Torres Novas: PS recupera maiorias de Rodrigues
Sociedade » 2017-10-02Onda socialista nacional estende-se a Torres Novas e à região
O Partido Socialista foi o grande vencedor das eleições autárquicas de ontem no país, na região e em Torres Novas e Pedro Ferreira continua à frente dos destinos da autarquia torrejana com uma maioria reforçada (52%): o PS elegeu cinco mandatos em sete, feito que só António Rodrigues tinha conseguido por quatro vezes. Ficam no executivo camarário pelo PS, além de Ferreira, Luís Silva, Elvira Sequeira, Joaquim Cabral e Carlos Ramos.
Do lado da oposição, o Bloco de Esquerda (15,5%) foi o único partido a aumentar a sua votação, tendo ficado colado ao PSD por escassas décimas e tendo sido o segundo partido em algumas freguesias. Elegeu uma vereadora, Helena Pinto, e obteve mais mandatos nas assembleias de freguesia do que há quatro anos. Em Torres Novas, os bloquistas terão tido a maior votação a nível nacional se exceptuarmos o caso de Salvaterra de Magos, com contornos muito próprios.
O PSD averbou o seu pior resultado de sempre em mais de 40 anos de democracia. Esperava-se que os social-democratas fizessem esquecer o resultado de há quatro anos, quando Henrique Reis tinha levado o partido ao seu pior resultado, mas a lista liderada por João Quaresma desceu ainda mais baixo, atirando o partido laranja para um registo nunca imaginado, cerca de 2500 votos, umas dezenas a mais que o Bloco de Esquerda. Ainda assim, João Quaresma será vereador.
A derrota maior da noite foi para a CDU, que deixou de ter representação camarária, que tinha desde 1976. O desaire comunista foi nacional, com perda de várias câmaras importantes, tendo o PCP atingido o pior resultado de sempre em 41 anos de eleições autárquicas. Filipa Rodrigues, a cabeça de lista em Torres Novas, não vai ter assim assento no executivo camarário.
Na região, a surpresa, ainda que relativa, aconteceu em Constância, com a CDU a perder a Câmara para o PS, após décadas de domínio comunista. No Entroncamento, Jorge Faria (PS) não teve grandes dificuldades em bater Jaime Ramos, enquanto na Barquinha Fernando Freire (PS) arrasou a concorrência. Em Alcanena Fernanda Asseiceira também foi eleita, com a lista PSD/CDS/MPT liderada por Gabriel Feitor a ficar aquém as expectativas. Na Golegã, Veiga Maltez (PS) também não teve dificuldades em impor-se, com a CDU a ficar em segundo lugar.
De resto, registe-se a derrota esperada do PS em Ourém para o PSD e do Bloco de Esquerda em Salvaterra de Magos, para o PS, resultados claramente esperados, numa mar socialista só interrompido pela vitória da CDU no seu reduto histórico de Alpiarça e em Benavente. A norte de Abrantes e Tomar, o PSD averbou todos os concelhos, de pequena expressão demográfica contudo: Sardoal, Ferreira do Zêzere e Mação. Na antiga capital de distrito, Rui Barreiro (PS) não conseguiu retirar a câmara a Ricardo Gonçalves (PSD).
Ainda em Torres Novas e no caso das freguesias, em 10 o PS ganhou 9, tendo perdido apenas em Assentis para os independentes do GIFA, afectos ao PSD. Foi muito significativa e inesperada na sua dimensão a vitória socialista em Riachos, onde os partidos à esquerda do PS detinham eleitorados fortes, varridos agora pela onda socialista.
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Do lado da oposição, o Bloco de Esquerda (15,5%) foi o único partido a aumentar a sua votação, tendo ficado colado ao PSD por escassas décimas e tendo sido o segundo partido em algumas freguesias. Elegeu uma vereadora, Helena Pinto, e obteve mais mandatos nas assembleias de freguesia do que há quatro anos. Em Torres Novas, os bloquistas terão tido a maior votação a nível nacional se exceptuarmos o caso de Salvaterra de Magos, com contornos muito próprios.
O PSD averbou o seu pior resultado de sempre em mais de 40 anos de democracia. Esperava-se que os social-democratas fizessem esquecer o resultado de há quatro anos, quando Henrique Reis tinha levado o partido ao seu pior resultado, mas a lista liderada por João Quaresma desceu ainda mais baixo, atirando o partido laranja para um registo nunca imaginado, cerca de 2500 votos, umas dezenas a mais que o Bloco de Esquerda. Ainda assim, João Quaresma será vereador.
A derrota maior da noite foi para a CDU, que deixou de ter representação camarária, que tinha desde 1976. O desaire comunista foi nacional, com perda de várias câmaras importantes, tendo o PCP atingido o pior resultado de sempre em 41 anos de eleições autárquicas. Filipa Rodrigues, a cabeça de lista em Torres Novas, não vai ter assim assento no executivo camarário.
Na região, a surpresa, ainda que relativa, aconteceu em Constância, com a CDU a perder a Câmara para o PS, após décadas de domínio comunista. No Entroncamento, Jorge Faria (PS) não teve grandes dificuldades em bater Jaime Ramos, enquanto na Barquinha Fernando Freire (PS) arrasou a concorrência. Em Alcanena Fernanda Asseiceira também foi eleita, com a lista PSD/CDS/MPT liderada por Gabriel Feitor a ficar aquém as expectativas. Na Golegã, Veiga Maltez (PS) também não teve dificuldades em impor-se, com a CDU a ficar em segundo lugar.
De resto, registe-se a derrota esperada do PS em Ourém para o PSD e do Bloco de Esquerda em Salvaterra de Magos, para o PS, resultados claramente esperados, numa mar socialista só interrompido pela vitória da CDU no seu reduto histórico de Alpiarça e em Benavente. A norte de Abrantes e Tomar, o PSD averbou todos os concelhos, de pequena expressão demográfica contudo: Sardoal, Ferreira do Zêzere e Mação. Na antiga capital de distrito, Rui Barreiro (PS) não conseguiu retirar a câmara a Ricardo Gonçalves (PSD).
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