Multas
Opinião » 2016-12-14 » Inês Vidal"Todos sentem a forte presença e concorrência das grandes superfícies"
O mês de Dezembro tem qualquer magia que torna as pessoas ainda mais consumistas que durante o resto do ano. Não há um dia, especialmente aos fins-de-semana, que não se sinta o reboliço de gente e mais gente em todos os mais que muitos hipermercados de Torres Novas. O mesmo não podem dizer os comerciantes do comércio local. (Sim, este assunto de novo já velho e cada vez mais actual). Seja na zona alta ou baixa da cidade, todos sentem a forte presença e concorrência das grandes superfícies.
Aos cartões, descontões, parvalhões e outras coisas acabadas em "ões", rebatem com aquilo que de melhor têm e sabem: a proximidade e a individualização de cada cliente. Porque o Manuel não pode nunca ser igual ao João e a mãe de um nunca a mãe do outro. Porque um "m" nunca é só um "m" e um cheiro não assenta ou faz os gostos de todos. Porque nem todos os óculos assentam bem em todas as caras e porque nem todos podemos tomar aquele medicamento, mesmo que seja de venda livre. E ali, no comércio tradicional, seja no centro ou na zona alta, há sempre atrás do balcão alguém que sabe quem somos ou que pelo menos se interessa em vir a sabê-lo.
Mas apesar deste assunto já ser velho e de todos sabermos e sentirmos isto, continuamos a ir em cantigas e cartões, em promoções com grandes "senões". É por isso que nos dá um certo ânimo ver que, passando no centro histórico por exemplo, ali ainda ninguém se rendeu. Todos os anos surgem lojas novas, pessoas que se recusam a acomodar às ditaduras massificadas dos hipermercados e que acham que Torres Novas merece uma alternativa aos produtos que encontramos em prateleiras todas iguais.
E com as novas, se animam as que já por aí vão estando. Só entristece ver que o esforço não é reconhecido por todos. Não bastava já uma concorrência desleal, os comerciantes vêem-se ainda obrigados a lutar contra uma outra força. Uma que passa multas, umas atrás das outras, de bloco em riste, a tudo quanto é carro que para pelo centro. Eu já apanhei uma, o David outra, o António também. Nós não vamos fugir do centro, porque não temos outra opção, mas se pudéssemos, como tantos outros, se calhar optaríamos por outro local para as nossas compras, poupando assim o dinheiro da multa para prendas de Natal. Isto já está difícil só por si... não compliquem mais. Os comerciantes agradecem.
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Opinião » 2016-12-14 » Inês VidalTodos sentem a forte presença e concorrência das grandes superfícies
O mês de Dezembro tem qualquer magia que torna as pessoas ainda mais consumistas que durante o resto do ano. Não há um dia, especialmente aos fins-de-semana, que não se sinta o reboliço de gente e mais gente em todos os mais que muitos hipermercados de Torres Novas. O mesmo não podem dizer os comerciantes do comércio local. (Sim, este assunto de novo já velho e cada vez mais actual). Seja na zona alta ou baixa da cidade, todos sentem a forte presença e concorrência das grandes superfícies.
Aos cartões, descontões, parvalhões e outras coisas acabadas em "ões", rebatem com aquilo que de melhor têm e sabem: a proximidade e a individualização de cada cliente. Porque o Manuel não pode nunca ser igual ao João e a mãe de um nunca a mãe do outro. Porque um "m" nunca é só um "m" e um cheiro não assenta ou faz os gostos de todos. Porque nem todos os óculos assentam bem em todas as caras e porque nem todos podemos tomar aquele medicamento, mesmo que seja de venda livre. E ali, no comércio tradicional, seja no centro ou na zona alta, há sempre atrás do balcão alguém que sabe quem somos ou que pelo menos se interessa em vir a sabê-lo.
Mas apesar deste assunto já ser velho e de todos sabermos e sentirmos isto, continuamos a ir em cantigas e cartões, em promoções com grandes "senões". É por isso que nos dá um certo ânimo ver que, passando no centro histórico por exemplo, ali ainda ninguém se rendeu. Todos os anos surgem lojas novas, pessoas que se recusam a acomodar às ditaduras massificadas dos hipermercados e que acham que Torres Novas merece uma alternativa aos produtos que encontramos em prateleiras todas iguais.
E com as novas, se animam as que já por aí vão estando. Só entristece ver que o esforço não é reconhecido por todos. Não bastava já uma concorrência desleal, os comerciantes vêem-se ainda obrigados a lutar contra uma outra força. Uma que passa multas, umas atrás das outras, de bloco em riste, a tudo quanto é carro que para pelo centro. Eu já apanhei uma, o David outra, o António também. Nós não vamos fugir do centro, porque não temos outra opção, mas se pudéssemos, como tantos outros, se calhar optaríamos por outro local para as nossas compras, poupando assim o dinheiro da multa para prendas de Natal. Isto já está difícil só por si... não compliquem mais. Os comerciantes agradecem.
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia |