• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Quinta, 18 Abril 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Dom.
 26° / 11°
Céu limpo
Sáb.
 22° / 13°
Céu nublado com aguaceiros e trovoadas
Sex.
 26° / 14°
Períodos nublados
Torres Novas
Hoje  28° / 15°
Períodos nublados
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Mãe, palavras para ti… (todos os dias são dias das mães)

Opinião  »  2015-05-08  »  Maria Augusta Torcato

Com três letrinhas apenas

se escreve a palavra MÃE.

É das palavras mais pequenas

a maior que o mundo tem.


Mãe, eu e o meu irmão, muitas vezes, gostaríamos de dizer-te coisas. Coisas bonitas e belas, como mereces. De dar-te abraços e beijos como manifestação do carinho que te temos. Mas, às vezes, é difícil dizermos o que sentimos. É difícil expressar, por gestos, o nosso amor. Mas tu sabes ler os nossos olhos e sabes entender os nossos gestos. Os que fazemos e os que ficam por fazer. Vives preocupada, cansada e aflita. Não contigo, mas connosco, os teus filhos e os teus netos, a tua família. Mostras força, mesmo quando estás fraca. Mostras coragem, mesmo quando estás desiludida. Mostras vontade, mesmo quando te apetece é desistir. E tudo isto é por nós. Nós sabemos, Mãe.

Às vezes, zangamo-nos. Engraçado, agora que penso nisso, eu e tu é que nos zangamos mais. Com o meu irmão isso não acontece. Ele é mais apaziguador, relativiza, sorri e brinca, ”então, Mari’Esteves?” e, pronto, tudo fica bem. Mas as nossas zangas também não são verdadeiras. Passam logo. Andamos todos um pouco cansados, sem darmos o tempo que devemos a cada um e a todos nós. Tu andas um pouco perdida, porque vês os teus filhos sem tempo, sempre a correr ou ocupados e não compreendes por que motivo tem de ser assim. Aliás, sentes que as dificuldades são sempre maiores e não era isso que tinhas imaginado para nós.

Às vezes, olhamos em frente e não sabemos o que vemos. Parece que se tem sempre de voltar atrás. Mas o lá atrás já não é o mesmo. E isso pode ser bom, mas também pode não ser. Às vezes, já não sei se sou eu que penso que digo e não digo ou és tu que não ouves e, se ouves, esqueces. Queremos que te cuides, que vás ao médico, mas tu dizes que não, que queremos nós? O médico não cura tudo. Parece que as únicas coisas que se mantêm, como um ritual, são as que quotidiana e carinhosamente fazes: o almoço para o teu filho e para o teu neto (como te gabas de ouvir o pequenote, do fundo das escadas, dizer: ”hoje é carne”; ”hoje é peixe”; ”hoje é quarta feira” e ”até amanhã, avó”; ”adeus, avó!”) e o percurso vespertino até casa da tua filha. Há sempre tanto para fazer! Cães e gatos para tratar, casa e jardim para cuidar. E não esqueces as caixinhas com sopa e conduto, um pãozinho e outros mimos, porque sabes que eu não terei paciência nem tempo para cozinhar e tens medo que eu fique com fome. É assim sempre! Como consegues, mãe? Mas estamos todos preocupados. Demoras mais tempo a fazer o caminho. Chegas mais cansada. A tua mão esquerda ganhou autonomia e, de vez em quando, é a direita que a tem de agarrar. Eu vou vendo, vendo. E não quero que seja assim. Também sinto que queres fazer tudo, como se quisesses agarrar o tempo e impedir que ele te passe a perna. Não queres deixar nada para fazer, nada. Talvez tenhas razão, mãe. Dizes que o destino se encarrega das coisas e o que tiver de ser será. Mas eu não quero que envelheças mais, mãe! Podias ficar, pelo menos, assim? Desculpa o meu egoísmo. És a melhor mãe do mundo. És a nossa Mãe. E queremos dizer-te que te amamos muito. E também que te devemos muito!

 

 

 Outras notícias - Opinião


As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia »  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia

Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores.
(ler mais...)


Eleições "livres"... »  2024-03-18  »  Hélder Dias

Este é o meu único mundo! - antónio mário santos »  2024-03-08  »  António Mário Santos

Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza.
(ler mais...)


Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato »  2024-03-08  »  Maria Augusta Torcato

Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente.
(ler mais...)


A crise das democracias liberais - jorge carreira maia »  2024-03-08  »  Jorge Carreira Maia

A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David.
(ler mais...)


A carne e os ossos - pedro borges ferreira »  2024-03-08  »  Pedro Ferreira

Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA.
(ler mais...)


O Flautista de Hamelin... »  2024-02-28  »  Hélder Dias

Este mundo e o outro - joão carlos lopes »  2024-02-22 

Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”.
(ler mais...)


2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões »  2024-02-22  »  Jorge Cordeiro Simões

 

 


O dia 5 de Fevereiro de 2032, em que o Francisco Falcão fez 82 anos - aos quais nunca julgara ir chegar -, nasceu ainda mais frio do que os anteriores e este Inverno parecia ser nisso ainda pior que os que o antecederam, o que contribuiu para que cada vez com mais frequência ele se fosse deixando ficar na cama até mais tarde e neste dia festivo só de lá iria sair depois do meio-dia.
(ler mais...)


Avivar a memória - antónio gomes »  2024-02-22  »  António Gomes

Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento.

Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa.
(ler mais...)

 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia