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GENTE DE CÁ E DE LÁ (11)
Sociedade » 2014-04-04
Sara Brites, 25 anos, hotelaria
Sara Brites tem 25 anos e é natural de Torres Novas. Licenciada em restauração e catering pela Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, do Instituto Politécnico de Lisboa, cedo percebeu que a emigração era o seu caminho. Entre 2010 e 2011 trabalhou num hotel em Fátima, mas a vontade de desenvolvimento pessoal e de continuar os estudos levaram-na por essa Europa. Na Suiça, fez um MBA em International Hospitality Management, na Universidade Centre Switzerland, que concluíu em 2013.
Há dois meses vive em Londres, mas passou já por Luzerna (Suiça), Jersey (Reino Unido) e por Praga (República Checa). Depois de concluir os estudos na Suiça entrou num ”managment programme”, no Landmark Hotel London, onde se encontra actualmente.
Partiu sozinha para qualquer um destes países e, desde cedo, encontrou também muitas diferenças no mercado de trabalho que a recebeu: ”Aqui em Londres, como na Suíça, as condições de trabalho são bastante melhores que em Portugal. No que toca a ordenados, em ambos dá para pagar as despesas, para poupar algum, viajar e para extras supérfluos, o que em Portugal se torna mais complicado. As condições de trabalho dependem muito das empresas onde se trabalha - muitas deles conseguem fugir ao que é obrigatório por lei. Já trabalhei para hotéis muitos maus, onde trabalhava 14 horas sem receber nenhuma compensação e apenas um dia de folga, mas agora encontro-me num bastante bom, onde são pagas horas extras, há um horário de 40 horas semanais e planos de desenvolvimento de carreira”, conta Sara Brites. Mas, a maior diferença que Sara encontra é na forma de encarar a vida: ”A maior diferença é no consumismo e na maneira de viver: ganha-se mais, então compra-se mais, há negócios em maior quantidade e as pessoas vivem melhor. Não podemos culpar os portugueses de não terem dinheiro para gastar, mas se houvesse um pouco mais, talvez a economia começasse a recuperar mais rápido. Posso dizer que, em termos comparativos, entre o que se ganha e o que se paga pelos bens essenciais, estes por cá são bastante mais baratos do que em Portugal”, lamenta.
A língua dos países que conheceu tornaram-se um entrave, pelo menos na Suiça e na República Checa, cujos idiomas que não dominava. Em Londres essa questão não se coloca, já que o inglês é uma língua em que é fluente.
De casa, sente falta de quase tud da família, do tempo, da comida e das pessoas. Mas há uma coisa de que não sente qualquer falta, como contou: ”Sinto falta de tudo, menos da maneira como o país e os governos estão a ser manipulados pelas multinacionais e pela União Europeia”, critica.
Voltar a Portugal está entre os seus sonhos, mas não para já, sem a estabilidade que tem em Londres: ”A qualidade de vida é algo muito difícil de alcançar em Portugal onde me oferecem contratos de seis meses. Não vou voltar para já, não quando no estrangeiro me são oferecidos contratos sem termo”, conclui Sara Brites.
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GENTE DE CÁ E DE LÁ (11)
Sociedade » 2014-04-04
Sara Brites, 25 anos, hotelaria
Sara Brites tem 25 anos e é natural de Torres Novas. Licenciada em restauração e catering pela Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, do Instituto Politécnico de Lisboa, cedo percebeu que a emigração era o seu caminho. Entre 2010 e 2011 trabalhou num hotel em Fátima, mas a vontade de desenvolvimento pessoal e de continuar os estudos levaram-na por essa Europa. Na Suiça, fez um MBA em International Hospitality Management, na Universidade Centre Switzerland, que concluíu em 2013.
Há dois meses vive em Londres, mas passou já por Luzerna (Suiça), Jersey (Reino Unido) e por Praga (República Checa). Depois de concluir os estudos na Suiça entrou num ”managment programme”, no Landmark Hotel London, onde se encontra actualmente.
