O campo das piscinas
Opinião » 2018-10-27 » António Gomes"O que seria razoável era o loteamento prever uma piscina colectiva para os potenciais vinte moradores"
Entendamo-nos: o acesso à fruição de piscinas por puro recreio, manutenção física ou prática desportiva deveria ser de acesso fácil. Infelizmente, em Torres Novas, a generalidade da população, na época do calor, no verão, não tem onde refrescar-se, não temos piscinas de verão e as que já tivemos são recordadas com muita saudade.
Não me causa qualquer urticária a construção de uma piscina junto a uma habitação isolada. Quem puder construir que o faça. Acrescento apenas que o preço da água a utilizar não deve ser o mesmo daquela que se destina às necessidades básicas do ser humano, deve ser muito mais cara.
Há dias, a maioria da CM aprovou uma alteração a um loteamento que consistiu em incluir a construção de 20 piscinas, uma em cada lote, ou seja, podemos vir a ter aqui bem perto de nós vinte piscinas para vinte vizinhos.
Será isto razoável? Neste caso, julgo que não. O que seria razoável era o loteamento prever uma piscina colectiva para os potenciais vinte moradores, todos vizinhos. Há pelo menos um exemplo em Torres Novas, que me parece positivo, a urbanização Beira Rio. Umas largas dezenas de vizinhos usufruem de uma piscina.
Pode-se argumentar: desde que paguem, ninguém tem nada com isso. Será assim?
A água é um recurso que a todos pertence. A água não é, não pode ser, só de quem a pode pagar. É um recurso natural e finito, não é algo que sai de uma qualquer fábrica, pertence a todos e devemo-la utilizar com moderação, independentemente da capacidade económica do utilizador.
A quantidade de água doce está a diminuir drasticamente por força das alterações climáticas, as secas estão aí para o provar: ou começamos já a prevenir-nos ou a coisa pode correr mal.
Cabe às autarquias optarem por políticas de defesa do meio ambiente, e de ordenamento do território, cabe-lhes pensar a médio e longo prazo, a natureza agradece.
O campo das piscinas
Opinião » 2018-10-27 » António GomesO que seria razoável era o loteamento prever uma piscina colectiva para os potenciais vinte moradores
Entendamo-nos: o acesso à fruição de piscinas por puro recreio, manutenção física ou prática desportiva deveria ser de acesso fácil. Infelizmente, em Torres Novas, a generalidade da população, na época do calor, no verão, não tem onde refrescar-se, não temos piscinas de verão e as que já tivemos são recordadas com muita saudade.
Não me causa qualquer urticária a construção de uma piscina junto a uma habitação isolada. Quem puder construir que o faça. Acrescento apenas que o preço da água a utilizar não deve ser o mesmo daquela que se destina às necessidades básicas do ser humano, deve ser muito mais cara.
Há dias, a maioria da CM aprovou uma alteração a um loteamento que consistiu em incluir a construção de 20 piscinas, uma em cada lote, ou seja, podemos vir a ter aqui bem perto de nós vinte piscinas para vinte vizinhos.
Será isto razoável? Neste caso, julgo que não. O que seria razoável era o loteamento prever uma piscina colectiva para os potenciais vinte moradores, todos vizinhos. Há pelo menos um exemplo em Torres Novas, que me parece positivo, a urbanização Beira Rio. Umas largas dezenas de vizinhos usufruem de uma piscina.
Pode-se argumentar: desde que paguem, ninguém tem nada com isso. Será assim?
A água é um recurso que a todos pertence. A água não é, não pode ser, só de quem a pode pagar. É um recurso natural e finito, não é algo que sai de uma qualquer fábrica, pertence a todos e devemo-la utilizar com moderação, independentemente da capacidade económica do utilizador.
A quantidade de água doce está a diminuir drasticamente por força das alterações climáticas, as secas estão aí para o provar: ou começamos já a prevenir-nos ou a coisa pode correr mal.
Cabe às autarquias optarem por políticas de defesa do meio ambiente, e de ordenamento do território, cabe-lhes pensar a médio e longo prazo, a natureza agradece.
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
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