provável que, até às eleições, nada de muito essencial seja mexido, mas uma nova vitória em 2015 da actual maioria abrirá caminho para a destruição irreversível da componente social do Estado português. É isso que está em jogo.
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
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» Hélder Dias
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» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
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» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |