Warning: file_get_contents(http://api.facebook.com/restserver.php?method=links.getStats&urls=jornaltorrejano.pt%2Fopiniao%2Fnoticia%2F%3Fn-cafde594): failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 400 Bad Request in /htdocs/public/www/inc/inc_pagina_noticia.php on line 148
Jornal Torrejano
 • SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Sexta, 07 Novembro 2025    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Seg.
 19° / 9°
Céu nublado com chuva fraca
Dom.
 18° / 7°
Períodos nublados
Sáb.
 19° / 9°
Períodos nublados
Torres Novas
Hoje  18° / 12°
Céu nublado com aguaceiros e trovoadas
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

CHEGA, UMA DAS CABEÇAS DA HIDRA - josé alves pereira

Opinião  »  2025-09-20  »  José Alves Pereira

Para o Chega, os problemas com que se debatem a sociedade e os portugueses só interessam na medida em que podem ser utilizados para produzir ruído de contornos populistas, explorando os ressentimentos e desconfianças, dando corda ao escarcéu mediático.

O facto de ter um grupo parlamentar, obtido através do voto popular, não o limpa de possuir na ourela a marca de ser uma organização politicamente mafiosa, atentatória da higiene pública e da decência democrática. Erigindo em slogan “Limpar Portugal”, bem se pode dizer que poderiam começar pela própria casa.

Denunciar a corrupção quando dentro de portas ela campeia, dizendo num dia e desdizendo no seguinte, vociferando a esmo numa berraria de quem parece combater algo importante, fazendo da arruaça, manipulação e mentira o seu modus vivendi.

Esbracejando para parecer que os poderosos não gostam deles, é no seu regaço que encontram o aconchego e o apoio financeiro e mediático que escondem.

Desde o grupo do Observador, ninho encubador do reaccionarismo intelectualizado, até aos canais televisivos sedentos de fait divers que lhe aumentem as audiências não olhando a meios para dar palco ao gauleiter, afirmando-se de anti-sistema mas sendo dele e para ele que trabalha. Em 2025, até ao final de julho, Ventura foi entrevistado, em exclusivo, 52 vezes nos vários canais de TV. No dia 19 de Agosto entrevista e comentários de 2 horas e 10 minutos no NOW; ainda no dia 28, na SIC Notícias foram 42 minutos; em 9 Setembro na CNN mais 50 minutos. E todos os dias sob qualquer pretexto as TVs amigas lhe concedem tempo de antena. Os registos de Agosto e Setembro foram ocasionais. É obra! Na guerra das audiências, as TVs quando precisam de um número circense, convocam o Ventura para largar umas intrujices e dar umas piruetas verbais.

O Chega explora medos, ressentimentos e frustrações sociais de sectores que devido às políticas de direita, com múltiplos enlaces e responsáveis, não vêem os seus problemas resolvidos; em contrapartida, silencia-se e dá cobertura às manobras dos predadores da riqueza produzida pelos trabalhadores portugueses e também pelos imigrantes, que os cheguistas perseguem.

O Chega nada tem para apresentar de substantivo para obstar a essas políticas. Racismo, xenofobia, ódio antidemocrático contra sectores socialmente mais débeis ou marginalizados. Não nos iludamos. O Chega é a guarda avançada da tropa fandanga dos poderes políticos, económicos, financeiros, ideológicos e mediáticos que pretendem rever a história, fazendo-nos retroceder aos negros tempos de má memória, num ajuste de contas com os segmentos sociais que se revêem no 25 de Abril de 1974.

Com uma simulada ingenuidade interrogava-se um conhecido comentador: “O que quer o Chega?” Independentemente dos resultados imediatos, a vozearia radicalizada empurra o discurso para os limites da irracionalidade, aprofundando a erosão social, descentrando o cerne dos problemas com que os cidadão se debatem. Este comportamento serve os sectores da direita para representarem o papel de responsáveis e moderados. A cedência política e ideológica de franjas da direita tradicional, caso do PSD e do CDS, com adaptação ao discurso do Chega, prenuncia não uma resistência à deriva reaccionária, mas uma capitulação a essa deriva. Se nalguns casos essa acção parece a contragosto, noutros é evidente um comprazimento pelo alinhamento. Outro elemento negativo reporta a elementos do PS que por ambições pessoais estão a engrossar as hostes cheguistas em listas eleitorais.

O Chega é a cabeça mais visível da hidra filofascista albergando no seu seio arrivistas políticos e sociais desavindos com os seus partidos.

São múltiplos os sinais que se vão manifestando sob diversos disfarces, de forma clara ou subliminar. Isso é perceptível nas declarações de alguns juízes com assento no TC para quem os votos de não apoio, de outros juízes, a uma medida governamental só pode ter motivações ideológicas. Motivações que, evidentemente, são apenas dos outros. O fascismo de antes de Abril também tinha os seus juízes e os seus julgadores não ideológicos. A forma como os argumentos de alguns sectores responsáveis vão escorregando para a lengalenga do Chega é preocupante.

