20 ANOS JT: bitaites que ficaram no ouvido
Sociedade » 2014-09-25
”São todos uns papagaios de janela”
Durante vinte anos disseram-se milhares e milhares de palavras e escreveram-se outras tantas, e daria um volume o recenseamento de situações curiosas, bizarras ou surpreendentes, testemunhadas pelos jornalistas do JT. Dessas larachas, tiradas e ditos mais ou menos sérios, mais ou menos jocosos, alguns perduraram na memória. Em Novembro de 1994, primeiro ano do reinado socialista após a conquista da câmara, o PS ameaçava com uma auditoria às contas da FEROC, a feira de caprinos, uma invenção do PSD. Instado a pronunciar-se sobre o assunto, o truculento presidente de junta Henrique Reis, ele próprio do PSD, descaiu-se com um sonoro dito que nunca se apagaria: ”Quem tiver tosse que tussa!” – ainda hoje se ouve esta expressão.Em 1995 José Loureiro da Rosa, o carismático presidente da Junta da Zibreira, frontal e destemido, descontente com a gestão socialista, diria ao presidente da câmara numa célebre assembleia municipal: ”O carreiro não é por aqui!” Trata-se, talvez, da frase mais famosa da política local dos últimos vinte anos.
Já a alcunha de ”mentira fresca” com que foi baptizado o presidente da câmara, dado que ”em cada assembleia municipal aparecia com uma mentira nova”, é do domínio da lenda quanto ao seu autor. Há quem garanta que saiu do espírito reinadio e brincalhão de José da Rosa, mas há quem afirme que foi uma tirada genial do popular Zé Nelo (José Dias da Graça, meiaviense e então presidente da Junta de Santiago). Nunca se saberá.
Mas se o ”mentira fresca” tem o rótulo de 1996, no ano seguinte José Rosa deixava-nos mais uma expressão cheia de espírito. Descontente com a retórica dos seus comparsas na assembleia municipal e sem grande paciência para intelectualismos, o Ti Zé da Rosa ficou mais célebre ainda com a apreciação que fez dos tribunos torrejanos: ”São todos uns papagaios de janela”.
José Pedro Matos, presidente da junta de de Pedrógão, era outro homem frontal e com pouco feitio para diversões. Já tinha visto o mundo e assumia um jeito pragmático de levar as coisas. Agastado por uma qualquer situação de circunstância, diria em entrevista ao JT, com todas letras, sobre o presidente da câmara: ”É um mentiroso simpático”. Corria 1998.
Tomé também aliava o discurso político à ironia e, num momento aceso luta eleitoral, apelidou o presidente da câmara de ”Toni Carreira da política”, verso que deu brado. Mas Tomé ficaria mais célebre, na contribuição para a alegria na política local quando, ao desconfiar de um eixo estratégico Torres Novas/Entroncamento, deixou cair a celebérrima ”no eixo é um descanso”. E foi.
20 ANOS JT: bitaites que ficaram no ouvido
Sociedade » 2014-09-25”São todos uns papagaios de janela”
Durante vinte anos disseram-se milhares e milhares de palavras e escreveram-se outras tantas, e daria um volume o recenseamento de situações curiosas, bizarras ou surpreendentes, testemunhadas pelos jornalistas do JT. Dessas larachas, tiradas e ditos mais ou menos sérios, mais ou menos jocosos, alguns perduraram na memória. Em Novembro de 1994, primeiro ano do reinado socialista após a conquista da câmara, o PS ameaçava com uma auditoria às contas da FEROC, a feira de caprinos, uma invenção do PSD. Instado a pronunciar-se sobre o assunto, o truculento presidente de junta Henrique Reis, ele próprio do PSD, descaiu-se com um sonoro dito que nunca se apagaria: ”Quem tiver tosse que tussa!” – ainda hoje se ouve esta expressão.Em 1995 José Loureiro da Rosa, o carismático presidente da Junta da Zibreira, frontal e destemido, descontente com a gestão socialista, diria ao presidente da câmara numa célebre assembleia municipal: ”O carreiro não é por aqui!” Trata-se, talvez, da frase mais famosa da política local dos últimos vinte anos.
Já a alcunha de ”mentira fresca” com que foi baptizado o presidente da câmara, dado que ”em cada assembleia municipal aparecia com uma mentira nova”, é do domínio da lenda quanto ao seu autor. Há quem garanta que saiu do espírito reinadio e brincalhão de José da Rosa, mas há quem afirme que foi uma tirada genial do popular Zé Nelo (José Dias da Graça, meiaviense e então presidente da Junta de Santiago). Nunca se saberá.
Mas se o ”mentira fresca” tem o rótulo de 1996, no ano seguinte José Rosa deixava-nos mais uma expressão cheia de espírito. Descontente com a retórica dos seus comparsas na assembleia municipal e sem grande paciência para intelectualismos, o Ti Zé da Rosa ficou mais célebre ainda com a apreciação que fez dos tribunos torrejanos: ”São todos uns papagaios de janela”.
José Pedro Matos, presidente da junta de de Pedrógão, era outro homem frontal e com pouco feitio para diversões. Já tinha visto o mundo e assumia um jeito pragmático de levar as coisas. Agastado por uma qualquer situação de circunstância, diria em entrevista ao JT, com todas letras, sobre o presidente da câmara: ”É um mentiroso simpático”. Corria 1998.
Tomé também aliava o discurso político à ironia e, num momento aceso luta eleitoral, apelidou o presidente da câmara de ”Toni Carreira da política”, verso que deu brado. Mas Tomé ficaria mais célebre, na contribuição para a alegria na política local quando, ao desconfiar de um eixo estratégico Torres Novas/Entroncamento, deixou cair a celebérrima ”no eixo é um descanso”. E foi.
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