Pedro Barroso: "A música não é mais a minha prioridade. Estou vivo e é isso que importa"
Sociedade » 2014-07-04
Uma insuficiência respiratória quase levou Pedro Barroso deste mundo. ”O violento acidente”, como o próprio classifica, aconteceu à porta do hospital de Torres Vedras onde, no dia 30 de Abril, se havia dirigido para fazer uma TAC. Nessa altura já se sentia cansado, tal como no último concerto que deu, no Convento de São Francisco, em Santarém, na noite de 24 de Abril. Pedro Barroso e Manuel Freire tinham sido ”convocados” para um espectáculo comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril, na cidade onde tudo começou.
As manobras efectuadas para salvarem Pedro Barroso da morte atingiram-lhe tendões e nervos da mão esquerda, que está parcialmente afectada. Pedro Barroso foi dado três vezes como morto, do ponto de vista clínico. Felizmente resistiu e está cá para contar esta e outras histórias, apesar de considerar que ”o que tinha a dizer, já disse nestes 45 anos de carreira”.
”No dia do acidente, felizmente, saiu o novo CD, ‘Palavras ao Vento’, um disco em que são abordados temas muito actuais”, referiu ao JT. A partir de sua casa, em Riachos, Pedro Barroso aceitou falar connosco ao telefone, e sublinhou o seu contentamento por estar vivo. Mais do que tudo, sustenta: ”A prioridade é a vida. O resto é devagar”.
A lesão na mão esquerda, que o impossibilita de tocar viola (e compor novas canções), é para o cantor um mal menor pois tem a noção de que vários cenários poderiam ter acontecido. ”Podia ter ficado em estado vegetativo e sem a linha de pensamento coerente. A cabeça felizmente trabalha e mantenho a capacidade de pensar e de escrever. O tempo que estive em coma (15 dias) e os vários colapsos podiam ter-me provocado um estado de imbecilidade que felizmente não aconteceu. Agradeço a todos os que me salvaram”.
A voz, está a ficar paulatinamente melhor. Há duas semanas, quando saiu do hospital, apenas ”sussurrava”. ”Estive durante muito tempo entubado e as cordas vocais foram afectadas” refere, num registo lento, ainda a habituar-se à normalidade dos dias.
Um dos momentos marcantes aconteceu quando uma ”meia dúzia de malucos”, na rua, cantou o ‘Viva quem canta’, durante o primeiro internamento, no hospital São Francisco Xavier. ”Nunca saberei quem ou quantos foram. Apesar de estar meio em coma, apercebi-me e foi muito comovente e forte”, confessa.
Entretanto, Pedro Barroso foi também atingido por um vírus hospitalar, que lhe afectou a parte pulmonar quando esteve nos cuidados intensivos. Já passou e está a passar. Agora é tempo para repouso, interrompido por idas regulares ao centro de saúde de Torres Novas.
Nestes dois meses e meio perdeu 33 quilos. Estava com 170. ”Tenho a consciência de que era uma bomba relógio”. Nesta altura sublinha a presença da sua ”enorme” mulher: é esposa, enfermeira, relações públicas, motorista, cozinheira... tem tratado de tudo”.
É tempo de repensar o futuro e Pedro Barroso para já sente-se conformado com a possibilidade de nunca mais poder vir a subir ao palco, nas mesmas condições de sempre. ”Tenho na memória as inúmeras presenças em grandes praças e grandes lugares de Portugal e do mundo, do coliseu lotado, com pessoas a aplaudir. Já tenho 64 anos e o melhor do que me aconteceu é mesmo o descanso”.
”Pelas mensagens que tenho recebido percebo que sou um homem que criou um forte impacto nas pessoas e, hoje, tenho a noção de que cheguei a muitas pessoas”.
Pedro Barroso: "A música não é mais a minha prioridade. Estou vivo e é isso que importa"
Sociedade » 2014-07-04
Uma insuficiência respiratória quase levou Pedro Barroso deste mundo. ”O violento acidente”, como o próprio classifica, aconteceu à porta do hospital de Torres Vedras onde, no dia 30 de Abril, se havia dirigido para fazer uma TAC. Nessa altura já se sentia cansado, tal como no último concerto que deu, no Convento de São Francisco, em Santarém, na noite de 24 de Abril. Pedro Barroso e Manuel Freire tinham sido ”convocados” para um espectáculo comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril, na cidade onde tudo começou.
As manobras efectuadas para salvarem Pedro Barroso da morte atingiram-lhe tendões e nervos da mão esquerda, que está parcialmente afectada. Pedro Barroso foi dado três vezes como morto, do ponto de vista clínico. Felizmente resistiu e está cá para contar esta e outras histórias, apesar de considerar que ”o que tinha a dizer, já disse nestes 45 anos de carreira”.
