Ulmeiros
Opinião » 2020-02-22 » Rui Anastácio"As crianças não são racistas"
O nosso Ulmeiro (Ulmus minor) encontra-se distribuído por quase toda a Península Ibérica, aceitando-se hoje o seu carácter autóctone nesta região. No país vizinho diz-se: “Não peças pêras aos Ulmeiros”. Será que podemos pedir a um país, que todos os estudos demonstram que é racista, que não seja racista? Podemos sim!
Podemos, desde logo, esmagar nas urnas, com argumentação sólida, um partido que defende claramente - cada vez mais claramente - o racismo. Um partido (ou coligação, como queiram) que se alimenta de ódio racial, não deve ter lugar no nosso sistema político.
Recordo a nossa Lei Fundamental, no seu artigo 13°: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.
Parece simples. Ponha o dedo no ar quem não concorda. Aparentemente, ninguém coloca o dedo no ar. Até ontem. Hoje, alguns já colocam o dedo no ar, poucos ainda, mas o rebanho de oportunistas vai engrossando. O racismo tornou-se uma oportunidade política, um espaço de crescimento ideológico de um pequeno partido sedento de poder. Um partido, que se alguma vez chegar ao poder, será mil vezes pior que qualquer dos partidos relevantes que temos actualmente.
A Isabel e a Lucinda vinham de África, em 1976. Vieram viver para a minha rua, naquela rua brincavam dezenas de crianças de todas as cores, desde o nascer ao pôr do sol. No verão, ainda tínhamos as noites, logo a seguir à Gabriela, que nos atrasava as brincadeiras (desde essa altura que não simpatizo com telenovelas). Simpatizei desde logo com a Isabel, a Lucinda era mais envergonhada. As crianças não são racistas.
O que não pensará a Isabel do nosso amigo Ulmeiro. Alguma vez o Ventura dará pêras?
Ulmeiros
Opinião » 2020-02-22 » Rui AnastácioAs crianças não são racistas
O nosso Ulmeiro (Ulmus minor) encontra-se distribuído por quase toda a Península Ibérica, aceitando-se hoje o seu carácter autóctone nesta região. No país vizinho diz-se: “Não peças pêras aos Ulmeiros”. Será que podemos pedir a um país, que todos os estudos demonstram que é racista, que não seja racista? Podemos sim!
Podemos, desde logo, esmagar nas urnas, com argumentação sólida, um partido que defende claramente - cada vez mais claramente - o racismo. Um partido (ou coligação, como queiram) que se alimenta de ódio racial, não deve ter lugar no nosso sistema político.
Recordo a nossa Lei Fundamental, no seu artigo 13°: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.
Parece simples. Ponha o dedo no ar quem não concorda. Aparentemente, ninguém coloca o dedo no ar. Até ontem. Hoje, alguns já colocam o dedo no ar, poucos ainda, mas o rebanho de oportunistas vai engrossando. O racismo tornou-se uma oportunidade política, um espaço de crescimento ideológico de um pequeno partido sedento de poder. Um partido, que se alguma vez chegar ao poder, será mil vezes pior que qualquer dos partidos relevantes que temos actualmente.
A Isabel e a Lucinda vinham de África, em 1976. Vieram viver para a minha rua, naquela rua brincavam dezenas de crianças de todas as cores, desde o nascer ao pôr do sol. No verão, ainda tínhamos as noites, logo a seguir à Gabriela, que nos atrasava as brincadeiras (desde essa altura que não simpatizo com telenovelas). Simpatizei desde logo com a Isabel, a Lucinda era mais envergonhada. As crianças não são racistas.
O que não pensará a Isabel do nosso amigo Ulmeiro. Alguma vez o Ventura dará pêras?
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
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» 2024-04-10
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