As máquinas estão a roubar o emprego aos cidadãos
Opinião » 2018-03-24 » AnabelaSantos"Louvor à máquina"
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r
Eterno!
Forte espasmo retido dos
Maquinismos em fúria!
(…)
Tenho os lábios secos,
ó grandes ruídos
Modernos,
(…)
E arde-me a cabeça de vos querer
Cantar com um excesso
(…)
Com um excesso
contemporâneo de
Vós, ó máquinas!
Tantas vezes me encontro com o poema “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa. E não há uma única vez que não sinta uma enorme vontade de ir ter com o poeta, esteja ele onde estiver, e abaná-lo, abaná-lo, abaná-lo, acordá-lo, tirá-lo do séc XX, trazê-lo ao dia de hoje e perguntar-lhe: - Era isto que o Álvaro queria? Vamos continuar a louvar as máquinas, a amá-las e a idolatrá-las?
“Ó coisas todas modernas/amo-vos a todas”
É isto?
Eu também louvo as máquinas, as novas tecnologias, a inteligência artificial, o desenvolvimento, mas qual será, ou já é, o preço a pagar por toda esta “Paixão”?O desemprego ... Real, assustador, concreto, provado e comprovado.
Vivemos na certeza de que o progresso na automatização leva a que cada vez menos haja necessidade de trabalhadores humanos.
As máquinas estão a roubar o emprego aos cidadãos. A automatização, nos dias de hoje, já põe em risco milhares de postos de trabalho. No futuro, com certeza, irá piorar.
Sem emprego não há dinheiro, sem dinheiro não há gastos, compras, investimentos, sem o dinheiro circular há crise, não há desenvolvimento.
Fala-se da vinda da geração dos “inúteis “. Inúteis não por opção mas por imposição. Pessoas que querem e precisam de trabalhar. Têm inteligência, qualificação, vontade de o fazer, mas …
E agora, Álvaro de Campos, já temos as máquinas … o que vamos fazer com os homens?
“Ó coisas todas modernas.”
As máquinas estão a roubar o emprego aos cidadãos
Opinião » 2018-03-24 » AnabelaSantosLouvor à máquina
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r
Eterno!
Forte espasmo retido dos
Maquinismos em fúria!
(…)
Tenho os lábios secos,
ó grandes ruídos
Modernos,
(…)
E arde-me a cabeça de vos querer
Cantar com um excesso
(…)
Com um excesso
contemporâneo de
Vós, ó máquinas!
Tantas vezes me encontro com o poema “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa. E não há uma única vez que não sinta uma enorme vontade de ir ter com o poeta, esteja ele onde estiver, e abaná-lo, abaná-lo, abaná-lo, acordá-lo, tirá-lo do séc XX, trazê-lo ao dia de hoje e perguntar-lhe: - Era isto que o Álvaro queria? Vamos continuar a louvar as máquinas, a amá-las e a idolatrá-las?
“Ó coisas todas modernas/amo-vos a todas”
É isto?
Eu também louvo as máquinas, as novas tecnologias, a inteligência artificial, o desenvolvimento, mas qual será, ou já é, o preço a pagar por toda esta “Paixão”?O desemprego ... Real, assustador, concreto, provado e comprovado.
Vivemos na certeza de que o progresso na automatização leva a que cada vez menos haja necessidade de trabalhadores humanos.
As máquinas estão a roubar o emprego aos cidadãos. A automatização, nos dias de hoje, já põe em risco milhares de postos de trabalho. No futuro, com certeza, irá piorar.
Sem emprego não há dinheiro, sem dinheiro não há gastos, compras, investimentos, sem o dinheiro circular há crise, não há desenvolvimento.
Fala-se da vinda da geração dos “inúteis “. Inúteis não por opção mas por imposição. Pessoas que querem e precisam de trabalhar. Têm inteligência, qualificação, vontade de o fazer, mas …
E agora, Álvaro de Campos, já temos as máquinas … o que vamos fazer com os homens?
“Ó coisas todas modernas.”
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
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