Vergel
Opinião » 2020-04-17 » Rui Anastácio"Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vivesse também em pré-covid"
Lugar arborizado com plantas de horta ou de jardim.
Gosto de árvores, por isso acabei por me formar em engenharia florestal. Gosto muito de árvores, de florestas, de jardins, podem até ter patinhos, e repuxos de água, e peixes vermelhos. Bom, pensando bem, peixes vermelhos é que não. Muito menos agora, que o Sporting não perde um jogo há mais de um mês.
Voltando ao assunto dos jardins. Sou de Alcanena, é lá a minha terra, por lá conheço todos os recantos como em nenhum outro lugar. Por isso é a minha terra. Por lá tenho também a minha residência fiscal, pois pagar impostos na nossa terra sempre custa menos.
Pois bem, por lá em tempos de Covid, anunciam-se investimentos de milhões em espaços verdes, ao mesmo tempo que não se pode avançar com ajudas às famílias porque se deve estudar aturadamente o impacto financeiro dessas ajudas nas contas da autarquia.
Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vive-se também em pré-covid. No entanto, o repto desta quinzena é falarmos de pós-covid, pois vamos a isso.
No pós-covid não faço ideia do que irá acontecer! Já sobre aquilo que gostaria que acontecesse, tenho algumas ideias. Destaco no entanto uma, para não ser maçador. No pós-covid gostaria que, de uma vez por todas, conseguíssemos distinguir o trigo do joio. Aparentemente é um exercício que só conseguimos fazer em tempos difíceis.
Quando forem ao ecoponto, reparem que os ecopontos foram financiados por fundos comunitários, os jardins também foram, tal como as rotundas e até os sanitários públicos, com design claro está. Juro que é tudo verdade.
Sonho com um pós-covid em que os fundos comunitários servem para ajudar a economia a ser muito forte, muito competitiva, muito exportadora. Servem para ajudar as boas empresas a serem as melhores a nível mundial. É para isso e apenas para isso que devem servir esses fundos. Para nos tornarem fortes e competitivos. Eu, na próxima pandemia, quero ter 34 ventiladores por 100.000 habitantes, como tem a Alemanha e não 6, como temos agora.
Não quero parques infantis de design sueco, nem iluminação pública de construção holandesa (se forem à Holanda reparem que eles gastam metade do que nós gastamos em iluminação pública e ainda nos cobram 5 euros de taxa para os cofres da cidade, por cada noite que por lá ficamos), nem sequer quero mobiliário urbano de fabrico espanhol.
Quero uma economia forte, quero empresas fortes, quero um país preparado para todas as pandemias. É isso que eu quero no pós-covid. Ah, e não quero ficar de lágrima no olho cada vez que vejo o Telejornal.
Já chega!
Vergel
Opinião » 2020-04-17 » Rui AnastácioNa minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vivesse também em pré-covid
Lugar arborizado com plantas de horta ou de jardim.
Gosto de árvores, por isso acabei por me formar em engenharia florestal. Gosto muito de árvores, de florestas, de jardins, podem até ter patinhos, e repuxos de água, e peixes vermelhos. Bom, pensando bem, peixes vermelhos é que não. Muito menos agora, que o Sporting não perde um jogo há mais de um mês.
Voltando ao assunto dos jardins. Sou de Alcanena, é lá a minha terra, por lá conheço todos os recantos como em nenhum outro lugar. Por isso é a minha terra. Por lá tenho também a minha residência fiscal, pois pagar impostos na nossa terra sempre custa menos.
Pois bem, por lá em tempos de Covid, anunciam-se investimentos de milhões em espaços verdes, ao mesmo tempo que não se pode avançar com ajudas às famílias porque se deve estudar aturadamente o impacto financeiro dessas ajudas nas contas da autarquia.
Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vive-se também em pré-covid. No entanto, o repto desta quinzena é falarmos de pós-covid, pois vamos a isso.
No pós-covid não faço ideia do que irá acontecer! Já sobre aquilo que gostaria que acontecesse, tenho algumas ideias. Destaco no entanto uma, para não ser maçador. No pós-covid gostaria que, de uma vez por todas, conseguíssemos distinguir o trigo do joio. Aparentemente é um exercício que só conseguimos fazer em tempos difíceis.
Quando forem ao ecoponto, reparem que os ecopontos foram financiados por fundos comunitários, os jardins também foram, tal como as rotundas e até os sanitários públicos, com design claro está. Juro que é tudo verdade.
Sonho com um pós-covid em que os fundos comunitários servem para ajudar a economia a ser muito forte, muito competitiva, muito exportadora. Servem para ajudar as boas empresas a serem as melhores a nível mundial. É para isso e apenas para isso que devem servir esses fundos. Para nos tornarem fortes e competitivos. Eu, na próxima pandemia, quero ter 34 ventiladores por 100.000 habitantes, como tem a Alemanha e não 6, como temos agora.
Não quero parques infantis de design sueco, nem iluminação pública de construção holandesa (se forem à Holanda reparem que eles gastam metade do que nós gastamos em iluminação pública e ainda nos cobram 5 euros de taxa para os cofres da cidade, por cada noite que por lá ficamos), nem sequer quero mobiliário urbano de fabrico espanhol.
Quero uma economia forte, quero empresas fortes, quero um país preparado para todas as pandemias. É isso que eu quero no pós-covid. Ah, e não quero ficar de lágrima no olho cada vez que vejo o Telejornal.
Já chega!
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
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» Pedro Ferreira
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