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Recristianização das festas cristãs

Opinião  »  2015-01-01  »  Carlos Ramos

Vivemos um período rico na comunidade cristã, com a celebração da Encarnação (nascimento) do Filho de Deus. O Natal é a festa do nascimento de Jesus numa gruta em Belém; é a festa da vida em Deus no coração de cada cristão e no coração da Igreja. A manjedoura onde Jesus terá recebido o calor do mundo, torna-se para nós um desafio em sermos o calor da fé em Jesus, num mundo que se requer transformado pela Graça de Deus.

A festa do Natal é, também, em Jesus, a festa da sagrada família que se celebra no domingo a seguir ao Natal. Viver o nascimento do Messias é viver a dimensão da família, enquanto célula da sociedade. A família é a base de qualquer sociedade que pretende a harmonia, a paz, o bem-estar, o desenvolvimento. Não existe sociedade sem a cultura da família, ou se existe, corre o risco de se perder enquanto grupo humano saudável. Muitas famílias, quase a maioria, reúnem-se para celebrar o dom da família e dos laços construídos em novos grupos familiares. É bonito e saudável o encontro da família na véspera e no dia de Natal. É saudável viver o Natal em Jesus no seio familiar e da comunidade cristã. Beijar o Menino Jesus com a família presente na missa no dia 25 de dezembro e partilhar as prendas ao modo dos Magos, como é desafiante!

O tempo do Natal é o tempo do presépio e das canções de Natal ao menino Jesus e aos Magos, que do Oriente seguiram uma estrela para adorarem o Salvador do Mundo. Não há Natal genuíno sem o presépio e sem a riqueza da música de Natal, cheio de linguagem simbólica do acontecimento de Belém. Não há Natal sem a partilha e a solidariedade como os Magos e os pastores procuraram fazer. Não há Natal sem o amor de Deus!

Mas será que esta literatura religiosa é compreendida e vivida pelos cristãos de hoje? Será que a linguagem do presépio, da encarnação, da festa da sagrada família e do menino Jesus é percetível aos jovens e adultos de hoje? E as crianças têm a noção do menino Jesus e dos Magos?

Será que nós, que nos dizemos cristãos, valorizamos a festa do Natal como acontecimento religioso e dom de Deus na nossa história? A Igreja no passado cristianizou festas pagãs (festas do sol, por ex.) e hoje não estaremos, involuntariamente e inconscientemente, a paganizar festas cristãs? Hoje referimo-nos ao dia de Natal como dia santo ou feriado? Hoje valorizamos o nascimento de Jesus e, simbolicamente, apostamos no presépio, ou valorizamos o gorro do pai Natal e acriticamente enfeitamos as varandas de pais natais pendurados? Valorizamos as canções do menino Jesus nas palhinhas deitado, ou valorizamos as canções que dão para qualquer festa (de crianças...) e do ”a todos um bom natal”, mas que nada dizem do menino Jesus? Não estaremos, como cristãos, a paganizar a cultura e os valores cristãos, sem darmos por isso?

 

 

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