A ciência, um exemplo
Opinião » 2015-01-01 » Jorge Carreira Maia
Pura ilusão. Aquilo que tinha sido a grande obra dos governos socialistas – governos medíocres noutros aspectos – parece incomodar os actuais detentores do poder. Olhando para estes anos de consulado de Nuno Crato, um observador imparcial será levado a concluir que, no campo da ciência, a principal estratégia do actual governo foi a de encontrar um caminho para destruir a obra edificada nos governos anteriores. E sempre que, nas sociedades actuais, se quer destruir alguma coisa que incomoda, a melhor forma é criar um sistema de avaliação abstruso e pouco claro. Nestes casos a avaliação não serve para melhorar, mas para destruir. Foi o que aconteceu na ciência. O processo liquidou metade dos centros de ciência existentes e destruiu uma parte significativa da base científica nacional, aquela que tinha permitido criar uma elite reconhecida internacionalmente.
O poder actual diz que apenas quer centros de excelência, como se isso fosse possível. Para haver um núcleo de excelência é precisa uma ampla base que, não sendo excelente no seu todo, gerará a elite através da sua dinâmica. Sem essa base, não há qualquer possibilidade de excelência. Esta é a natureza das coisas que o actual poder, no seu afã de destruição, quer ignorar. O que mais choca é o espírito sectário que preside à nossa vida política. Aquilo que foi bem feito por outros terá de ser destruído, como se Portugal tivesse começado com o actual governo ou a política científica apenas pudesse sair da cabeça de Nuno Crato. Com este tipo de mentalidade, valerá a pena falar de esperança? Um bom 2015, apesar de tudo.
www.kyrieeleison-jcm.blogspot.com
A ciência, um exemplo
Opinião » 2015-01-01 » Jorge Carreira MaiaPura ilusão. Aquilo que tinha sido a grande obra dos governos socialistas – governos medíocres noutros aspectos – parece incomodar os actuais detentores do poder. Olhando para estes anos de consulado de Nuno Crato, um observador imparcial será levado a concluir que, no campo da ciência, a principal estratégia do actual governo foi a de encontrar um caminho para destruir a obra edificada nos governos anteriores. E sempre que, nas sociedades actuais, se quer destruir alguma coisa que incomoda, a melhor forma é criar um sistema de avaliação abstruso e pouco claro. Nestes casos a avaliação não serve para melhorar, mas para destruir. Foi o que aconteceu na ciência. O processo liquidou metade dos centros de ciência existentes e destruiu uma parte significativa da base científica nacional, aquela que tinha permitido criar uma elite reconhecida internacionalmente.
O poder actual diz que apenas quer centros de excelência, como se isso fosse possível. Para haver um núcleo de excelência é precisa uma ampla base que, não sendo excelente no seu todo, gerará a elite através da sua dinâmica. Sem essa base, não há qualquer possibilidade de excelência. Esta é a natureza das coisas que o actual poder, no seu afã de destruição, quer ignorar. O que mais choca é o espírito sectário que preside à nossa vida política. Aquilo que foi bem feito por outros terá de ser destruído, como se Portugal tivesse começado com o actual governo ou a política científica apenas pudesse sair da cabeça de Nuno Crato. Com este tipo de mentalidade, valerá a pena falar de esperança? Um bom 2015, apesar de tudo.
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Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
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Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |