O rio do nosso (des) contentamento
Opinião » 2015-11-03 » António Gomes
A Assembleia Municipal de Torres Novas reuniu no passado dia 29, com um único ponto na agenda: o ambiente no concelho de Torres Novas.
Oportuna esta reunião da AM. O concelho de Torres Novas tem um potencial enorme na área ambiental. Desde a Serra ao Rio Almonda, onde pontua o Paúl do Boquilobo, é todo um conjunto de ofertas que estão por explorar, atividades económicas, da agricultura à indústria, do lazer ao turismo, que têm estado arredados da agenda política local e completamente desprezados pela autarquia nas últimas décadas.
Existem graves problemas relacionados com o meio ambiente, existe neste concelho um passivo ambiental muito acentuado. Desde as lixeiras na serra, à poluição do rio e dos ribeiros, ao grave problema da vala das Cordas, até aos perigos que rondam o Paul do Boquilobo.
O ar que respiramos, as ribeiras e rios que nos circundam, a fauna e a flora que nos envolvem não são propriedade de ninguém, não são para serem usadas como muito bem se entende. O meio ambiente é de todos, é para usar com respeito por todos e é para usar com respeito pelas normas, pelas leis, e com bom senso.
É certo que o ambiente envolve muita coisa, podíamos falar das abelhas que estão a ser dizimadas e sem abelhas muitos alimentos desaparecem, podíamos falar do pesticida glifosato, utilizado pelas autarquias na deservagem química que se infiltra no solo causando problemas nas aguas subterrâneas, podíamos falar da flora, podíamos falar dos eucaliptos que tudo secam à sua volta e do perigo que constituem para a propagação de incêndios, podíamos falar da fauna junto aos rios e ribeiras que já desapareceu, ou está muito reduzida, os tira-olhos, as borboletas, os luze-cus e do equilíbrio que significavam na vida animal.
Mas a situação do rio Almonda e os crimes ambientais a que tem estado sujeito tem que merecer a principal atenção dos responsáveis políticos e da opinião pública.
Este rio que atravessa todo o concelho, que transporta vida, ou devia transportar, que proporciona lazer, que proporciona atividades económicas, que pode gerar emprego, que pode gerar riqueza.
Este rio que quando chega quase ao fim do seu curso, ainda alimenta uma zona húmida, duma riqueza extraordinária, o Paúl do Boquilobo, reserva da Biosfera, que corre risco de ser desvalorizada.
Este rio encontra-se poluído, encontra-se desprezado, encontra-se inacessível, esquecido.
O rio Almonda é de todas as pessoas, mas só algumas se servem dele e para o destruir, é o que temos assistido nas últimas décadas, com os poderes públicos a tudo permitirem, vão assistindo passivamente à destruição e à morte deste belo rio.
Apesar de terem sido feitas propostas concretas, a Assembleia Municipal nada decidiu, apenas generalidades impostas pelo PS, o que pode significar que continua tudo na mesma, que não há qualquer vontade de resolver seja o que for. Lamenta-se.
O desenvolvimento só o é se for sustentável, se respeitar o meio ambiente.
O rio do nosso (des) contentamento
Opinião » 2015-11-03 » António GomesA Assembleia Municipal de Torres Novas reuniu no passado dia 29, com um único ponto na agenda: o ambiente no concelho de Torres Novas.
Oportuna esta reunião da AM. O concelho de Torres Novas tem um potencial enorme na área ambiental. Desde a Serra ao Rio Almonda, onde pontua o Paúl do Boquilobo, é todo um conjunto de ofertas que estão por explorar, atividades económicas, da agricultura à indústria, do lazer ao turismo, que têm estado arredados da agenda política local e completamente desprezados pela autarquia nas últimas décadas.
Existem graves problemas relacionados com o meio ambiente, existe neste concelho um passivo ambiental muito acentuado. Desde as lixeiras na serra, à poluição do rio e dos ribeiros, ao grave problema da vala das Cordas, até aos perigos que rondam o Paul do Boquilobo.
O ar que respiramos, as ribeiras e rios que nos circundam, a fauna e a flora que nos envolvem não são propriedade de ninguém, não são para serem usadas como muito bem se entende. O meio ambiente é de todos, é para usar com respeito por todos e é para usar com respeito pelas normas, pelas leis, e com bom senso.
É certo que o ambiente envolve muita coisa, podíamos falar das abelhas que estão a ser dizimadas e sem abelhas muitos alimentos desaparecem, podíamos falar do pesticida glifosato, utilizado pelas autarquias na deservagem química que se infiltra no solo causando problemas nas aguas subterrâneas, podíamos falar da flora, podíamos falar dos eucaliptos que tudo secam à sua volta e do perigo que constituem para a propagação de incêndios, podíamos falar da fauna junto aos rios e ribeiras que já desapareceu, ou está muito reduzida, os tira-olhos, as borboletas, os luze-cus e do equilíbrio que significavam na vida animal.
Mas a situação do rio Almonda e os crimes ambientais a que tem estado sujeito tem que merecer a principal atenção dos responsáveis políticos e da opinião pública.
Este rio que atravessa todo o concelho, que transporta vida, ou devia transportar, que proporciona lazer, que proporciona atividades económicas, que pode gerar emprego, que pode gerar riqueza.
Este rio que quando chega quase ao fim do seu curso, ainda alimenta uma zona húmida, duma riqueza extraordinária, o Paúl do Boquilobo, reserva da Biosfera, que corre risco de ser desvalorizada.
Este rio encontra-se poluído, encontra-se desprezado, encontra-se inacessível, esquecido.
O rio Almonda é de todas as pessoas, mas só algumas se servem dele e para o destruir, é o que temos assistido nas últimas décadas, com os poderes públicos a tudo permitirem, vão assistindo passivamente à destruição e à morte deste belo rio.
Apesar de terem sido feitas propostas concretas, a Assembleia Municipal nada decidiu, apenas generalidades impostas pelo PS, o que pode significar que continua tudo na mesma, que não há qualquer vontade de resolver seja o que for. Lamenta-se.
O desenvolvimento só o é se for sustentável, se respeitar o meio ambiente.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
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