“Ti António” leva DIM da Assembleia com votos contra do Bloco (corrigida)
Sociedade » 2017-07-13Empresa de resíduos perigosos é de Outeiro Pequeno
“Estão a gozar com a nossa cara”, disse António Gomes, do BE
A apreciação de vários pedidos de Declarações de Interesse Municipal (DIM), por parte de várias empresas do concelho, com vista a regularizarem, em grande parte dos casos, obras não licenciadas por terem sido realizadas de forma ilegal, constituía o assunto mais importante da assembleia municipal de Torres Novas, realizada na passada terça-feira.
O caso mais polémico dizia respeito à empresa de carnes “Ti António” que, conforme o JT noticiou, já tinha sido beneficiada com uma DIM em finais de 2015 para regularizar construções que não estavam licenciadas ate aí e que, agora, vinha pedir uma nova DIM, em forma de “aditamento”, para regularizar construções executadas no início deste ano de 2017 e que mereceram uma notificação da fiscalização camarária e a competente contra-ordenação, com vista à aplicação de uma multa, para além do embargo das obras, obrigatório nestes casos, procedimento este que se desconhece, em boa verdade, se foi executado pelo presidente da câmara conforma a lei manda.
O relatório dos serviços técnicos da câmara começa por induzir em erro quem o analisa, disse António Gomes, do BE, pois o aumento da área das construções que a empresa queria agora legalizar ao abrigo de uma lei de excepção se cifra em 39% da área actual e não em 19%, como escreve o técnico camarário. Gomes afirmou que esta atitude da empresa “Ti António”, de “construir obras clandestinas” depois de ter recebido uma DIM, aprovada pela câmara e pela assembleia, “é gozar com a nossa cara”. O vogal bloquista defendeu que aprovar o novo pedido da empresa era estar a utilizar duplicidade de critérios e que, quem aprovasse o pedido, estaria “a dar um tiro no pé”, referindo-se indirectamente ao caso da Fabrióleo.
José Luís Jacinto, do PSD, veio em socorro de António Gameiro, o proprietário da empresa, afirmando que “é muito boa pessoa”, “é de Torres Novas e tem de ser ajudado”, defendendo que as suiniculturas não poluem e que “o Bloco de Esquerda deve ter alguma coisa contra os porcos”, embora não se tenha referido às obras em causa, nem à contra-ordenação que foi movida à empresa. Arnaldo Santos, também da bancada do PSD perguntou como estava o processo de contra-ordenação, tendo o vice-presidente Luís Silva afirmado que “o processo está concluído”. Mais uma vez, nem o responsável do pelouro nem o presidente esclareceram como na realidade está o processo, se houve multa, se ela foi paga ou contestada pela empresa, tal como fez a Fabrióleo, se houve embrago das obras.
A CDU não teceu comentários à questão, remetendo a sua posição para uma declaração de voto a anexar à acta da sessão. Posta à votação, a DIM pedida pela “Ti António” foi aprovada pelos votos do PS, PSD, CDS e presidentes das juntas, a abstenção da CDU e o voto contra do Bloco de Esquerda.
Outro pedido de DIM dizia respeito a uma empresa de resíduos instalada no centro da aldeia de Outeiro Pequeno, cujo relatório técnico dos serviços camarários apontava para altos índices de perigosidade. A empresa trabalha com resíduos perigosos e está instalada no centro da própria povoação (imagem da foto), a actividade é susceptível de contaminar o sub-solo, mas o presidente da junta da freguesia de Assentis, Leonel Santos, disse: ”Quem nos dera que houvesse mais empresas como esta”.
Segundo o relatório técnico do processo, “verifica-se que o estabelecimento se localiza na rua Principal do aglomerado urbano de Outeiro Pequeno (…) acarreta inconvenientes para a população, destacando-se o ruído provocado pela actividade e o tráfego pesado (…) Considera-se a localização do estabelecimento como desfavorável. Destaca-se, por um lado, a inserção num núcleo urbano com os inerentes inconvenientes sobre a população e, por outro, o facto de a gestão de resíduos perigosos ser uma actividade com elevado risco de poluição e de contaminação do solo e, consequentemente, das águas subterrâneas” .
António Gomes, do BE, alertou para a existências de dois CIRVER, na Chamusca, centros dedicados exactamente ao processamento de resíduos perigosos, destinados a absorver esses resíduos e permitir retirar essas actividades de locais menos próprios, ou escandalosamente impróprios, como seja o centro de uma povoação, mas não comoveu a maioria. O pedido de DIM foi aprovado pelo PS e presidentes das juntas, o PSD deixou passar abstendo-se, a CDU e o Bloco votaram contra.
“Ti António” leva DIM da Assembleia com votos contra do Bloco (corrigida)
Sociedade » 2017-07-13Empresa de resíduos perigosos é de Outeiro Pequeno
“Estão a gozar com a nossa cara”, disse António Gomes, do BE
A apreciação de vários pedidos de Declarações de Interesse Municipal (DIM), por parte de várias empresas do concelho, com vista a regularizarem, em grande parte dos casos, obras não licenciadas por terem sido realizadas de forma ilegal, constituía o assunto mais importante da assembleia municipal de Torres Novas, realizada na passada terça-feira.
O caso mais polémico dizia respeito à empresa de carnes “Ti António” que, conforme o JT noticiou, já tinha sido beneficiada com uma DIM em finais de 2015 para regularizar construções que não estavam licenciadas ate aí e que, agora, vinha pedir uma nova DIM, em forma de “aditamento”, para regularizar construções executadas no início deste ano de 2017 e que mereceram uma notificação da fiscalização camarária e a competente contra-ordenação, com vista à aplicação de uma multa, para além do embargo das obras, obrigatório nestes casos, procedimento este que se desconhece, em boa verdade, se foi executado pelo presidente da câmara conforma a lei manda.
O relatório dos serviços técnicos da câmara começa por induzir em erro quem o analisa, disse António Gomes, do BE, pois o aumento da área das construções que a empresa queria agora legalizar ao abrigo de uma lei de excepção se cifra em 39% da área actual e não em 19%, como escreve o técnico camarário. Gomes afirmou que esta atitude da empresa “Ti António”, de “construir obras clandestinas” depois de ter recebido uma DIM, aprovada pela câmara e pela assembleia, “é gozar com a nossa cara”. O vogal bloquista defendeu que aprovar o novo pedido da empresa era estar a utilizar duplicidade de critérios e que, quem aprovasse o pedido, estaria “a dar um tiro no pé”, referindo-se indirectamente ao caso da Fabrióleo.
José Luís Jacinto, do PSD, veio em socorro de António Gameiro, o proprietário da empresa, afirmando que “é muito boa pessoa”, “é de Torres Novas e tem de ser ajudado”, defendendo que as suiniculturas não poluem e que “o Bloco de Esquerda deve ter alguma coisa contra os porcos”, embora não se tenha referido às obras em causa, nem à contra-ordenação que foi movida à empresa. Arnaldo Santos, também da bancada do PSD perguntou como estava o processo de contra-ordenação, tendo o vice-presidente Luís Silva afirmado que “o processo está concluído”. Mais uma vez, nem o responsável do pelouro nem o presidente esclareceram como na realidade está o processo, se houve multa, se ela foi paga ou contestada pela empresa, tal como fez a Fabrióleo, se houve embrago das obras.
A CDU não teceu comentários à questão, remetendo a sua posição para uma declaração de voto a anexar à acta da sessão. Posta à votação, a DIM pedida pela “Ti António” foi aprovada pelos votos do PS, PSD, CDS e presidentes das juntas, a abstenção da CDU e o voto contra do Bloco de Esquerda.
Outro pedido de DIM dizia respeito a uma empresa de resíduos instalada no centro da aldeia de Outeiro Pequeno, cujo relatório técnico dos serviços camarários apontava para altos índices de perigosidade. A empresa trabalha com resíduos perigosos e está instalada no centro da própria povoação (imagem da foto), a actividade é susceptível de contaminar o sub-solo, mas o presidente da junta da freguesia de Assentis, Leonel Santos, disse: ”Quem nos dera que houvesse mais empresas como esta”.
Segundo o relatório técnico do processo, “verifica-se que o estabelecimento se localiza na rua Principal do aglomerado urbano de Outeiro Pequeno (…) acarreta inconvenientes para a população, destacando-se o ruído provocado pela actividade e o tráfego pesado (…) Considera-se a localização do estabelecimento como desfavorável. Destaca-se, por um lado, a inserção num núcleo urbano com os inerentes inconvenientes sobre a população e, por outro, o facto de a gestão de resíduos perigosos ser uma actividade com elevado risco de poluição e de contaminação do solo e, consequentemente, das águas subterrâneas” .
António Gomes, do BE, alertou para a existências de dois CIRVER, na Chamusca, centros dedicados exactamente ao processamento de resíduos perigosos, destinados a absorver esses resíduos e permitir retirar essas actividades de locais menos próprios, ou escandalosamente impróprios, como seja o centro de uma povoação, mas não comoveu a maioria. O pedido de DIM foi aprovado pelo PS e presidentes das juntas, o PSD deixou passar abstendo-se, a CDU e o Bloco votaram contra.
Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril » 2024-04-22 Em simultâneo com as comemorações levadas a efeito pelo município, realizam-se também no concelho outras iniciativas: no dia 23 há um debate sobre mediação cultural no Museu Agrícola de Riachos, às 11 horas, às 19 uma sessão musical no auditório da biblioteca de Torres Novas, com a participação do coro de Alcorriol e da Banda Operária, no dia 25 de Abril um almoço comemorativo no Hotel dos Cavaleiros, uma arruada com desfile popular da praça 5 de Outubro para o Parque da Liberdade, às 15H0 e pelas 17H, no largo da Igreja Velha, em Riachos, uma sessão musical promovida pelo Paralelo 39. |
25 de Abril em Alcanena: Ana Lains com António Saiote » 2024-04-22 O programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril terá início no dia 24 de Abril, quarta-feira, com o concerto comemorativo “António Saiote convida Ana Laíns, às 21:30h, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, seguido da atuação do DJ Pedro Galinha, às 23:30h (ambos de entrada livre). |
MÚSICA: Rui Veloso em Alcanena » 2024-04-22 Integrado no programa de comemorações do 110.º aniversário da Fundação do Concelho de Alcanena, terá lugar, no dia 8 de Maio, quarta-feira, às 21h30, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, um concerto de Rui Veloso, um dos grandes nomes da música portuguesa e um dos mais influentes, com uma carreira repleta de sucessos, que atravessam gerações. |
Comemorações do 50.º aniversário do 25 de abril, em Torres Novas » 2024-04-22 O Município de Torres Novas assinala o Dia da Liberdade com um programa comemorativo do 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, que inclui a sessão solene, a decorrer pela manhã, no Parque da Liberdade, onde à tarde serão homenageados os presos políticos naturais e residentes em Torres Novas à altura em que foram detidos. |
Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda » 2024-04-22 O Ministério Público mandou arquivar, por falta de provas, a participação movida pela empresa Renova contra vários cidadãos que passaram o ‘Dia da Espiga’ junto à nascente do Rio Almonda, alegando “danos e invasão de propriedade privada”. |
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