Crónica por escrever
Opinião » 2014-09-12 » Adelino Pires
Ou antes, o que escrever depois de uma crónica que, sentimos, vos caiu bem?
Quem escreve, sabe bem o que quero dizer. Por vezes, queremos, mas não podemos. Não dá, não vale a pena insistir.
Ora eu, que sempre fui mais de inspiração que de transpiração, desta vez estou mais transpirado que inspirado.
Acontece aos melhores e, pelos vistos, aos piores também.
Tentei uns versos, uma prosa mais burilada, uma novela de algibeira, um continho para o meu neto, enfim, tentei, tentei, mas a bola não entrava.
Pensei escrever sobre as angústias e ansiedades dos candidatos ao ensino superior. Da alegria e do entusiasmo dos que entraram e da desilusão dos que o não conseguiram. Uns e outros com a dúvida do futuro.
E, enquanto estava nisto, sem conseguir desatar o nó, entra um dos tais miúdos com mente crescida e acaba por me resolver a crónica, deixando escrito no livro de memórias da livraria:
”Dedicado ao Adelino, companheiro literário das tardes abrasadoras de verão e das chuvas torrenciais do inverno, a quem devo as minhas primeiras leituras de poesia, que tanto me fizeram sonhar e reflectir, e o conhecer um dos escritores portugueses que mais me inspira, o Luiz Pacheco. Um abraço e um até já, breve, espero eu, deste seu amigo, Afonso Garcia.”
O Afonso veio despedir-se de mim. Vai para a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Como o Francisco, a Marta e tantos outros, cada um com o seu destino.
É também por isto que o alfarrabismo vale a pena.
A todos os ”Afonsos” do burgo, façam o favor de ser felizes. E, sempre que quiserem, não esqueçam: continuará a haver um alfarrabista algures por aqui, que tudo fará para que possam continuar a sonhar.
Um abraço e um até já, breve, espero eu.
Crónica por escrever
Opinião » 2014-09-12 » Adelino PiresOu antes, o que escrever depois de uma crónica que, sentimos, vos caiu bem?
Quem escreve, sabe bem o que quero dizer. Por vezes, queremos, mas não podemos. Não dá, não vale a pena insistir.
Ora eu, que sempre fui mais de inspiração que de transpiração, desta vez estou mais transpirado que inspirado.
Acontece aos melhores e, pelos vistos, aos piores também.
Tentei uns versos, uma prosa mais burilada, uma novela de algibeira, um continho para o meu neto, enfim, tentei, tentei, mas a bola não entrava.
Pensei escrever sobre as angústias e ansiedades dos candidatos ao ensino superior. Da alegria e do entusiasmo dos que entraram e da desilusão dos que o não conseguiram. Uns e outros com a dúvida do futuro.
E, enquanto estava nisto, sem conseguir desatar o nó, entra um dos tais miúdos com mente crescida e acaba por me resolver a crónica, deixando escrito no livro de memórias da livraria:
”Dedicado ao Adelino, companheiro literário das tardes abrasadoras de verão e das chuvas torrenciais do inverno, a quem devo as minhas primeiras leituras de poesia, que tanto me fizeram sonhar e reflectir, e o conhecer um dos escritores portugueses que mais me inspira, o Luiz Pacheco. Um abraço e um até já, breve, espero eu, deste seu amigo, Afonso Garcia.”
O Afonso veio despedir-se de mim. Vai para a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Como o Francisco, a Marta e tantos outros, cada um com o seu destino.
É também por isto que o alfarrabismo vale a pena.
A todos os ”Afonsos” do burgo, façam o favor de ser felizes. E, sempre que quiserem, não esqueçam: continuará a haver um alfarrabista algures por aqui, que tudo fará para que possam continuar a sonhar.
Um abraço e um até já, breve, espero eu.
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
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2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
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