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Ciência, Informação e Democracia

Opinião  »  2018-04-04  »  Eduarda Gameiro

A democracia é o meio pelo qual posso ter, à semelhança de qualquer pessoa na sociedade em que me insiro, uma ideia sobre o mundo que me rodeia. Por isso, com base em todos os ensinamentos e tabelas axiológicas que apreendi no decorrer da minha curta vida, creio e defendo que é o regime pelo qual devemos lutar. Cabe, todavia, a cada um de nós, como agentes decisores na sociedade, revelar algum bom senso e sabermos mensurar o nosso papel na democracia.

No dia 26 de Março, no programa Prós e Contras, debateu-se a obrigatoriedade da vacinação em Portugal e, no meio de especialistas certificados na matéria, surgiu um indivíduo (técnico na área do biomagnetismo) que defende um modelo diferente de vacinação e que, portanto, decidiu não vacinar a sua filha mais nova. Este indivíduo, com uma base discursiva alegadamente científica assente em bulas e estudos diversos resolve, num acto de subversão, testar os limites da saúde pública, pondo não só em causa a saúde da sua filha, mas também a das pessoas em seu redor.

Como um convidado que perfilhava uma opinião divergente afirmou, este indivíduo é um exemplo concreto da autodestruição das vacinas pelo seu próprio sucesso, já que a atenuação das patologias pelas mesmas causou uma sensação de independência destes métodos preventivos e potenciou a emergência de correntes que defendem a sua não-utilização.

Mas não é este o âmago da questão: num mundo rápido como é o que vivemos, a fácil disseminação de má informação é, infelizmente, um adubo para a opinião pública, reproduzindo-se a escalas estupidificantes. Frequentemente, esquece-se do quão preponderante é na tomada de decisões que terão efeitos no nosso quotidiano, não procurando, na sua generalidade, a verdade e a lógica junto de entidades competentes.
O povo tem e deve ter poder. Mas, até que ponto um indivíduo cabalmente leigo em dada matéria deve ter legitimidade para dar o seu contributo em assuntos tão basilares em que a ciência deve estar na vanguarda?

* estudante do ensino secundário, dirigente associativa em Casal Sentista, Torres Novas

 

 

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