Ventura é um farsolas habilidoso, tresandando ao fedor fascistóide, fabricante de rábulas, manipulador contumaz, intriguista e mentiroso, não olhando a meios para atingir os fins, desprezando as mais elementares regras de convivência cívica. A Assembleia da República assistiu há dias ao espectáculo grotesco, pela iniciativa dos cheguistas, de uma votação em rebanho daqueles parlamentares em apoio a uma declarada aldrabice do Ventura.

Mais cedo que tarde, muitos dos seus seguidores, sejam eleitores ou simples apoiantes de algumas das suas posições populistas, vão perceber o quanto de perigoso encerra este conto do vigário político que é o Chega.

Ventura é um trumpezinho em versão caseira, comandando uma hoste de gente destituída de moral e carácter democrático. O Chega é o ovo onde incuba o embrião da serpente fascista.

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 Outras notícias - Opinião


Se me for permitido - antónio mário santos »  2025-10-18  »  António Mário Santos

Em democracia, o voto do povo é soberano. Tanto os vencedores, como os vencidos, devem reflectir no resultado das opções populares, como na consequência para os projectos com que se apresentaram na campanha. Sou um dos perdedores.
(ler mais...)


Autárquicas em Torres Novas - jorge carreira maia »  2025-10-18  »  Jorge Carreira Maia

Trincão Marques. O PS perdeu 1533 votos (diminui 7,7%) e dois vereadores. Uma vitória risível, quase uma derrota de Trincão Marques? Pelo contrário. A candidatura socialista tinha contra si 3 factores importantes: 1.
(ler mais...)


O universo num grão de areia - carlos paiva »  2025-10-18  »  Carlos Paiva

Somos um povo granular. Se há algum denominador comum no nosso comportamento, é esse o mais evidente. Por defeito, permanecemos divididos em pequenos domínios e, apenas pontualmente, mediante grande pressão, somos capazes de união num bloco sólido.
(ler mais...)


Martim Sousa Tavares e o efeito da arte - inês vidal »  2025-10-04  »  Inês Vidal

Sinto-me sempre noutra cidade, numa daquelas grandes, bem cotadas, por essa Europa adentro, quando me sento no auditório da Biblioteca Municipal de Torres Novas a ouvir Martim Sousa Tavares. Na terceira conferência do ciclo “Arte, beleza e significado ao longo do tempo”, que tem estado a promover na cidade ao longo deste ano, Martim fala de vida e de arte, começando na música clássica, passando pela escultura e pela pintura, indo da ópera ao teatro.
(ler mais...)


Equívocos desastrosos - acácio gouveia »  2025-10-04  »  Acácio Gouveia

Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins

Jean Jacques Rousseau

 

Quando ouço os generais Agostinho Sousa ou Carlos Branco tecerem considerações acerca da guerra na Ucrânia, presumo que estejam cronologicamente desfasados e, ao lançar os olhares para leste, vislumbrem a sigla CCCP e não РФ.
(ler mais...)


Mitos e lendas de Kaispergama - carlos paiva »  2025-10-04 

Diz o ditado popular: mãos ociosas são a oficina do diabo. Sendo o cérebro o principal órgão do ser humano, cuja capacidade superior o distingue dos outros seres vivos, é órgão feito para pensar.
(ler mais...)


Terramotos, tsunamis e incêndios - jorge carreira maia »  2025-10-02  »  Jorge Carreira Maia

Corre como se fosse uma maldição chinesa, mas é duvidosa a origem. Diz o seguinte: “Que vivas tempos interessantes!”. Ora, não apenas os tempos são interessantes, como muitos de nós os vivem como uma maldição.
(ler mais...)


Linguagem comum - jorge carreira maia »  2025-09-20  »  Jorge Carreira Maia

As democracias vivem do desacordo e do conflito entre perspectivas e interesses políticos divergentes. Contudo, esses desacordos e conflitos estão enraizados numa linguagem comum que permite que os projectos políticos sejam julgados pelo voto popular, sem isso representar um problema para quem defende projectos derrotados, nem dar um acréscimo de poder e de legitimidade – para além do que está na lei – a quem vence.
(ler mais...)


O regresso à escola - antónio mário santos »  2025-09-20  »  António Mário Santos

Os meus três netos regressaram, hoje, como milhares no país, à escola pública. Levam na mochila, além de livros e cadernos, cada um o seu telemóvel. Alunos do 6.º e 10.º ano de escolaridade, têm os primeiros, pela frente uma novidade: a proibição, não só nas aulas, mas no recinto escolar, do uso daquele instrumento tecnológico.
(ler mais...)


Um país a brincar - carlos paiva »  2025-09-20  »  Carlos Paiva

"A malta sabe que é curto. Mas vai ter de dar." Episódios ilustradores da mentalidade portuguesa, em versão condensada. Ou, a cronologia recente em pontos altos, do culto da irresponsabilidade endémica lusitana.

 Acidente de aviação na ilha da Madeira em 1977, do qual resultaram 131 mortos.
(ler mais...)

 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2025-10-18  »  Jorge Carreira Maia Autárquicas em Torres Novas - jorge carreira maia
»  2025-10-18  »  António Mário Santos Se me for permitido - antónio mário santos
»  2025-10-18  »  Carlos Paiva O universo num grão de areia - carlos paiva