As ofertas dos Magos
Opinião » 2015-01-09 » Carlos Ramos
Os magos seguiram uma estrela na esperança de encontrarem a razão profunda e constante da vida. O sábio é aquele que procura a razão profunda e permanente do sentido da vida e que supera as dificuldades, mesmo de natureza espacial e temporal, na procura do âmago da vida. Assim, os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém, na Judeia. Perguntaram ao rei sobre a criança. O rei, surpreendido, disse desconhecer por completo a existência de tal rei. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem outras: matá-lo era a sua intenção mais profunda. Na verdade as intenções dos homens muitas vezes são desconcertantes e escandalosas no sentido profundo da vida. O Evangelho bem nos ensina que nem tudo o que brilha é ouro! Herodes tinha outras intenções que não a do sentido profundo da existência, a sua intenção era a do poder, nem que fosse necessário matar o menino que tinha nascido em Belém da Judeia. Os meios utilizados para alcançar poder são por vezes tão escandalosos e prejudiciais nas relações profundas da vida. O comportamento de Herodes é tão atual!
A tradição atribuiu a visitação dos magos no dia 6 de janeiro face à distância percorrida para chegarem ao curral onde Jesus nasceu. A estrela, conta o evangelho, que os guiava, parou onde estava o menino Jesus. ”E vendo a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo” (Mateus 2,10). Os magos ofereceram três presentes: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandou matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmo 141,2); a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19,39-40). Neste Natal, o que oferecemos a Deus e ao próximo? Concerteza que oferecemos presentes! Mas serão os presentes as prendas verdadeiras que Deus nos pede para oferecer? Deus pede-nos a vida como presente na vida do próximo. Precisamos de alcançar um coração novo, cheio de amor e de vida para oferecermos ao próximo.
As ofertas dos Magos
Opinião » 2015-01-09 » Carlos RamosOs magos seguiram uma estrela na esperança de encontrarem a razão profunda e constante da vida. O sábio é aquele que procura a razão profunda e permanente do sentido da vida e que supera as dificuldades, mesmo de natureza espacial e temporal, na procura do âmago da vida. Assim, os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém, na Judeia. Perguntaram ao rei sobre a criança. O rei, surpreendido, disse desconhecer por completo a existência de tal rei. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem outras: matá-lo era a sua intenção mais profunda. Na verdade as intenções dos homens muitas vezes são desconcertantes e escandalosas no sentido profundo da vida. O Evangelho bem nos ensina que nem tudo o que brilha é ouro! Herodes tinha outras intenções que não a do sentido profundo da existência, a sua intenção era a do poder, nem que fosse necessário matar o menino que tinha nascido em Belém da Judeia. Os meios utilizados para alcançar poder são por vezes tão escandalosos e prejudiciais nas relações profundas da vida. O comportamento de Herodes é tão atual!
A tradição atribuiu a visitação dos magos no dia 6 de janeiro face à distância percorrida para chegarem ao curral onde Jesus nasceu. A estrela, conta o evangelho, que os guiava, parou onde estava o menino Jesus. ”E vendo a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo” (Mateus 2,10). Os magos ofereceram três presentes: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandou matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmo 141,2); a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19,39-40). Neste Natal, o que oferecemos a Deus e ao próximo? Concerteza que oferecemos presentes! Mas serão os presentes as prendas verdadeiras que Deus nos pede para oferecer? Deus pede-nos a vida como presente na vida do próximo. Precisamos de alcançar um coração novo, cheio de amor e de vida para oferecermos ao próximo.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
|
Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
» Hélder Dias
Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |