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Valhelhas: moradores cansados com presença de terminal de camiões na aldeia
Sociedade » 2014-09-25
Manuel Maria da Silva foi quem tornou pública esta preocupação, expondo o problema numa reunião da câmara de Torres Novas e, afirmou: ”quase toda a gente na terra está indignada”. Perguntou por que razão o terminal que aloja uma quantidade ”exorbitante de camiões e galeras” não está sediado numa zona industrial, e lamentou a insegurança e o incómodo provocadas pela velocidade excessiva praticada pelos camionistas no centro da aldeia.
Segundo Manuel da Silva, é sobretudo nas vésperas dos fins-de-semana que o movimento de pesados se acentua e, na exposição que fez na reunião pública do dia 16 de Setembro, pediu ao executivo municipal que ajude a devolver à aldeia ”ao seu estado natural”.
”As pessoas dizem que a junta de freguesia fez tudo para não deixar isto acontecer e, tendo-se batido por isto, temos mais uma razão para não desistirmos e lutar para inverter esta calamidade”, disse. Hélder Rodrigues, presidente da Junta de Olaia, confirma que já houve tentativas para minimizar o problema mas nunca houve resposta positiva da empresa.
A passagem frequente de veículos pesados já tem contribuído para alguns danos no património edificado, nomeadamente em habitações, na própria estrada, e no ”mais valioso” património de Valhelhas: a igreja e o cemitério.
”A estrada é adequada para suportar constantemente 30 ou 40 toneladas? A minha casa, que não tinha fendas, com a passagem destes pesos está a ceder. O cano de abastecimento de água no chão rebentou. Já me partiram o beiral da casa e de um vizinho. Pagaram o arranjo, mas já me partiram o pilar do muro do quintal, e reparei-o eu. Já está partido outra vez”, constatou.
Na sua opinião, as questões ambientais também não estão salvaguardadas, lamentando que os contentores domésticos sejam atolados com resíduos ”inadequados”. E o subsolo, como deve estar?”, questionou, falando das operações de manutenção dos veículos que ali se operam. ”Isto passou todos os limites da nossa tolerância”, advertiu Manuel da Silva, que falou ainda dos cães de guarda que, embora estejam acorrentados, conseguem chegar ao limite da estrada, uma vez que o terminal não tem qualquer muro ou grade frontal. ”Aqui já não se sabe o que é público e o que é privado”, contestou.
A Faria Rodrigues & Filhos Lda é uma transportadora de camionagem de mercadoria geral e de transporte especializado de cereais, com uma frota composta por 22 veículos, que operam dentro e fora do país, sobretudo em Espanha e França. Tem a sede em Alcanena e um terminal de camiões em Valhelhas, tendo também passado a estacionar algumas galeras, desde há algum tempo, num terreno que os moradores dizem ser público, em Valhelhas. O presidente da câmara de Torres Novas comprometeu-se a averiguar se a empresa está devidamente licenciada para ocupar aqueles dois espaços, naquela aldeia da freguesia de OIaia.
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Valhelhas: moradores cansados com presença de terminal de camiões na aldeia
Sociedade » 2014-09-25
Manuel Maria da Silva foi quem tornou pública esta preocupação, expondo o problema numa reunião da câmara de Torres Novas e, afirmou: ”quase toda a gente na terra está indignada”. Perguntou por que razão o terminal que aloja uma quantidade ”exorbitante de camiões e galeras” não está sediado numa zona industrial, e lamentou a insegurança e o incómodo provocadas pela velocidade excessiva praticada pelos camionistas no centro da aldeia.
Segundo Manuel da Silva, é sobretudo nas vésperas dos fins-de-semana que o movimento de pesados se acentua e, na exposição que fez na reunião pública do dia 16 de Setembro, pediu ao executivo municipal que ajude a devolver à aldeia ”ao seu estado natural”.
”As pessoas dizem que a junta de freguesia fez tudo para não deixar isto acontecer e, tendo-se batido por isto, temos mais uma razão para não desistirmos e lutar para inverter esta calamidade”, disse. Hélder Rodrigues, presidente da Junta de Olaia, confirma que já houve tentativas para minimizar o problema mas nunca houve resposta positiva da empresa.
A passagem frequente de veículos pesados já tem contribuído para alguns danos no património edificado, nomeadamente em habitações, na própria estrada, e no ”mais valioso” património de Valhelhas: a igreja e o cemitério.
”A estrada é adequada para suportar constantemente 30 ou 40 toneladas? A minha casa, que não tinha fendas, com a passagem destes pesos está a ceder. O cano de abastecimento de água no chão rebentou. Já me partiram o beiral da casa e de um vizinho. Pagaram o arranjo, mas já me partiram o pilar do muro do quintal, e reparei-o eu. Já está partido outra vez”, constatou.
Na sua opinião, as questões ambientais também não estão salvaguardadas, lamentando que os contentores domésticos sejam atolados com resíduos ”inadequados”. E o subsolo, como deve estar?”, questionou, falando das operações de manutenção dos veículos que ali se operam. ”Isto passou todos os limites da nossa tolerância”, advertiu Manuel da Silva, que falou ainda dos cães de guarda que, embora estejam acorrentados, conseguem chegar ao limite da estrada, uma vez que o terminal não tem qualquer muro ou grade frontal. ”Aqui já não se sabe o que é público e o que é privado”, contestou.
A Faria Rodrigues & Filhos Lda é uma transportadora de camionagem de mercadoria geral e de transporte especializado de cereais, com uma frota composta por 22 veículos, que operam dentro e fora do país, sobretudo em Espanha e França. Tem a sede em Alcanena e um terminal de camiões em Valhelhas, tendo também passado a estacionar algumas galeras, desde há algum tempo, num terreno que os moradores dizem ser público, em Valhelhas. O presidente da câmara de Torres Novas comprometeu-se a averiguar se a empresa está devidamente licenciada para ocupar aqueles dois espaços, naquela aldeia da freguesia de OIaia.
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