Partiu sozinha para qualquer um destes países e, desde cedo, encontrou também muitas diferenças no mercado de trabalho que a recebeu: ”Aqui em Londres, como na Suíça, as condições de trabalho são bastante melhores que em Portugal. No que toca a ordenados, em ambos dá para pagar as despesas, para poupar algum, viajar e para extras supérfluos, o que em Portugal se torna mais complicado. As condições de trabalho dependem muito das empresas onde se trabalha - muitas deles conseguem fugir ao que é obrigatório por lei. Já trabalhei para hotéis muitos maus, onde trabalhava 14 horas sem receber nenhuma compensação e apenas um dia de folga, mas agora encontro-me num bastante bom, onde são pagas horas extras, há um horário de 40 horas semanais e planos de desenvolvimento de carreira”, conta Sara Brites. Mas, a maior diferença que Sara encontra é na forma de encarar a vida: ”A maior diferença é no consumismo e na maneira de viver: ganha-se mais, então compra-se mais, há negócios em maior quantidade e as pessoas vivem melhor. Não podemos culpar os portugueses de não terem dinheiro para gastar, mas se houvesse um pouco mais, talvez a economia começasse a recuperar mais rápido. Posso dizer que, em termos comparativos, entre o que se ganha e o que se paga pelos bens essenciais, estes por cá são bastante mais baratos do que em Portugal”, lamenta.
A língua dos países que conheceu tornaram-se um entrave, pelo menos na Suiça e na República Checa, cujos idiomas que não dominava. Em Londres essa questão não se coloca, já que o inglês é uma língua em que é fluente.
De casa, sente falta de quase tud da família, do tempo, da comida e das pessoas. Mas há uma coisa de que não sente qualquer falta, como contou: ”Sinto falta de tudo, menos da maneira como o país e os governos estão a ser manipulados pelas multinacionais e pela União Europeia”, critica.
Voltar a Portugal está entre os seus sonhos, mas não para já, sem a estabilidade que tem em Londres: ”A qualidade de vida é algo muito difícil de alcançar em Portugal onde me oferecem contratos de seis meses. Não vou voltar para já, não quando no estrangeiro me são oferecidos contratos sem termo”, conclui Sara Brites.
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Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril » 2024-04-22 Em simultâneo com as comemorações levadas a efeito pelo município, realizam-se também no concelho outras iniciativas: no dia 23 há um debate sobre mediação cultural no Museu Agrícola de Riachos, às 11 horas, às 19 uma sessão musical no auditório da biblioteca de Torres Novas, com a participação do coro de Alcorriol e da Banda Operária, no dia 25 de Abril um almoço comemorativo no Hotel dos Cavaleiros, uma arruada com desfile popular da praça 5 de Outubro para o Parque da Liberdade, às 15H0 e pelas 17H, no largo da Igreja Velha, em Riachos, uma sessão musical promovida pelo Paralelo 39. |
25 de Abril em Alcanena: Ana Lains com António Saiote » 2024-04-22 O programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril terá início no dia 24 de Abril, quarta-feira, com o concerto comemorativo “António Saiote convida Ana Laíns, às 21:30h, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, seguido da atuação do DJ Pedro Galinha, às 23:30h (ambos de entrada livre). |
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MÚSICA: Rui Veloso em Alcanena » 2024-04-22 Integrado no programa de comemorações do 110.º aniversário da Fundação do Concelho de Alcanena, terá lugar, no dia 8 de Maio, quarta-feira, às 21h30, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, um concerto de Rui Veloso, um dos grandes nomes da música portuguesa e um dos mais influentes, com uma carreira repleta de sucessos, que atravessam gerações. |
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Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda
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O Ministério Público mandou arquivar, por falta de provas, a participação movida pela empresa Renova contra vários cidadãos que passaram o ‘Dia da Espiga’ junto à nascente do Rio Almonda, alegando “danos e invasão de propriedade privada”. |
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Espectáculo de porcos em Riachos causa estranheza
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Anunciava-se no cartaz das actividades do dia 7 de Abril, domingo, da Associação Equestre Riachense, como “porcalhada”. Mas estaria longe de imaginar-se que o espectáculo prometido seria um exercício de perseguição a um leitão, num chiqueiro, até o animal, aterrorizado, ser atirado para dentro de um recipiente situado no meio do recinto. |
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