A esperança
Opinião » 2015-02-19 » António Gomes
Hoje o debate é outr que políticas de crescimento, que políticas de emprego, que políticas económicas? Este é o debate na opinião pública, é o debate que o governo grego trava nas instâncias europeias. Não se sabe que resultado será alcançado. Mas uma certeza já temos: o povo grego disse à Europa que outro caminho é possível.
É bom não esquecer, porque a memória é muito curta, que há três semanas atrás, só era admitido um caminho - o da austeridade, que o mesmo é dizer, mais impostos, mais desemprego, menos salários, mais privatizações, menos escola e saúde públicas, maior corrupção e claro, mais desigualdades sociais, os ricos mais ricos e os trabalhadores mais pobres. Esta era a receita permanentemente repetida pela troika, a que os governos abanavam a cabeça em sinal de total submissão.
O Syriza mudou tudo, mudou as conversas, mudou os comentários, mesmo daqueles que continuam a desejar o desastre para a Grécia, nervosíssimos com a possibilidade da experiência grega se alastrar a outros países e daqueles que sempre estiveram com as mesmas políticas, mas que em vésperas de eleições disfarçam bem: agora dizem que é preciso mudar não tanto como o Syriza, mas alguma coisa tem de ser feita, ou seja, querem mudar alguma coisa para tudo ficar na mesma.
Vejamos o caso do Tratado Orçamental, que em Portugal tem estado muito arredado do debate público. O Tratado Orçamental é um instrumento de políticas orçamentais, impostas pela senhora Merkel e aprovado no parlamento português pelos partidos do governo, mais o PS. Diz o Tratado que o défice orçamental não pode ultrapassar 0.5%, ou seja, as despesas não podem ser superiores às receitas em mais de 0.5%. Como se sabe, isto só é possível de atingir em Portugal se os salários da função pública descerem ainda mais, porque são despesa, se as reformas diminuírem ainda mais porque são despesa, o investimento público desaparecer de vez porque é despesa… E o emprego é arrastado por esta via, o financiamento das autarquias também, a saúde, a escola pública, a cultura, tudo vai de arrasto.
Este tratado tem de ser banido porque é um instrumento da política de austeridade em Portugal e na Europa. Diz o PS que existe uma ”leitura inteligente” do tratad era bom que concretizasse e já agora, antes do povo ir a votos.
Não se pode ser pela Grécia no que dá jeito e ao mesmo tempo continuar as mesmas políticas.
O povo precisa de tudo às claras.
A esperança
Opinião » 2015-02-19 » António GomesHoje o debate é outr que políticas de crescimento, que políticas de emprego, que políticas económicas? Este é o debate na opinião pública, é o debate que o governo grego trava nas instâncias europeias. Não se sabe que resultado será alcançado. Mas uma certeza já temos: o povo grego disse à Europa que outro caminho é possível.
É bom não esquecer, porque a memória é muito curta, que há três semanas atrás, só era admitido um caminho - o da austeridade, que o mesmo é dizer, mais impostos, mais desemprego, menos salários, mais privatizações, menos escola e saúde públicas, maior corrupção e claro, mais desigualdades sociais, os ricos mais ricos e os trabalhadores mais pobres. Esta era a receita permanentemente repetida pela troika, a que os governos abanavam a cabeça em sinal de total submissão.
O Syriza mudou tudo, mudou as conversas, mudou os comentários, mesmo daqueles que continuam a desejar o desastre para a Grécia, nervosíssimos com a possibilidade da experiência grega se alastrar a outros países e daqueles que sempre estiveram com as mesmas políticas, mas que em vésperas de eleições disfarçam bem: agora dizem que é preciso mudar não tanto como o Syriza, mas alguma coisa tem de ser feita, ou seja, querem mudar alguma coisa para tudo ficar na mesma.
Vejamos o caso do Tratado Orçamental, que em Portugal tem estado muito arredado do debate público. O Tratado Orçamental é um instrumento de políticas orçamentais, impostas pela senhora Merkel e aprovado no parlamento português pelos partidos do governo, mais o PS. Diz o Tratado que o défice orçamental não pode ultrapassar 0.5%, ou seja, as despesas não podem ser superiores às receitas em mais de 0.5%. Como se sabe, isto só é possível de atingir em Portugal se os salários da função pública descerem ainda mais, porque são despesa, se as reformas diminuírem ainda mais porque são despesa, o investimento público desaparecer de vez porque é despesa… E o emprego é arrastado por esta via, o financiamento das autarquias também, a saúde, a escola pública, a cultura, tudo vai de arrasto.
Este tratado tem de ser banido porque é um instrumento da política de austeridade em Portugal e na Europa. Diz o PS que existe uma ”leitura inteligente” do tratad era bom que concretizasse e já agora, antes do povo ir a votos.
Não se pode ser pela Grécia no que dá jeito e ao mesmo tempo continuar as mesmas políticas.
O povo precisa de tudo às claras.
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
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» 2024-04-10
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