”No dia do acidente, felizmente, saiu o novo CD, ‘Palavras ao Vento’, um disco em que são abordados temas muito actuais”, referiu ao JT. A partir de sua casa, em Riachos, Pedro Barroso aceitou falar connosco ao telefone, e sublinhou o seu contentamento por estar vivo. Mais do que tudo, sustenta: ”A prioridade é a vida. O resto é devagar”.
A lesão na mão esquerda, que o impossibilita de tocar viola (e compor novas canções), é para o cantor um mal menor pois tem a noção de que vários cenários poderiam ter acontecido. ”Podia ter ficado em estado vegetativo e sem a linha de pensamento coerente. A cabeça felizmente trabalha e mantenho a capacidade de pensar e de escrever. O tempo que estive em coma (15 dias) e os vários colapsos podiam ter-me provocado um estado de imbecilidade que felizmente não aconteceu. Agradeço a todos os que me salvaram”.
A voz, está a ficar paulatinamente melhor. Há duas semanas, quando saiu do hospital, apenas ”sussurrava”. ”Estive durante muito tempo entubado e as cordas vocais foram afectadas” refere, num registo lento, ainda a habituar-se à normalidade dos dias.
Um dos momentos marcantes aconteceu quando uma ”meia dúzia de malucos”, na rua, cantou o ‘Viva quem canta’, durante o primeiro internamento, no hospital São Francisco Xavier. ”Nunca saberei quem ou quantos foram. Apesar de estar meio em coma, apercebi-me e foi muito comovente e forte”, confessa.
Entretanto, Pedro Barroso foi também atingido por um vírus hospitalar, que lhe afectou a parte pulmonar quando esteve nos cuidados intensivos. Já passou e está a passar. Agora é tempo para repouso, interrompido por idas regulares ao centro de saúde de Torres Novas.
Nestes dois meses e meio perdeu 33 quilos. Estava com 170. ”Tenho a consciência de que era uma bomba relógio”. Nesta altura sublinha a presença da sua ”enorme” mulher: é esposa, enfermeira, relações públicas, motorista, cozinheira... tem tratado de tudo”.
É tempo de repensar o futuro e Pedro Barroso para já sente-se conformado com a possibilidade de nunca mais poder vir a subir ao palco, nas mesmas condições de sempre. ”Tenho na memória as inúmeras presenças em grandes praças e grandes lugares de Portugal e do mundo, do coliseu lotado, com pessoas a aplaudir. Já tenho 64 anos e o melhor do que me aconteceu é mesmo o descanso”.
”Pelas mensagens que tenho recebido percebo que sou um homem que criou um forte impacto nas pessoas e, hoje, tenho a noção de que cheguei a muitas pessoas”.
Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril » 2024-04-22 Em simultâneo com as comemorações levadas a efeito pelo município, realizam-se também no concelho outras iniciativas: no dia 23 há um debate sobre mediação cultural no Museu Agrícola de Riachos, às 11 horas, às 19 uma sessão musical no auditório da biblioteca de Torres Novas, com a participação do coro de Alcorriol e da Banda Operária, no dia 25 de Abril um almoço comemorativo no Hotel dos Cavaleiros, uma arruada com desfile popular da praça 5 de Outubro para o Parque da Liberdade, às 15H0 e pelas 17H, no largo da Igreja Velha, em Riachos, uma sessão musical promovida pelo Paralelo 39. |
25 de Abril em Alcanena: Ana Lains com António Saiote » 2024-04-22 O programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril terá início no dia 24 de Abril, quarta-feira, com o concerto comemorativo “António Saiote convida Ana Laíns, às 21:30h, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, seguido da atuação do DJ Pedro Galinha, às 23:30h (ambos de entrada livre). |
MÚSICA: Rui Veloso em Alcanena » 2024-04-22 Integrado no programa de comemorações do 110.º aniversário da Fundação do Concelho de Alcanena, terá lugar, no dia 8 de Maio, quarta-feira, às 21h30, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, um concerto de Rui Veloso, um dos grandes nomes da música portuguesa e um dos mais influentes, com uma carreira repleta de sucessos, que atravessam gerações. |
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Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda » 2024-04-22 O Ministério Público mandou arquivar, por falta de provas, a participação movida pela empresa Renova contra vários cidadãos que passaram o ‘Dia da Espiga’ junto à nascente do Rio Almonda, alegando “danos e invasão de propriedade privada”. |
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