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“Não são coronas, são flores” - anabela santos

Opinião  »  2020-06-07  »  AnabelaSantos

Sentada na esplanada. O café, o jornal e os pensamentos. Desatenta, simplesmente a viver o momento. Aquele momento que há tanto tempo ansiava. A rotina, mas uma rotina boa. De novo, o cheiro a café, a papel, os mesmos rostos do dia a dia. O que tínhamos e nem sentíamos e sei que um dia voltaremos a não sentir.
Envolvida neste ambiente, oiço uma voz de criança, uma voz inocente:
- “Não são coronas, são flores”.

É impossível não olhar. Uma criança com dois, três anos no máximo, que quer ir brincar no parque infantil mas não pode porque se encontra fechada, devido à pandemia.
A mãe explica-lhe, com paciência, as razões e tenta fazê-lo entender que mais tarde irá voltar e poderá brincar no parque. No entanto, a apresentação dos seus argumentos é em vão. O menino contraria a sua mãe dizendo que ela está errada – no parque, não há coronas, só há flores.

Não será como a Rainha Santa Isabel, com certeza, mas também havia esperança e milagre no tom de voz daquele miúdo giro com os olhos arregalados a olhar para o parque.
Porquê, contar este episódio?

Porque, por momentos, deixei o café e o jornal e voltei à realidade. Tempo do nosso tempo, que ficará para a história. A mudança. O vocabulário utilizado, os restringimentos, os constrangimentos e uma criança com dois ou três anos a ser obrigada (para sua protecção) a compreender o que significa a palavra “coronas”. Mas, mesmo entendendo, ou sei lá se entende, ela não vê o vírus, vê flores.
Fiquei de coração cheio. Não há como esquecer.

 

 

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