Lisboa nos pés
Opinião » 2014-07-11 » Afonso Borga
Não estava enganado. Hoje vejo que existe muito mais para além da faculdade, tanto para fazer, tanto para sentir, tanto para experienciar. Em Lisboa não é difícil encontrar oportunidades de voluntariado e grupos de ação social: o GASNova, grupo de ação social com origem na Universidade Nova, é um desses exemplos e um grupo que me marcou este ano.
Entre formações, fins-de-semana de voluntariado e eventos de angariação de fundos, de modo a financiar missões de voluntariado em Portugal e países de Língua Oficial Portuguesa, realizamos ainda ações de sensibilização que permitem sensibilizar as pessoas para problemas sociais.
Uma das ações de sensibilização que mais me marcou, e que quero partilhar convosco, foi o ”Um dia sem sapatos”, um evento à escala mundial com o intuito de alertar para os milhões de pessoas que, por falta de calçado, são obrigadas a andar descalças todos os dias, expostas às mais diversas lesões e doenças infeciosas transmitidas através do solo.
Muitas são as crianças que têm de percorrer vários quilómetros descalças para chegar à escola. A falta de sapatos origina o aparecimento de doenças e lesões transmissíveis através do solo, originando assim uma clara assimetria social tanto ao nível da saúde como no que toca ao acesso à educação, e todos sabemos que crianças saudáveis têm maior probabilidade de ter melhor rendimento escolar.
Assim, neste dia estivemos no Chiado, descalços, a sensibilizar outras pessoas e a recolher pares de sapatos que, posteriormente, foram entregues a pessoas carenciadas. A curiosidade e surpresa dos que passavam por nós e nos viam ali descalços era grande, e assim que começávamos a explicar o porquê de estarmos descalços, a maioria compreendia aquela ação e muitos foram os que se descalçaram por esta causa e andaram alguns metros sem sapatos. No final do dia descemos até ao Rossio, descalços, e aí terminámos a iniciativa, com pessoas que entretanto se juntaram à causa. Foi uma oportunidade de sentir Lisboa nos pés, literalmente, e experienciar uma sensação que milhões de pessoas experimentam diariamente por não terem outra solução. São estes momentos que nos marcam e que deixam memórias inesquecíveis!.
apborga@live.com.pt
Lisboa nos pés
Opinião » 2014-07-11 » Afonso BorgaNão estava enganado. Hoje vejo que existe muito mais para além da faculdade, tanto para fazer, tanto para sentir, tanto para experienciar. Em Lisboa não é difícil encontrar oportunidades de voluntariado e grupos de ação social: o GASNova, grupo de ação social com origem na Universidade Nova, é um desses exemplos e um grupo que me marcou este ano.
Entre formações, fins-de-semana de voluntariado e eventos de angariação de fundos, de modo a financiar missões de voluntariado em Portugal e países de Língua Oficial Portuguesa, realizamos ainda ações de sensibilização que permitem sensibilizar as pessoas para problemas sociais.
Uma das ações de sensibilização que mais me marcou, e que quero partilhar convosco, foi o ”Um dia sem sapatos”, um evento à escala mundial com o intuito de alertar para os milhões de pessoas que, por falta de calçado, são obrigadas a andar descalças todos os dias, expostas às mais diversas lesões e doenças infeciosas transmitidas através do solo.
Muitas são as crianças que têm de percorrer vários quilómetros descalças para chegar à escola. A falta de sapatos origina o aparecimento de doenças e lesões transmissíveis através do solo, originando assim uma clara assimetria social tanto ao nível da saúde como no que toca ao acesso à educação, e todos sabemos que crianças saudáveis têm maior probabilidade de ter melhor rendimento escolar.
Assim, neste dia estivemos no Chiado, descalços, a sensibilizar outras pessoas e a recolher pares de sapatos que, posteriormente, foram entregues a pessoas carenciadas. A curiosidade e surpresa dos que passavam por nós e nos viam ali descalços era grande, e assim que começávamos a explicar o porquê de estarmos descalços, a maioria compreendia aquela ação e muitos foram os que se descalçaram por esta causa e andaram alguns metros sem sapatos. No final do dia descemos até ao Rossio, descalços, e aí terminámos a iniciativa, com pessoas que entretanto se juntaram à causa. Foi uma oportunidade de sentir Lisboa nos pés, literalmente, e experienciar uma sensação que milhões de pessoas experimentam diariamente por não terem outra solução. São estes momentos que nos marcam e que deixam memórias inesquecíveis!.
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
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