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PSD contesta falta de orientação, BE critica apresentação das contas da empresa municipal
Sociedade » 2014-04-16Não obstante os resultados financeiros apresentados pela Turriespaços, relativamente a 2013 que, segundo a câmara municipal, demonstram "uma redução significativa de custos" de 17 por cento face ao ano anterior, a oposição mantém críticas àquela estrutura. Henrique Reis, vereador do PSD, diz que não há estratégia.
Na reunião da câmara de Torres Novas do passado dia 8 de Abril foi apreciado o relatório de contas referente a 2013 da Turriespaços, empresa municipal de Torres Novas. Luís Silva, vereador e presidente do conselho de administração, sublinhou que houve uma redução de custos de 17 por cento face ao ano anterior, de 1 milhão e 615 mil euros (2012) para 1 milhão e 543 mil euros. Mas estes números não convenceram a oposição.
Helena Pinto, vereadora do Bloco de Esquerda, criticou desde logo a forma enviesada como alguns números foram presentados. Na sua opinião, os gráficos foram produzidos para passar uma informação que não corresponde à realidade.
”Não nos parece uma prática saudável a apresentação, ao nível da escolha e da dimensão quantitativa dos intervalos dos gráficos de barras, com a intenção de dar uma ilusão de pouco decréscimo de alguns parâmetros e de um ilusório aumento de outros”, disse. E acrescentou: ”Na análise ao número de visitantes e da receita da feira medieval recorre-se a este malabarismo gráfico para tentar ilustrar um aumento de entradas pagas e atenuar a imagem de uma quebra de receita de cerca de 20 mil euros. Estas práticas não ajudam a credibilizar o documento”, precisou.
”No que toca às contas e demonstração de resultados, mantemos a nossa posição de que um empolamento de receitas com vista à descida percentual do financiamento público e, consequentemente, ao cumprimento da legislação em vigor, as contas de 2013 contaram ainda com o artifício de receitas de ”actividades-piloto”, realizadas entre Setembro e Dezembro”, referindo-se Helena Pinto ao PAPAF.
Henrique Reis, vereador do PSD, não se debruçou tanto sobre os números, mas criticou o que considera a falta de estratégia para a EM. ”Tanto quanto parece não existe uma estratégia coerente, uma linha condutora, um encadeamento lógico. Não existe um caminho definido nem uma orientação clara”, refere um comunicado divulgado pela secção de Torres Novas do PSD.
No mesmo documento, o PSD revela ainda que o momento deveria ser aproveitado para ”reequacionar a empresa, as suas competências e atribuições, e a sua existência”, pois esta actualmente ”actua em áreas que concorrem com outras empresas do concelho, ”o que não se afigura de todo como o caminho correcto a seguir”.
© 2024 • www.jornaltorrejano.pt • jornal@jornaltorrejano.pt
PSD contesta falta de orientação, BE critica apresentação das contas da empresa municipal
Sociedade » 2014-04-16Não obstante os resultados financeiros apresentados pela Turriespaços, relativamente a 2013 que, segundo a câmara municipal, demonstram "uma redução significativa de custos" de 17 por cento face ao ano anterior, a oposição mantém críticas àquela estrutura. Henrique Reis, vereador do PSD, diz que não há estratégia.
Na reunião da câmara de Torres Novas do passado dia 8 de Abril foi apreciado o relatório de contas referente a 2013 da Turriespaços, empresa municipal de Torres Novas. Luís Silva, vereador e presidente do conselho de administração, sublinhou que houve uma redução de custos de 17 por cento face ao ano anterior, de 1 milhão e 615 mil euros (2012) para 1 milhão e 543 mil euros. Mas estes números não convenceram a oposição.
Helena Pinto, vereadora do Bloco de Esquerda, criticou desde logo a forma enviesada como alguns números foram presentados. Na sua opinião, os gráficos foram produzidos para passar uma informação que não corresponde à realidade.
”Não nos parece uma prática saudável a apresentação, ao nível da escolha e da dimensão quantitativa dos intervalos dos gráficos de barras, com a intenção de dar uma ilusão de pouco decréscimo de alguns parâmetros e de um ilusório aumento de outros”, disse. E acrescentou: ”Na análise ao número de visitantes e da receita da feira medieval recorre-se a este malabarismo gráfico para tentar ilustrar um aumento de entradas pagas e atenuar a imagem de uma quebra de receita de cerca de 20 mil euros. Estas práticas não ajudam a credibilizar o documento”, precisou.
”No que toca às contas e demonstração de resultados, mantemos a nossa posição de que um empolamento de receitas com vista à descida percentual do financiamento público e, consequentemente, ao cumprimento da legislação em vigor, as contas de 2013 contaram ainda com o artifício de receitas de ”actividades-piloto”, realizadas entre Setembro e Dezembro”, referindo-se Helena Pinto ao PAPAF.
Henrique Reis, vereador do PSD, não se debruçou tanto sobre os números, mas criticou o que considera a falta de estratégia para a EM. ”Tanto quanto parece não existe uma estratégia coerente, uma linha condutora, um encadeamento lógico. Não existe um caminho definido nem uma orientação clara”, refere um comunicado divulgado pela secção de Torres Novas do PSD.
No mesmo documento, o PSD revela ainda que o momento deveria ser aproveitado para ”reequacionar a empresa, as suas competências e atribuições, e a sua existência”, pois esta actualmente ”actua em áreas que concorrem com outras empresas do concelho, ”o que não se afigura de todo como o caminho correcto a seguir”.
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