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Aprender a pensar ao invés de opinar!

Opinião  »  2014-07-25  »  Carlos Ramos

A capacidade de pensar é uma das mais nobres no ser humano. Pelo pensamento, o verdadeiro progresso torna-se possível e real. Uma sociedade que promova o pensar progride na qualidade de vida e na exigência social.

Sócrates (V a.c.), enquanto pensador clássico e intemporal, promoveu o valor do conhecimento como a principal riqueza da comunidade de Atenas. O seu trabalho visava ajudar os jovens a pensar, a conhecer as razões das coisas, em vez de viverem no mundo das opiniões. Nos seus diálogos, visava que os jovens superassem as opiniões, os preconceitos, as falsas ideias, as imagens, as sombras, etc. (Cf. Apologia de Sócrates).

Jesus Cristo recorria às parábolas para ajudar os interlocutores a reflectir sobre as razões dos seus comportamentos. Quem não conhece a parábola do trigo e do joio, a parábola do semeador? A mensagem evangélica é um convite à reflexão, ao exame de vida pessoal, em ordem à conversão interior. Os evangelhos convidam-nos à interioridade, em ordem ao reforço da mudança social. É-se cristão pela mudança de vida interior. Os evangelhos são um hino à reflexão e ao exame da vida interior, com repercussões no comportamento do próprio em termos sociais. O caminho do pensamento começa no interior do indivíduo. G.K. Chesterton, escritor católico, afirma que ”tornar-se católico não é deixar de pensar, mas antes, aprender a pensar (cf. The Catholic Church and Conversion). Aprender a pensar é um desafio católico que merece ser posto em prática pelos católicos.

Karl Popper (sec. XX) lança o repto do conhecimento através da interioridade do sujeito. Popper, num dos seus ensaios, enquanto filósofo da ciência, convida os intelectuais a serem modestos e a reflectirem mais de dentro para fora. O conhecimento começa no indivíduo, defende Popper.

A sociedade de hoje vive órfã e deficitária de pensadores sérios e rigorosos. Os tempos de hoje são marcados, infelizmente, pelo reino das opiniões. A caverna e as sombras estão muito presentes nas pseudo discussões. Uma sociedade que pensa é aquela que discute projetos ao invés de nomes, que apresenta propostas para o fórum da discussão, que objectiva e testa as respostas aos problemas, que questiona os porquês das coisas.

Hoje, comenta-se a vida privada das pessoas com uma leviandade doentia. Hoje, recorre-se às cartas e mensagens anónimas acusatórias, unicamente para criar confusão na cidade, ao jeito da torre de Babel.

Como católicos, urge aprendermos a pensar ao jeito da mensagem evangélica.

 

 

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