GENTE DE CÁ E DE LÁ (21)
Sociedade » 2014-06-13
”A condição que pus foi que quando chegasse a hora de começar uma família, criar raízes, voltaria ao meu país!”
Natacha Oliveira, 25 anos, Irlanda
Outra torrejana pelo mundo é Natacha de Oliveira, de 25 anos. Frequentou a Escola Superior de Tecnologia de Mirandela, no curso de Multimédia. Trabalhava quando decidiu emigrar, mas não na sua área de formação, trabalhava então no comércio. Juntamente com o namorado, que também trabalhava mas, à semelhança de Natacha, não na sua área de preferência, optou por partir nessa aventura: ”As empresas para as quais trabalhávamos não nos davam a entender uma progressão de carreira. Viver com dois ordenados mínimos não era o suficiente para aquilo que queríamos fazer. Não quando há rendas, carro e contas para pagar. Não deixava margem de manobra para mais nada. Como alguns dos nossos colegas, o meu namorado decidiu tentar a sorte numa companhia aérea. Depois de ser seleccionado para trabalhar em Dublin, chegou a altura de tomar a decisão! Tínhamos 24 anos, pouca experiência profissional, ninguém dependente … porque não?! Nunca nada me custou tanto como deixar Portugal, mas no fundo acho que o que me levou a emigrar foi a vontade de querer aproveitar mais da vida, conhecer o mundo, outras culturas, experimentar coisas novas… e o facto de saber que posso sempre voltar”, contou.
Natacha vive há cerca de ano e meio em Dublin, na Irlanda. Um mês depois de ter chegado começou a trabalhar numa loja de acessórios e reparação de telemóveis. A progressão na carreira que não vislumbrava em Portugal, encontrou-a naquele país: ”Actualmente posso dizer que faço o que gosto, gerindo a media social desta companhia”.
Na Irlanda encontrou igualmente uma mentalidade diferente daquela que conhecia no seu país: ”A Irlanda é um país que sobrevive do comércio e serviços. Trabalhar no atendimento ao cliente é algo bastante comum para eles e, ao contrário do que nós pensamos em Portugal, trabalhar num supermercado é um trabalho para a vida. No entanto, ir para a Universidade não é algo tão comum para eles como para nós. Isto faz com que a mão-de-obra qualificada seja algo escassa entre os irlandeses e, como tal, muito bem paga. Aqui existe sempre um incentivo de progressão e os contratos de trabalho são quase sempre de filiação à empresa, mas por outro lado o despedimento é muito mais fácil legalmente! O ordenado mínimo aqui ronda três ordenados mínimos em Portugal”, relata Natacha.
Ao contrário de muitos dos nossos outros entrevistados, Natacha não encara a emigração como definitiva: ”Encaro esta estadia como uma etapa, como a que tive em Erasmus. Uma oportunidade de crescer, aprender profissionalmente, desfrutar deste país e claro juntar algum dinheiro. Não saí de Portugal à procura de realização profissional, nunca foi a minha prioridade, mas tive a sorte de a encontrar! E isso faz desta etapa algo muito positivo”. As saudades não ajudam a pensar na emigração como algo para a vida: ”Amo o meu país! Pode ser contraditório dizer isto estando a morar aqui, mas é a verdade. A família e os amigos são o que mais custa, falta aquela sensação de confiança e felicidade que mais ninguém, para além dos nossos, nos pode dar. O sentir-nos em casa, o saber que estamos no lugar certo… E, claro, poder estar perto dos papás! Não há nada que custe mais do que saber que sofrem por nós”, lamenta. Perante isto é fácil perceber qual será a resposta à pergunta ”gostaria de voltar a viver em Portugal?”: ”Sem dúvida, o mais depressa possível. A única condição que pus a mim própria foi que quando chegasse a hora de começar uma família, criar raízes, voltaria ao meu país!”.
GENTE DE CÁ E DE LÁ (21)
Sociedade » 2014-06-13”A condição que pus foi que quando chegasse a hora de começar uma família, criar raízes, voltaria ao meu país!”
Natacha Oliveira, 25 anos, Irlanda
Outra torrejana pelo mundo é Natacha de Oliveira, de 25 anos. Frequentou a Escola Superior de Tecnologia de Mirandela, no curso de Multimédia. Trabalhava quando decidiu emigrar, mas não na sua área de formação, trabalhava então no comércio. Juntamente com o namorado, que também trabalhava mas, à semelhança de Natacha, não na sua área de preferência, optou por partir nessa aventura: ”As empresas para as quais trabalhávamos não nos davam a entender uma progressão de carreira. Viver com dois ordenados mínimos não era o suficiente para aquilo que queríamos fazer. Não quando há rendas, carro e contas para pagar. Não deixava margem de manobra para mais nada. Como alguns dos nossos colegas, o meu namorado decidiu tentar a sorte numa companhia aérea. Depois de ser seleccionado para trabalhar em Dublin, chegou a altura de tomar a decisão! Tínhamos 24 anos, pouca experiência profissional, ninguém dependente … porque não?! Nunca nada me custou tanto como deixar Portugal, mas no fundo acho que o que me levou a emigrar foi a vontade de querer aproveitar mais da vida, conhecer o mundo, outras culturas, experimentar coisas novas… e o facto de saber que posso sempre voltar”, contou.
Natacha vive há cerca de ano e meio em Dublin, na Irlanda. Um mês depois de ter chegado começou a trabalhar numa loja de acessórios e reparação de telemóveis. A progressão na carreira que não vislumbrava em Portugal, encontrou-a naquele país: ”Actualmente posso dizer que faço o que gosto, gerindo a media social desta companhia”.
Na Irlanda encontrou igualmente uma mentalidade diferente daquela que conhecia no seu país: ”A Irlanda é um país que sobrevive do comércio e serviços. Trabalhar no atendimento ao cliente é algo bastante comum para eles e, ao contrário do que nós pensamos em Portugal, trabalhar num supermercado é um trabalho para a vida. No entanto, ir para a Universidade não é algo tão comum para eles como para nós. Isto faz com que a mão-de-obra qualificada seja algo escassa entre os irlandeses e, como tal, muito bem paga. Aqui existe sempre um incentivo de progressão e os contratos de trabalho são quase sempre de filiação à empresa, mas por outro lado o despedimento é muito mais fácil legalmente! O ordenado mínimo aqui ronda três ordenados mínimos em Portugal”, relata Natacha.
Ao contrário de muitos dos nossos outros entrevistados, Natacha não encara a emigração como definitiva: ”Encaro esta estadia como uma etapa, como a que tive em Erasmus. Uma oportunidade de crescer, aprender profissionalmente, desfrutar deste país e claro juntar algum dinheiro. Não saí de Portugal à procura de realização profissional, nunca foi a minha prioridade, mas tive a sorte de a encontrar! E isso faz desta etapa algo muito positivo”. As saudades não ajudam a pensar na emigração como algo para a vida: ”Amo o meu país! Pode ser contraditório dizer isto estando a morar aqui, mas é a verdade. A família e os amigos são o que mais custa, falta aquela sensação de confiança e felicidade que mais ninguém, para além dos nossos, nos pode dar. O sentir-nos em casa, o saber que estamos no lugar certo… E, claro, poder estar perto dos papás! Não há nada que custe mais do que saber que sofrem por nós”, lamenta. Perante isto é fácil perceber qual será a resposta à pergunta ”gostaria de voltar a viver em Portugal?”: ”Sem dúvida, o mais depressa possível. A única condição que pus a mim própria foi que quando chegasse a hora de começar uma família, criar raízes, voltaria ao meu país!”.
PUBLICIDADE INSTITUCIONAL - Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA » 2024-04-10 Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 29.º, alínea a, do número 2, convoco as/os Exma(o)s associada(o)s para uma Assembleia Geral ordinária, a realizar no próximo dia 28 de abril de 2024, pelas 15H00, nas instalações do Centro. |
Espectáculo de porcos em Riachos causa estranheza » 2024-04-08 Anunciava-se no cartaz das actividades do dia 7 de Abril, domingo, da Associação Equestre Riachense, como “porcalhada”. Mas estaria longe de imaginar-se que o espectáculo prometido seria um exercício de perseguição a um leitão, num chiqueiro, até o animal, aterrorizado, ser atirado para dentro de um recipiente situado no meio do recinto. |
Bombeiros: nova direcção, velhos hábitos » 2024-03-21 Chegou ao fim a guerra nos Bombeiros Voluntários Torrejanos. Pelo menos, para já. A nova direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos tomou posse ao fim da tarde de hoje, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia. |
Paulo Ganhão Simões, presidente da Junta de Pedrógão: “Só se consegue tentar reverter a desertificação com mais investimento público” » 2024-03-21 Diz que é uma pessoa diferente após esta já longa carreira de autarca e que também ficou com uma percepção mais rica do que é o território da sua freguesia. Considera que contribuiu para mitigar antigos antagonismos, faz um balanço positivo da sua acção, mas ainda tem projectos por finalizar, entre eles uma melhor ligação à sede do concelho. |
Bombeiros: a saga continua, agora para destituição da mesa da assembleia geral » 2024-03-20 Quando se pensava que as eleições para a direcção da AHBVT iriam dar lugar a um momento de acalmia na vida da associação, eis que um grupo de associados pediu a Arnaldo Santos, presidente da assembleia geral, a convocação de uma assembleia geral extraordinária para destituir, note-se, a própria mesa da assembleia geral. |
Publicidade institucional – Grupo de Amigos Avós e Netos de Lapas – Assembleia Geral CONVOCATÓRIA » 2024-03-20 Publicidade institucional - Grupo de Amigos Avós e Netos de Lapas Assembleia Geral CONVOCATÓRIA A Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grupo de Amigos Avós e Netos, vem pela presente, nos termos do disposto no n. |
Bombeiros: lista A saiu vencedora com 407 votos » 2024-03-18 Alguma expectativa rodeava a assembleia geral eleitoral de sábado, dia 16, para a eleição da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos. Concorriam duas listas, uma liderada por Gonçalo Pereira e outra cujo cabeça-de-lista era Nuno Cruz, ex-presidente da direcção que estava em funções desde Maio de 2023. |
Fótica apresentou nova colecção da Kaleos » 2024-03-13 Em festa e ambiente de boa disposição, uma das mais antigas lojas do comércio tradicional do centro histórico de Torres Novas apresentou no sábado, dia 2, a nova colecção de óculos da marca Kaleos. |
Publicidade institucional - Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas, assembleia geral CONVOCATÓRIA » 2024-03-13 Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas assembleia geral CONVOCATÓRIA Pela presente convoco V.Exª para a sessão Ordinária da Assembleia Geral da Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas, a realizar no próximo dia 26 de março de 2024, pelas 20:30 horas, na sede da Associação, no número 37 da Avenida Dr. |
Bombeiros: convocatória das eleições gera confusão » 2024-03-12 A assembleia geral eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, marcada para o dia 16 de Março, na sequência da demissão da direcção, está a causar alguma confusão entre os associados. |